domingo, 28 de fevereiro de 2010

ISTO É BRASIL: tarifa de energia no País é uma das mais caras do mundo

Em meio a uma sucessão de apagões, o brasileiro paga uma das tarifas de energia mais caras do mundo. Segundo levantamento da consultoria Advisia, por encomenda da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace), as tarifas no País só perdem para as cobradas na Alemanha, numa comparação com 7 países industrializados.

O levantamento aponta que a tarifa paga pelo consumidor brasileiro - seja residencial ou industrial - é mais alta do que as do Canadá, Estados Unidos, Noruega, França e México. O estudo usa dados de 2007, por causa da defasagem nos sistemas internacionais de consulta, como a Agência Internacional de Energia (AIE). Mas, segundo especialistas, a relação não mudou substancialmente.

Na época, a tarifa residencial média no Brasil era de US$ 184 por megawatt-hora (MWh) e a industrial, de US$ 138 por MWh. O valor mais baixo para residências era encontrado na Noruega, de US$ 48 por MWh. No segmento industrial, o Canadá tinha a melhor tarifa: US$ 68 por MWh. Na Alemanha, que tinha as maiores tarifas, os consumidores residenciais pagavam US$ 212 por MWh e os industriais, US$ 84 por MWh.

"Deveria haver alguma relação entre custo de energia e qualidade, até porque boa parte da tarifa brasileira é referente a encargos, incluindo o sistema de transmissão, que está falhando", comenta o presidente da Abrace, Ricardo Lima. Ele cita ainda os Encargos sobre Serviços do Sistema, outra taxa paga para manter a confiabilidade no fornecimento. Ao todo, os encargos e impostos representaram metade do custo da energia comprada pelas indústrias brasileiras em 2007.

A área energética do governo cita justamente a carga tributária como fator preponderante no alto preço da eletricidade, pois o custo da produção de energia está entre os mais baixos do mundo. A sucessão de falhas, seja em linhas de transmissão ou redes de distribuição, indica que a relação entre custo e qualidade, indicada por Lima, está desproporcional.

Os dados de 2009 ainda não foram fechados, mas especialistas avaliam que os últimos meses foram muito ruins. Esta semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou uma multa de R$ 9,5 milhões à distribuidora Light por interrupções no fornecimento nos meses de novembro e dezembro. Nesta semana, o governo de São Paulo voltou a cobrar explicações da Eletropaulo pelo mesmo motivo.

O levantamento da Advisia indica ainda que, entre os países pesquisados, o Brasil teve o maior aumento de tarifas industriais no período, de 21,6% ao ano, ante 12,7% no México e 1,2% na Alemanha.

Fonte: AE

Geração 2000 celebra Guilherme Arantes, tido como "brega" nos anos 80

É o fim do exílio. O novo show de Guilherme Arantes sinaliza que os tempos estão mudados. Só agora, quase duas décadas depois do que poderíamos chamar de "início da decadência" do cantor, sua música volta a ser reconhecida por suas qualidades reais. E começa a se desvincular de rótulos preconceituosos que lhe vinham sendo pregados desde então.

"O pessoal dos anos 80 me chamava de brega --coisa que eu de fato era naquelas circunstâncias", diz o cantor. "No reinado do pop-rock, era vetado ao homem ter sentimentos. E eu, como o Erasmo Carlos, não tinha pudor nenhum de rasgar as emoções. Agora, estou me vingando da isolada que esse pessoal me deu. A mesma coisa que me fez maldito ali, hoje me dá a chance de perdurar".

E essas chances vêm aumentando. De um par de anos para cá, as velhas canções de Guilherme têm se tornado cada vez mais constantes no repertório de artistas --principalmente das vozes femininas. Vanessa da Mata fez versão para "Um Dia, um Adeus", que acaba de entrar na trilha da novela global "Cama de Gato". Zélia Duncan releu "Cuide-se Bem" em CD e DVD ao vivo --mesma música escolhida por Bruna Caram para fechar seu CD "Feriado Pessoal". Adriana Calcanhotto incluiu "Meu Mundo e Nada Mais" no show mais recente, e também deve lançá-la em DVD.

Guilherme reconhece que foi resgatado pelas cantoras, "para quem o sentimento está liberado". Mas aponta no seu instrumento de apoio outra razão que pode ter colaborado nesse processo de revalorização. "O piano entrou em desuso depois da fase áurea do pop, de tão usado que foi pelo Duran Duran, pelo RPM e por mim mesmo", diz. "Mas, passado esse tempo de descanso, voltou com tudo agora, tanto lá fora, em bandas como o Coldplay, como por aqui, no trabalho de caras novos como o [Daniel] Ganjaman e [Marcelo] Jeneci."

E é só esse instrumento --um piano de cauda-- que Guilherme usa para fazer o show de hoje. Estão na lista todas as canções que agora também são de Vanessa, de Zélia, de Bruna, de Adriana. Mas também duas dezenas de outras que ainda estão à espera do redescobrimento. Já se vão 34 anos desde a estreia fonográfica de Guilherme Arantes, e, vá lá, uns 25 do estrondoso apogeu comercial. O momento atual, dá para apostar, é de igual importância no desenrolar dessa história.

Fonte: Marcus Preto/Folha de S.Paulo

Novos rumos no mercado: iniciantes podem ensinar seniores, diz especialista

Em vez de travarem uma batalha para decidir quem está certo sobre o que deve ser feito na empresa, o profissional recém-chegado ao mercado e o sênior que ajudou a construir a corporação devem unir competências e aspectos geracionais, opinam especialistas. Para o consultor Peter Cheese, ex-diretor da divisão global de desempenho da Accenture, os gestores devem ouvir as reivindicações da geração Y. "Eles estão certos quando pedem, por exemplo, 'feedbacks' e planos de carreira mais transparentes", defende. "Precisamos fazer um bom trabalho para todos os empregados."

Ele concorda que gestores evitam candidatos com características excessivas da geração, pois muitos precisam "acordar para realidade". "É possível que a crise estimule isso aqui no Reino Unido", especula Cheese. Por isso ele recomenda cooperação entre gerações e sugere que os mais velhos também recebam treinamento dos mais novos. "É o 'reverse mentoring' [aconselhamento reverso, em tradução livre]. Tem algumas coisas que os mais velhos não entendem muito bem. A ideia é que os mais novos expliquem."

Dificuldades setoriais

Entretanto, nem todos os setores possuem capacidade de sempre ouvir esses jovens demandantes, que cresceram em meio a relações de pouca hierarquia e de muita atenção de pais e de professores. Bancos, agências de publicidade e empresas da área de tecnologia da informação têm mais facilidade para isso do que setores industrial e de infraestrutura, afirmam especialistas. Isso porque os projetos dos últimos têm prazos mais longos, enquanto os dos demais requerem muita inovação.

