quarta-feira, 11 de novembro de 2009

NBB: jogadores do Flamengo ameaçam grevar se não assinarem contrato

Enquanto o Flamengo busca o título nacional no futebol, o clube, campeão da primeira edição do Novo Basquete Brasil, pode não participar da terceira rodada do campeonato. Sem contrato, os jogadores de basquete ameaçam entrar em greve e não viajar para Joinville, onde a equipe enfrenta o time da casa no domingo.

"Já fomos jogar o Sul-Americano [em outubro] sem o contrato na expectativa de que a situação seria sanada. A única coisa que a gente pode fazer é isso [a greve]", afirmou o ala-armador Marcelinho Machado.
Ontem, os atletas e os dirigentes, que garantem estar tranquilos com a questão, fazem uma reunião para tentar resolver o assunto.

"Se eles acham o mais correto fazer isso [entrar em greve], que façam. Não estou preocupado", afirmou Carlos Eduardo Maia, vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo. Os contratos estão com o presidente do clube, Márcio Braga, para a avaliação das cláusulas antes da assinatura. "Só estou fazendo o meu papel e correndo atrás [para resolver a situação]. Nada além disso. Se eles quiserem fazer greve o problema é deles, não meu", completou Maia.

Uma das preocupações dos atletas, que também têm dois salários e premiações atrasadas, é com a eleição presidencial no clube, marcada para o dia 7 de dezembro. "A gente não sabe como a diretoria que for entrar vai pensar", explicou Marcelinho. Caso o Flamengo não compareça em duas partidas, pode ser até eliminado do torneio.

"Obviamente se ele repetir isso [a ausência], ficará demonstrado que não está preparado para competir num campeonato sério como a liga nacional", disse Kouros Monadjemi, presidente da liga de clubes. Neste ano, o NBB permite que atletas sem contrato atuem. A liga, porém, garante que na próxima edição só times com contratos regularizados e com os pagamentos de salário em dia vão ser inscritos. No último NBB, os jogadores do Flamengo também ameaçaram fazer greve e usaram camisas com palavras de protesto.

Fonte: José Eduardo Martins/Folha de S.Paulo