No banco Santander, por exemplo, a diretora de recursos humanos Paula Giannetti afirma que ser Y em excesso não é fator de corte para os processos de seleção que coordena. "Achamos o Y muito atrativo. Ele gosta de tomar riscos e se preocupa com sustentabilidade", afirma. Segundo ela, os jovens dessa geração mostraram que não pensam necessariamente em sair da empresa, mas sim em receber desafios constantes. "Eles fazem o feijão com arroz e pedem mais, então temos que pensar em outros projetos para mantê-los motivados".

Tempo relativo

Eline Kullock, presidente do Grupo Foco, atenta para uma diferença crucial ao conciliar gerações: a administração do tempo. "Os jovens querem reuniões de até uma hora, enquanto seus chefes preferem que elas durem quatro. É preciso achar um meio-termo".

Ela usa a metáfora do navio para pedir mais calma: "Os Ys devem mostrar que conseguem conviver em um ambiente que não é o dos amigos ou o de dentro de casa. A rapidez das empresas é outra. Cada uma é um navio. Mesmo que tenha poucas regras ou burocracia, demora um tempo para que mudem de direção".

Fonte: Folha de S.Paulo

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

U2, a banda mais lucrativa de 2009

Se o dinheiro faz o mundo girar, a turnê do U2, batizada de “360 graus”, prova que a frase está certa. O grupo irlandês lidera a lista da Billboard dos artistas mais lucrativos de 2009. No ano passado, Bono e companhia ganharam mais de US$ 108 milhões. O roqueiro Bruce Springsteen ficou em segundo lugar, com US$ 57 milhões, seguido da cantora Madonna, em terceiro, com US$ 47 milhões.

AC/DC e Britney Spears lucraram US$ 43 milhões e US$ 38 milhões, respectivamente. A lista da Billboard leva em conta o lucro obtido com turnês, vendas de CDs e faixas digitais, além de royalties de publicidade. No ano passado, Madonna ficou no topo da lista, enquanto Springsteen ficou em terceiro.

Fonte: AP

Começou a briga, em Hollywood, pelo papel principal no filme Capitão América

A Marvel está fazendo testes para encontrar o ator que fará o papel de Steve Rogers, o alter ego do personagem-título em seu filme "Capitão América". O filme mais recente de super-heróis da empresa será dirigido por Joe Johnston ("O Lobisomem") e conta a história do rapaz jovem, de saúde frágil, que é rejeitado quando quer prestar serviço militar e acaba virando símbolo de liberdade da América na segunda Guerra Mundial e, mais tarde, membro da equipe de super-heróis Vingadores da Marvel.

Cerca de sete atores já passaram para a linha de frente dos testes dos soldados especiais, já tendo feito testes ou estando prestes a fazê-los nesta semana e na próxima na sede da Marvel, em Manhattan Beach, Califórnia. Entre os nomes que se sabe estarem na lista, estão John Krasinski (de "The Office"), Michael Cassidy (que apareceu em "Smallville" e fez um teste para o filme de Superman), Patrick Flueger (um dos astros de "The 4400", visto mais recentemente no filme "Entre Irmãos", com Tobey Maguire), Scott Porter (do seriado "Friday Night Lights"), Wilson Bethel ("Generation Kill") e Mike Vogel ("Cloverfield - O Monstro").

Garret Hedlund, que já está em "Tron", da Disney, também constava da lista dos atores a serem testados, mas saiu dela, pelo menos por enquanto, em função de problemas em seu cronograma de trabalho. Mas pessoas bem informadas dizem que é possível que ele ainda faça o teste. Jensen Ackles é outro ator que teve problemas com seu cronograma.

O estúdio está mantendo os atores parados, sem poderem assumir outros compromissos, por 30 dias durante o processo de testes. Fontes avisam que é possível que nenhum ator apropriado seja identificado nos testes, como aconteceu durante a busca realizada pela Marvel pelo homem que encarnaria "Thor". Para esse filme, que está sendo rodado agora em Manhattan Beach, o estúdio fez várias rodadas de testes, mas acabou encontrando seu astro, Chris Hemsworth, apenas em fase posterior dos trabalhos, tendo inicialmente não dado atenção a seu vídeo de teste.

A Marvel procura alguém mais ou menos jovem e que seja capaz de parecer muito másculo, mas, segundo fontes bem informadas, um dos requisitos chaves também é que o ator seja norte-americano. Até agora nenhum ator britânico ou australiano foi considerado seriamente, embora isso seja possível se o estúdio não encontrar candidatos ideais nascidos na América.

Fonte: Reuters

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Caixa com 34 filmes conta a trajetória de Clint Eastwood

Clint Eastwood começou e terminou dois filmes no ano passado, assim como lançou outros dois em 2008 e dois em 2006. O ritmo de trabalho do diretor de 79 anos é intenso, mas ele nunca gastará mais de alguns meses numa produção. "Quatro semanas está ótimo", brinca Eastwood, num evento para convidados em Los Angeles, na semana passada. "Acho ótimo que alguém queira fazer filmes como "Avatar", "Distrito 9", adoro efeitos especiais, são muito divertidos. Mas eu ainda gosto de fazer filmes que contam histórias [...] E adoro ter uma vida, uma família."

Eastwood rodou o inédito "Hereafter" em 2009, um thriller sobrenatural sobre três pessoas que tiveram experiências de quase morte, além do recém-lançado "Invictus". "Às vezes, eu penso em parar [de trabalhar] por um tempo, mas daí aparece aquele roteiro ótimo...", disse, num auditório lotado, num museu da cidade. A prolífica carreira do diretor americano, vencedor de quatro Oscars, está sendo celebrada com uma caixa com 19 DVDs e 34 filmes, para comemorar as quase quatro décadas de parceria com os estúdios Warner Bros, iniciada para valer em 1971, com "Perseguidor Implacável" ("Dirty Harry").

No Brasil, deve ser lançada em julho uma caixa com cinco DVDs, ainda sem títulos definidos, com um livro de luxo e um documentário de 20 minutos. A coleção completa está à venda na Amazon.com por US$ 129 (cerca de R$ 260); ficaram de fora os "spaghetti westerns" com Sergio Leone e sua estreia na direção ("Perversa Paixão", 1971), já que não são da Warner. O livro e o curta-metragem são assinados por Richard Schickel, 77, amigo de longa data e crítico veterano da revista Time, que já escreveu uma extensa biografia de Eastwood.

"Os críticos não gostavam de seu trabalho no início", disse Schickel a um grupo de jornalistas estrangeiros. "Também não gostei quando vi pela primeira vez [os faroestes com Leone], acho que eu era muito tradicionalista [...] Eu já pedi desculpas até, só fui entender uma década depois [...] O mesmo aconteceu com "Dirty Harry", eu achava que era um bom filme, mas não tudo isso. Acho que tive medo de dizer, porque todo mundo estava tão maravilhado. Mas hoje adoro."

O curta é uma colagem de filmes de Eastwood, intercalados por cenas do diretor visitando os estúdios Warner, entre cenários antigos, o guarda-roupa com figurinos históricos e a sala de música instrumental que ganhou seu nome. É uma obra chapa-branca, ou seja, sem detalhes dessa relação diretor-estúdio, que costuma ser sempre bastante conflituosa.

"Clint fica muito confortável quando estou circulando com a câmera. O filme é bem leve, não é um estudo pesado, sério sobre seu trabalho", explica Schickel.

Fonte: Fernanda Ezabela/Folha de S.Paulo

Foto: Divulgação

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Mosquito transgênico é criado por cientistas para conter a dengue

Pesquisadores americanos e britânicos estão criando um tipo de mosquito transgênico em um esforço para conter a propagação da dengue. O vírus que provoca a dengue se propaga através da picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti e não há vacina para a doença. Segundo especialistas, a dengue afeta até 100 milhões de pessoas por ano e ameaça mais de um terço da população mundial.

Cientistas esperam que os machos transgênicos que estão criando cruzem com fêmeas para produzir outras fêmeas que herdem um gene que limita o crescimento das asas. Essas fêmeas têm sua capacidade de voar limitada, o que resultaria na supressão da população do mosquito. O estudo foi publicado em Proceedings of the National Academy of Sciences.

Malária

Os pesquisadores dizem que seu trabalho oferece uma alternativa segura e eficiente a inseticidas e pode ser usado para impedir a propagação de outras doenças através de mosquitos, como a malária. Anthony James, da Universidade de Califórnia - Irvine, disse: "Os atuais métodos de controle não são eficazes o suficiente, e são urgentemente necessários novos (métodos)".

"O controle do mosquito que transmite o vírus pode reduzir significativamente a (...) mortalidade humana". O chefe da pesquisa, Luke Alphey, da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, e proprietário de uma companhia de ciência aplicada, Oxitech Ltd, disse que a abordagem científica tem um foco bem específico. "A tecnologia é totalmente específica para uma espécie, já que os machos liberados vão cruzar só com fêmeas da mesma espécie".

"Uma outra característica atraente deste método é que (...) todas as pessoas em áreas tratadas estarão igualmente protegidas, independente de suas posses, poder ou grau de instrução". Hilary Ranson, da Faculdade de Higiene e Medicina Tropical de Liverpool, na Grã-Bretanha, disse que este trabalho científico é um grande avanço.

"Será um desafio logístico produzir e liberar um número suficiente de mosquitos machos e não vai ser barato. Mas pode ser realizado com os recursos adequados". Ranson disse que a dengue é uma doença ideal para ser combatida dessa maneira porque é propagada por apenas algumas poucas espécies de mosquito. Segundo a acadêmica, seria mais difícil usar técnica semelhante no combate à malária por causa da variedade de mosquitos portadores.

Fonte: BBC Brasil

Três em cada quatro empresas sofreram ataques cibernéticos em 2009, diz relatório

Uma pesquisa realizada por uma empresa especialista em segurança na internet indica que 75% das empresas no mundo todo sofreram algum tipo de ciberataque em 2009, o que gerou gastos em média de US$ 2 milhões por empresa. O relatório anual da Symantec, chamado 2010 State of the Enterprise Security (Estado da Segurança das Empresas, 2010, em tradução livre), pesquisou 2,1 mil empresas em 27 países durante o mês de janeiro, entre elas, 73 empresas no Brasil.

A pesquisa indicou que 42% das organizações consideram que estes ataques virtuais são a principal ameaça que enfrentam, acima até das atividades criminosas tradicionais (17%) ou desastres naturais (14%). Estas empresas afirmam que está difícil garantir a segurança contra ataques cibernéticos devido à falta de funcionários, já que muitos cargos foram cortados durante a crise econômica mundial.

"Proteção da informação, atualmente, é mais desafiante do que nunca", afirmou Francis deSouza, vice-presidente do setor de segurança de empresas da Symantec. "Ao estabelecer um plano para proteger sua infraestrutura e informações, aplicar políticas de tecnologia e gerenciar sistemas de forma mais eficiente, as companhias poderão aumentar a competitividade", acrescentou deSouza.

Aumento

Outro problema apontado pelas empresas pesquisadas é o aumento no uso da conectividade, com funcionários baixando dados corporativos para dispositivos privados. Entre as empresas pesquisadas pela Symantec, 29% também relataram um aumento nos ciberataques nos últimos 12 meses. Todas as empresas que sofreram ataques registraram perdas devido ao problema em 2009. As perdas mais frequentes foram por roubo de propriedade intelectual, roubo de informações de cartões de créditos de clientes ou outras informações financeiras, e roubo de informações pessoais de clientes que podem ser identificadas pessoalmente.

Entre as recomendações feitas pela Symantec para o aumento da segurança virtual das empresas é a proteção da infraestrutura (ambiente de rede, mensagens), proteção da informação da empresa e o desenvolvimento e aplicação de novas políticas de tecnologia nas empresas.

Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ainda em 2010 deverão começar testes com células-tronco em humanos

Os primeiros testes com células-tronco em seres humanos estão próximos de acontecer, relata o cientista Stevens Rehen, um dos maiores especialistas do Brasil nesse assunto. Segundo o pesquisador, que trabalha na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), quem está mais próximo de testar uma terapia usando células-tronco é a empresa Geron, dos EUA, que estuda técnicas para regenerar lesões na medula espinhal.

Na semana passada, um estudo da Universidade Stanford provou que é possível converter células da pele diretamente em neurônios, sem que seja necessário transformá-las antes em células-tronco. Em entrevista ao G1, o cientista comemorou os resultados da pesquisa, mas ressaltou que ainda são necessários testes para saber se o procedimento não gera teratomas – tumores que podem aparecer em tecidos humanos gerados com células-tronco.

O pesquisador também alertou para novos dilemas éticos que podem surgir com o avanço das descobertas na sua área. Confira, abaixo, a conversa com Stevens Rehen. Para entender melhor o assunto, veja no infográfico quais são os três métodos conhecidos para mudar a função das células e torná-las úteis no tratamento de doenças.

G1 - A empresa norte-americana Geron está tentando há algum tempo fazer testes com células-tronco em humanos para tratar lesões da medula, mas não consegue autorização. Em que área você acha que vai surgir o primeiro teste para um tratamento?

Stevens Rehen - Ainda acho que será o pessoal da Geron, mesmo. Fui lá em 2008, conversei com eles, e o trabalho é interessante. Eles estão tentando se cercar para evitar algum efeito colateral. O que fez o FDA [agência responsável pelo controle de drogas e alimentos nos EUA] segurar essas pesquisas é que alguns animais que receberam essas células apresentaram um cisto no local da injeção. Segundo eles, não tinha característica de um teratoma, mas era um cisto, e isso assusta todo mundo. O primeiro teste provavelmente será feito com paraplégicos.

G1 - É possível prever quando serão feitos os primeiros testes?

Stevens Rehen - O FDA pediu para a Geron rever os resultados e tentar explicar o motivo dos cistos. Eles estão trabalhando como loucos para isso. Eu não me surpreenderia se os testes começassem ainda neste ano. Mas como é uma área que tem muita atenção da sociedade, que tem uma visibilidade muito grande, qualquer procedimento que seja mal feito pode jogar por água abaixo um investimento de muitos anos.

G1 - Uma pesquisa recém-divulgada pela Universidade Stanford reforça a ideia de que as células embrionárias podem não ser necessárias para reprogramar a função das células. Isso traz alívio para a discussão sobre o uso de embriões?

Stevens Rehen - Talvez tenha aliviado o dilema ético na utilização de embriões, mas vão surgir outros até mais complicados. Imagine, por exemplo, se você conseguir retirar pele de uma pessoa e gerar um óvulo. Em seguida esse óvulo será fecundado, e você terá a geração de uma pessoa a partir da pele de alguém que talvez nem saiba que tenha doado aquela pele.

Imagine que alguém tenha tirado um pedaço de pele do Michael Jackson, e que daqui a alguns anos essa pele seja reprogramada em espermatozóides e dê origem a um filho legítimo dele. "Um exemplo um pouco mais bizarro: imagine que alguém tenha tirado um pedaço de pele do Michael Jackson antes de ele ser sepultado, e que daqui a alguns anos essa pele seja reprogramada, se transforme em espermatozóides e dê origem a um filho legítimo dele.

Mas vale a pena ratificar que as células-tronco embrionárias ainda não perderam importância. Os possíveis transplantes que estão sendo estudados ainda vão ser realizados com as células-tronco embrionárias.

G1 - Quais as vantagens que o método recentemente descoberto, de transformar células da pele diretamente em neurônios, traz para o estudo com células-tronco?

Stevens Rehen - O grande desafio para quem trabalha com célula-tronco embrionária ou célula pluripotente [que pode se transformar em outras] é que você não tem como garantir que cem por cento do que você diferenciou [transformou em outra célula] vai virar neurônio. Se sobrar um por cento daquelas células que tenha característica pluripotente, isso pode ser um perigo, porque essa célula pode se transformar em um teratoma, virar um câncer.

No caso da pesquisa de Stanford, eles sugerem que isso está mais seguro, pois é intuitivo você pensar que aquelas células não têm capacidade de virar um teratoma, pois elas estão indo direto da forma de pele para neurônio. Mas eu senti falta de um ensaio de teratoma, um teste em que você injeta essas células em um camundongo para ver se elas podem gerar tumores.

G1 - Como está o Brasil no estudo das células-tronco em relação aos outros países ?

Células da pele são transformadas diretamente em neurônios, diz estudo Holandeses desenvolvem carne de porco com célula-tronco suína EUA autorizam pela 1ª vez pesquisa com células embrionárias humanas UFRJ inaugura laboratório para criar linhagens de células-tronco Califórnia destina US$ 200 milhões para pesquisa aplicada com célula-tronco

Stevens Rehen - Temos a Rede Nacional de Terapia Celular, associada ao Ministério da Saúde, que é formada por oito grandes laboratórios nacionais e mais 52 laboratórios que estão recebendo verba do governo para trabalhar com terapia celular.

Há gente fazendo desde terapia experimental para diabetes – com seres humanos, usando células da medula óssea – até gente fazendo reprogramação celular. Também um grupo que está usando células da medula óssea para tentar tratar acidente vascular cerebral, cardiopatia, doença de Chagas. São tratamentos que serão muito mais baratos do que o disponível hoje para esses pacientes, e que poderiam ser usados no SUS. Nessas pesquisas estamos muito bem posicionados.

E há um grupo, ainda pequeno no pais, interessado em trabalhar com células-tronco embrionárias e com células de pluripotência induzida [veja infográfico]. Para isso, ainda falta massa crítica. É uma área muito nova, e a comunidade científica brasileira ainda é muito pequena em relação ao tamanho país. Nessa área, não podemos competir com os EUA, Inglaterra, Austrália, Japão e nem mesmo com a China, mas estamos bem posicionados na América Latina.

Fonte: Iberê Thenório/G1

Migração: Cuba e EUA iniciam conversações

Autoridades de Cuba e dos Estados Unidos iniciaram na sexta-feira uma nova rodada de conversações sobre assuntos de migração, buscando manter aberto um canal de comunicação após os recentes tropeços diplomáticos que afetaram as tentativas de os dois inimigos melhorarem seus laços. A reunião começou pela manhã em um lugar não revelado de Havana, disse uma fonte diplomática norte-americana.

Essa é a segunda reunião desde que as negociações sobre migração foram retomadas em julho de 2009, após um parêntese de seis anos, o que foi interpretado então como um sinal de aproximação do governo do presidente Barack Obama. Os contatos em Havana, no entanto, ocorrem em um clima pouco otimista e sob a sombra da detenção, em dezembro passado em Cuba, de um contratista norte-americano acusado de distribuir equipamentos de satélites ilegais a dissidentes.

"As discussões ocorrerão na melhor forma a promover uma emigração segura, legal e ordenada entre Cuba e os Estados Unidos", disse o Departamento de Estado em um comunicado. A delegação norte-americana é chefiada pelo subsecretário do Escritório de Assuntos Hemisféricos do Departamento de Estado, Craig Kelly, que poderá abordar a situação do contratista durante as conversações.

Cuba sugeriu que o contratista trabalhava para os serviços de inteligência dos EUA. Washington nega. O presidente cubano, Raúl Castro, disse que a detenção dele demonstra que Obama busca acabar com o sistema socialista de Cuba, assim como seus antecessores. Cuba e EUA têm previsto emitir comunicados ao final das negociações sobre migração na tarde de sexta-feira.

Ambos os governos declararam-se satisfeitos após a primeira rodada realizada em julho passado em Nova York. A imigração é um tema delicado em Cuba, que acusa os EUA de fomentar a emigração ilegal para tentar desestabilizar o sistema socialista do país. Os dois países firmaram um acordo migratório em 1995 para frear o êxodo de balseiros cubanos em meio à severa crise econômica após o fim da União Soviética.

Cuba comprometeu-se a deter as saídas ilegais e os EUA a devolver os emigrantes interceptados em alto mar e entregar 20 mil vistos anuais a cubanos.

Fonte: Esteban Israel/Reuters

Adiada estréia do esquiador brasileiro Jhonatan Longhi nos Jogos Olímpicos de Inverno do Canadá

A estreia do esquiador brasileiro Jhonatan Longhi nos Jogos Olímpicos de Inverno, em Vancouver, no Canadá, foi adiada. A prova do slalom gigante, que seria disputada no domingo, acontecerá só na terça-feira devido às condições da pista de Whistler Creekside. Segundo o COB (Comitê Olímpico Brasileiro), as condições da pista melhoraram nos últimos dias, mas outras provas, sem brasileiros, já haviam sido adiadas anteriormente. Por conta disso, o calendário de treinos e eventos de Whistler Creekside teve que ser adaptado.

"O Jhonatah é um jovem de natureza tranquila e está bastante calmo. É claro que, tratando-se de Jogos Olímpicos, existe uma ansiedade e não dá para ficar indiferente. Mas não muda muita coisa na programação de treinamento dele", falou Stefano Arnhold, presidente da CBDN (Confederação Brasileira de Desportos na Neve).

Fonte: Folha Online

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Antônio Carlos substitui Muricy no Palmeiras

O Palmeiras já tem novo técnico. E o nome escolhido foi justamente o do algoz de Muricy Ramalho, demitido no início da tarde desta quinta-feira. Antônio Carlos Zago, que comandou o São Caetano na goleada de 4 a 1 sobre o Alviverde, na quarta-feira, acertou na noite desta quinta com o time do Palestra Itália. Com contrato até o fim do ano, ele será apresentado na tarde desta sexta, na Academia de Futebol.

Antônio Carlos Zago foi zagueiro do Palmeiras nos anos 90, quando o clube viveu um dos seus melhores momentos. Como jogador do clube, ele foi bicampeão do Paulista e do Brasileiro (93/94) e campeão do Torneio Rio-SP (93). O ex-atleta já havia sido sondado para ser gerente de futebol do clube no passado.

Diferentemente de quando demitiu Vanderlei Luxemburgo, no meio da temporada passada, a diretoria alviverde não demorou para escolher o seu novo treinador. Até Muricy ser contratado, em julho de 2009, o time foi comandado pelo interino Jorginho durante um mês. Apesar do acerto com o Palmeiras, Antônio Carlos não deve estrear neste domingo, diante do São Paulo, no Palestra Itália, pelo Campeonato Paulista. A diretoria entende que o tempo de dois dias é curto demais. Com isso, Jorge Porto Iparraguirre, o Parraga, que treina a equipe B, comandará o time principal.

Fonte: Globo Esporte.Com

Nova vacina contra gripe sazonal pode ser usada para combater vírus da H1N1

A vacina deste ano contra a gripe sazonal no Hemisfério Norte deve proteger contra três cepas virais, inclusive a H1N1, recomendou hoje a OMS (Organização Mundial da Saúde). A composição, anunciada após quatro dias de reuniões dos especialistas, significa que a vacina contra a gripe suína que ainda estiver estocada pelos laboratórios pode ser usada como parte de uma fórmula da vacina contra a gripe sazonal para o inverno boreal de 2010/11, disse Keiji Fukuda, especialista em gripes da OMS.

Alguns países, como Alemanha, França e Estados Unidos, reduziram suas encomendas para a vacina específica contra o H1N1 por causa da demora da população em se imunizar. O fato de ser necessária apenas uma dose, e não duas, contribuiu com o excesso de oferta. "A inclusão do vírus pandêmico H1N1 na vacina da 'influenza' não sinaliza que a pandemia acabou", explicou Fukuda a jornalistas. "Este vírus deve ser uma ameaça significativa às pessoas conforme entrarmos no período de outono e inverno."

Jovens, especialmente com doenças pregressas, e grávidas continuam sob maior risco de sofrer a infecção pelo H1N1 e uma pneumonia viral associada à gripe suína, de acordo com o especialista. Um comitê emergencial da OMS para gripes deve se reunir no próximo dia 23 para avaliar se o mundo está saindo da pandemia, mas o vírus H1N1 ainda deve continuar sendo o principal vírus da gripe em circulação no mundo, afirmou Fukuda. "O período pós-pico significa que continuamos numa pandemia", afirmou ele, ressaltando no entanto que o vírus está declinando e que os índices de contaminação estão se aproximando do normal.

As outras cepas que a OMS quer incluir na vacina sazonal são o H3N2 (que a exemplo do H1N1 é um tipo da "influenza A") e a "influenza B". Cerca de 200 milhões de pessoas já foram vacinadas contra o vírus H1N1, mas Fukuda disse que não há razão para imaginar que a vacina trivalente causaria problemas para esse grupo.

Fonte: Stephanie Nebehay/Reuters

Scorserse vai dirigir Di Caprio no papel de Frank Sinatra no cinema

O diretor Martin Scorsese confirmou que fará um filme sobre a vida de Frank Sinatra e que o escolhido para o papel principal é Leonardo DiCaprio. Em declarações à revista americana "The Hollywood Reporter" divulgadas hoje, Scorsese disse que não pretende fazer DiCaprio cantar no filme e que deverá optar por usar a voz original de Sinatra. "Frank cantará. Mas estamos esperando para ter o roteiro terminado", explicou.

Fonte: EFE

Paul McCartney espera salvar Abbey Road após EMI anunciar venda do estúdio


Paul McCartney comentou a venda do mítico estúdio Abbey Road, em Londres, após a gravadora EMI anunciar o plano de vendê-lo. O estúdio onde os Beatles gravaram muito de seus discos, imortalizado pelo álbum "Abbey Road", de 1969, está à venda para angariar dinheiro para a gravadora saldar dívidas. "Sei que há algumas pessoas que tiveram conexão com o estúdio por um longo período que estão conversando sobre uma união para salvá-lo", explicou McCartney, em declaração dada a BBC. A foto da capa do disco "Abbey Road", dos Beatles; Paul disse que espera "salvação" do estúdio

"Obviamente, tenho muitas memórias com os Beatles de lá e continua sendo um ótimo estúdio. Portanto, seria maravilhoso que alguém fizesse algo para ajudá-lo". A EMI espera conseguir 30 milhões de libras (R$ 86 milhões) com a venda.

Fonte: Folha Online


Foto: Divulgação

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Periferia da cidade de São Paulo ganha as telas de Berlim

O cinema brasileiro encerrou hoje sua passagem pela 60ª edição do Festival de Berlim com o drama "Bróder", de Jeferson De. As labirínticas vielas do bairro do Capão Redondo, na periferia de São Paulo, servem de cenário para o reencontro de três amigos que se veem mais uma vez envolvidos na violência do lugar.

Em entrevista coletiva concedida hoje, o diretor explicou que seu filme conta uma "história universal" narrada em um "lugar perigoso" como a zona sul de São Paulo, um ambiente que lhe é familiar. "Sou negro e venho da mesma camada social dos protagonistas da história. Mas, apesar disso, consegui chegar à universidade e estudar cinema", afirmou. Suas origens, disse, dotam o filme de um "novo ponto de vista" incomum no cinema brasileiro e afastado do "racismo" que, em sua opinião, predomina na filmografia do país.

Para De, seu filme não fala exatamente sobre a violência, mas "sobre o amor e a amizade de três jovens que se consideram irmãos" e sobre "aonde essa amizade acaba os levando". O ator Caio Blat interpreta Macu, o único dos três amigos que continua vivendo na favela, imerso nas tramas das quadrilhas do lugar, e que recebe a visita de seus dois amigos de infância por causa de seu aniversário, justamente no mesmo dia em que ele deve cometer um sequestro.

A produtora de "Bróder", Renate Moura, falou sobre as dificuldades que a equipe encontrou para filmar no Capão Redondo, mas apontou que, por meio da colaboração com a associação de moradores e com a incorporação de moradores da região à equipe, os caminhos se abriram. O rapper Du Bronk's, um dos moradores que atuam em "Bróder", destacou que seu bairro "não é só uma área de traficantes".

"O filme criou postos de trabalho e teve muitos efeitos positivos para o bairro. É o primeiro filme que mostra nosso bairro de forma positiva", apontou. Apesar da presença do perigo e da violência, "Bróder" não se sustenta nesses elementos, apenas os sugere, e se concentra na relação dos três amigos.

Participação brasileira

O cinema brasileiro teve forte presença neste Festival de Berlim, que entrega seus prêmios no sábado (20), principalmente nas mostras Panorama e Generation, dedicada ao cinema para crianças e jovens, ambas fora de concurso. Além de "Bróder", participaram da Panorama "Besouro", "Fucking Different São Paulo" e "Waste Land", enquanto o filme "Os Famosos e os Duendes da Morte" e o curta "Avós" foram exibidos na Generation.

Dirigido por João Daniel Tikhomiroff, "Besouro" que conta a história do mito do lendário capoeirista que enfrentou os abusos dos fazendeiros das plantações de cana-de-açúcar para defender a população negra. Já "Fucking Different São Paulo" foi rodado por um coletivo de 12 jovens diretores --Joana Galvão, Monica Palazzo, Max Julien, Ricky Mastro, René Guerra, Silvia Lourenço, Sabrina Greve, Rodrigo Diaz Diaz, Elzemann Neves, Gustavo Vinagre, Herman Barck e Luciana Lemos.

O filme é o quarto de uma série produzida pelo alemão Kristian Petersen que, nesta ocasião, reúne uma série de 12 curtas-metragens que falam da situação dos homossexuais em São Paulo. O documentário britânico-brasileiro "Waste Land", por sua vez, foi produzido pelo cineasta Fernando Meirelles e dirigido pela inglesa Lucy Walker.

O filme acompanha o artista Vik Muniz no lixão de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (RJ), onde inspira catadores a criar autorretratos com lixo. Dentro da mostra Generation, "Os Famosos e os Duendes da Morte" de Esmir Filho, conta a história de um jovem de 16 anos que rememora com aversão e melancolia seu povoado natal, com a internet como único meio para poder expressar seus sentimentos.

Já "Avós", de Michael Wahrmann, tem como protagonista o menino Leo e as descobertas que faz ao tentar trocar as meias e cuecas que ganhou de presente de suas avós no seu aniversário de 10 anos, tudo registrado pela câmera dada por seu avô.

Fonte: EFE

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Feira em Paris homenageia literatura gastronômica da América Latina

A literatura gastronômica da América Latina foi homenageada em uma feira que terminou nesta segunda-feira em Paris. A World Cookbook Fair (Feira do livro da cozinha mundial), que durou quatro dias -dois para os profissionais da gastronomia e dois para o público - foi uma festa de sabores, cores e aromas de todas as partes do mundo.

O festival gastronômico - realizado este ano pela primeira vez- representou uma verdadeira "Biblioteca de Babel" da cozinha, com livros de mais de 130 nacionalidades, do Brasil à China, passando por Índia, Malásia, Caribe e África. Dezenas de chefs franceses, como Michel Troisgros, irmão do chef francês de coração brasileiro Claude Troisgros, apresentaram seu talento e arte, preparando pratos e oferecendo provas dos resultados de seus trabalhos, para deleite do público.

O destaque brasileiro da feria foi Luisa Trajano, que lidera o projeto "Sabores do Brasil", que pretende preservar as tradições gastronômicas brasileiras.

Fonte: AFP

Blogueiros bons de texto se destacam na web

Os torcedores mal sabem, mas o jornalismo esportivo ganhou um baita reforço em janeiro do ano passado. Com os jogadores de férias, o são-paulino Luiz Armando, 12, nem sequer podia ir ao Morumbi, estádio que fica a poucos passos de seu prédio. Aceitou a sugestão da irmã e criou o blog Armando a Jogada. Assim como ele, outros jovens encontraram na web uma forma de espalhar o que pensam sobre moda, culinária, política, cultura, esportes e a própria rotina -em textos que ultrapassam os 140 caracteres, padrão do microblog Twitter.

Luiz, por exemplo, já tem até padrinho na área, o jornalista José Trajano. "Desde que comecei, foram poucas reclamações de parcialidade", recorda. "Trajano fala que tenho talento. Quer até me colocar na ESPN, num programa com linguagem mais jovem", revela. Outro blog já virou revista. Há três anos, a americana Kristin Prim, 16, expõe seu estilo na internet. Hoje, edita a revista "Prim" e atualiza seu blog.

Para ela, autoconfiança é uma palavra para todas as estações. "Meu estilo está definitivamente maduro. A revista serve como uma bíblia dele", avalia a fã dos estilistas Rick Owens e Helmut Lang. Já Pedro Lima, 17, e seus comparsas do Underaged Heartbreakers descartam o jornalismo nos blogs. "Queremos escrever por hobby, não por obrigação", garante.

Há pouco mais de um ano, a turma juntou piadas internas, layout moderninho e compilações de looks.
O endereço virtual ganhou destaque quando o fotógrafo e hipster Mark Hunter entrou na vida dos garotos: o americano do CobraSnake.com deu uma entrevista exclusiva sobre a participação numa festa em São Paulo. Com o blá-blá-blá, surgiu uma permuta com uma marca de roupas. "Só gostamos de escrever. Quando tem desfile é bom, porque ganhamos pulseiras. A correria de Fashion Week é ótima", afirma Pedro.

Blog e chocolate

Longe das semanas de moda, Malú Azoni, 13, e Ludmila Bello, 16, blogam sobre o cotidiano. "Meu jeito de escrever não mudou, mas o blog amadureceu. Agora, falo de assuntos mais gerais, não só de coisas pessoais", diz Ludmila, que mora em São Luís (MA). Ela é dona do Unimaginative Kid.

Direto de Campinas (SP), Malú abastece o Pizza e Chocolate, batizado com sua combinação gastronômica preferida. No site, ela não deixa claro o que sai direto de sua vida e o que é ficção."São poucos que gostam de ler blogs. E muito menos de escrever", diz a chocólatra. Segundo Lud, os blogs saíram de moda entre os jovens. "É visto como coisa de nerd", lamenta.

Para a americana Julie Zeilinger, 16, blog é coisa séria. A história do The F Bomb começou quando ela estava na oitava série e tinha de fazer um discurso na frente do colégio. Ao ler um artigo sobre pais que matam bebês do sexo feminino, criou sua bomba virtual: uma resposta à "falta de uma visão adolescente sobre o feminismo". "Fiquei perturbada por que isso acontecia e não sabiam", conta Julie.

Nick Normile, 17, não tem a mesma intimidade com palanques, mas manda muito bem na cozinha. Desde 2007, seus insights culinários vão parar no Foodie at Fifteen. Em busca do sonho do restaurante próprio, Nick cozinha para os amigos. "Tem também aquela que, talvez, seja minha atividade favorita: comer!", diz.

Fonte: Braulio Lorentz/Colaboração para a Folha

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Brasileira conquista ouro na Copa do Mundo de Judô em Budapeste

A judoca brasileira Mayra Aguiar levou a medalha de ouro na Copa do Mundo de Budapeste, na Hungria, neste domingo, ao derrotar a japonesa Tomomi Okamura, na categoria até 78 kg, por ippon. "Mayra não deu chances para a japonesa na final e teve atitude desde o primeiro segundo. Ela é extremamente competitiva e luta muito concentrada, com tranquilidade e equilíbrio. Isto faz toda a diferença. A atuação dela nesta Copa do Mundo foi impecável", disse a técnica da seleção feminina, Rosicléia Campos, para o site da Confederação Brasileira de Judô. No sábado, a brasileira Sarah Menezes perdeu para japonesa Haruna Asami e ficou com a medalha de prata na categoria até 48 kg.

Homens

Na Copa do Mundo de Viena, na Áustria, os brasileiros Luciano Corrêa (-100kg) e Walter Santos (+100kg) também se destacaram e conquistaram medalhas de prata neste domingo.

Fonte: Folha Online

Scorserse e De Niro reativam, após 15 anos, parceria nas telas de cinema

Martin Scorsese está disposto a reavivar uma parceria cinematográfica com Robert De Niro que vem desde "Caminhos Perigosos" ("Mean Streets"), cerca de 40 anos atrás, dizendo que o projeto está relacionado ao mundo da máfia. O diretor de 67 anos esteve no sábado (13) no Festival de Cinema de Berlim para a estreia de sua última produção, "Ilha do Medo" ("Shutter Island"), quarto filme em que conta com a colaboração de Leonardo DiCaprio.

"Bob De Niro e eu estamos conversando sobre algo que tem a ver com esse mundo", afirmou Scorsese a jornalistas após uma apresentação de Shutter Island à imprensa. "Não há dúvida. Estamos trabalhando em algo como isso, mas temos a vantagem de sermos mais velhos, nenhuma dessas coisas de correr por correr", acrescentou.

Os rumores de que Scorsese pode retomar uma das parcerias de maior êxito do cinema têm se multiplicado durante anos, já que seus seguidores relembram com nostalgia clássicos como "Touro Indomável" ("Touro Indomável"), "Taxi Driver" e "Cabo do Medo" ("Cape Fear"). Os pesos-pesados de Hollywood trabalharam juntos pela última vez em "Cassino" ("Casino"), de 1995.

Fonte: Reuters

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sites de venda de livros mudam perfil de consumidores

Dono de um sebo no centro de Belo Horizonte por cinco anos, Renato Ribeiro decidiu no fim de 2008 fechar a loja. Manteve-se, porém, no comércio de livros usados: alugou uma sala menor, para onde transferiu seu acervo de 20 mil títulos, e hoje vende somente pela internet, nos portais que intermedeiam transações entre livreiros e leitores.

O mesmo fez o paulistano Gunter Zibell, que trocou a loja física pela virtual, cadastrando em alguns sites os seus 60 mil volumes. Ambos afirmam que o corte de despesas com pessoal e contas justificou a opção. O movimento reflete a reviravolta no mercado de livros usados e raros detonada pela evolução das redes de sebo no ciberespaço brasileiro. São portais que reúnem muitos livreiros numa mesma página, onde o cliente compara preços e pesquisa o conteúdo e/ou o estado do volume. Escolhidos os títulos, o negócio se dá entre o sebo e o leitor interessado --o intermediário lucra com comissão e mensalidades cobradas aos cadastrados.

Soberana no setor, a Estante Virtual, criada em 2005 e que reúne 1.600 sebos e 6 milhões de livros, ganhou nos últimos anos concorrentes que, se não chegam a ameaçar sua liderança, já provocam reações típicas de uma guerra comercial. A sombra maior é a Gojaba. Subsidiária brasileira da gigante canadense AbeBooks, comprada em 2008 pela Amazon, a Gojaba chegou no mesmo ano ao Brasil com uma tática agressiva: não cobrar mensalidade nem comissão dos livreiros.

A Estante, que cobra 5% de comissão sobre as vendas e mensalidades que variam de R$ 29,90 (2.000 livros) a R$ 132 (60 mil livros) reagiu, ameaçando levar o concorrente aos órgãos de defesa da concorrência. "Isso é 'dumping' total [venda por preço inferior ao do mercado]. Sem cobrança aos livreiros, não há como sustentar um portal assim. Pensamos em entrar com uma ação no Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica], mas, como eles não afetam nossa liderança, não entramos", revelou André Garcia, dono da Estante.

"Não comento. Eles têm seu ponto de vista, temos o nosso. Se entrarem com ação, tomaremos medidas", disse o diretor do Gojaba, Giovanni Soltoggio, baseado na Alemanha. Trata-se de um mercado ascendente. A Estante Virtual não revela o faturamento, mas informa que em 2009 o volume de vendas no portal foi de R$ 28 milhões, 2.800% maior que em 2006 (primeiro ano medido) e crescente desde então.

Garcia diz ter 98% do mercado. Livreiros independentes estimam que ele domine 80%. Soltoggio não cita números, mas se diz "muito satisfeito" com os resultados da Gojaba no Brasil. "Estamos chegando a 3 milhões de livros on-line [240 livreiros] e a oferta só cresce". Além do Gojaba, outras redes menores de sebo disputam terreno com a líder.

Entre os livreiros, a Estante é em geral elogiada e de longe a favorita, representando parcela expressiva do total de vendas das lojas. "Vamos falar claro: sinônimo de livro usado hoje não são o Brandão nem o Messias, é a Estante Virtual", diz Eurico Brandão Jr., do sebo Brandão, há 58 anos no mercado e com lojas em três cidades, São Paulo, Recife e Salvador, nas quais 60% das vendas são pelo portal.

Há também queixas. "Tem livro que vale R$ 100, mas tem gente que não sabe do valor e põe à venda na Estante por R$ 10, depreciando o produto", diz o gerente do sebo paulistano Nova Floresta, José Amorim.
Para Luiza Tsuyama Cardoso, do Traças e Troços, o caráter virtual dos portais atrapalha os livreiros. "Não há contato humano, você não tem chance de argumentar com eles, gera uma sensação de impotência."

Fonte: Fábio Victor/Folha de S.Paulo

Foto: Folha Imagem

Cartola Romário demite treinador Bebeto no América (RJ)

A dupla tetracampeã mundial Bebeto e Romário está desfeita no América-RJ. Após a derrota para o Olaria por 2 a 1, neste sábado, na Rua Bariri, pela semifinal da Taça Moisés Mathias de Andrade, o técnico Bebeto foi demitido por Romário, gestor do futebol do clube. "O Romário conversou comigo após a partida e entendeu que era o momento de mudar.

Não fizemos uma campanha abaixo das dos clubes de menor investimento, pois alguns deles dispõem de mais estrutura e começaram a se preparar bem antes, mas respeito a decisão do Romário e nossa amizade está acima de qualquer situação profissional", explicou Bebeto.

Bebeto comandou a equipe rubra em oito partidas pelo Estadual, vencendo três e empatando uma. "O grupo tem potencial, mas o America hoje tem um time e não um plantel. Procurei fazer meu trabalho aprendendo a entender as limitações do clube", comentou.

Fonte: AE

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Rock in Rio Lisboa terá brasileiros dividindo o palco com portugueses

Maria Rita, Toni Garrido, Zeca Baleiro, Tiê, Martinho da Vila e Andreas Kisser são os brasileiros que dividirão com artistas de outros países de língua portuguesa o palco Sunset do Rock in Rio Lisboa, que será realizado entre os dias 21 e 29 de maio, anunciou a organização do evento. No dia 22, Maria Rita e Toni Garrido sobem ao palco junto com Rui Veloso, considerado o pai do rock português dos anos 80 e que completa 30 anos de carreira. Antes, no mesmo dia, a paulista Tiê se junta aos portugueses do Tiago Bettencourt & Mantha.

No dia 27, é a vez de Zeca Baleiro pisar no Sunset junto com o português Jorge Palma, de quem já gravou a música "Frágil". Maria Rita, Toni Garrido e Tiê são alguns dos artistas brasileiros que se apresentam no Rock in Rio Lisboa 2010. No dia 28, Martinho da Vila divide o palco com o português Luís Represas.

Por fim, no dia 29, o guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser, se apresentará no palco Sunset como parte da banda Hail, também formada por David Ellefson (co-fundador e baixista do Megadeth), Tim "Ripper" Owens (ex-vocalista do Judas Priest) e Jimmy DeGrasso (baterista de Alice Cooper). Eles dividirão o show com o grupo português de heavy metal Ramp.

A organização do Rock in Rio Lisboa já confirmou os shows de Ivete Sangalo, da colombiana Shakira, do trio de rock britânico Muse e da estrela adolescente Miley Cyrus, entre outros.

Fonte: EFE

66,3 milhões: um em cada três brasileiros já é internauta

O Brasil fechou o ano de 2009 com um total de 66,3 milhões de internautas e segue na frente entre os países cuja população passa mais tempo na internet, com uma média de 44 horas mensais. Pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 10, pela joint venture Ibope Nielsen Online mostra que o País tem um total de 36,6 milhões de internautas ativos, ou seja, com acesso à internet tanto em residência como no trabalho.

A pesquisa aponta ainda que a quantidade de brasileiros com a possibilidade de conexão à internet - que frequentam locais onde o serviço é oferecido - é de 46,8 milhões. Vale ressaltar que o instituto não calcula acessos à internet de pontos públicos e provenientes de telecentros e lan houses. O levantamento do Ibope Nielsen Online aponta também que o número de brasileiros com acesso à internet residencial cresceu 16% no último mês do ano em relação ao mesmo período de 2008, passando de 24,5 milhões para 28,5 milhões.

De acordo com a pesquisa, os endereços eletrônicos mais procurados pelos brasileiros são os sites de empresas de telecomunicação (que oferecem serviços de telefonia e internet), de mensagens e de correspondência eletrônica, com um total de 34,58 milhões de acessos em dezembro e tempo mensal médio de navegação de 9 horas mensais.

Em seguida, figuram os buscadores eletrônicos, portais e comunidades virtuais, com um total de 34,51 milhões de internautas e 6 horas e 43 minutos de tempo médio de navegação mensal. Nessa categoria, estão incluídos redes sociais como Orkut e Facebook e buscadores como o Google, Yahoo e Bing. A pesquisa também aponta que, em dezembro, 23 milhões de internautas brasileiros navegaram em sites da subcategoria vídeos e filmes, como o YouTube, e 13,8 milhões navegaram em sites da categoria transmissão de mídia, na qual estão incluídos sites de vídeo profissionais. Juntas, as duas categorias chegam a 24,8 milhões de pessoas assistindo a vídeos online. O tempo médio de navegação dos internautas nesses serviços é de 1 hora e 5 minutos por mês.

Ainda que o número de internautas que acessam sites de vídeos cresça a cada ano, ele ainda é pequeno se comparado à população brasileira. No País, apenas 13% utilizam o serviço. Na América Latina, o Brasil fica atrás de nações como Venezuela (39%), Colômbia (33%), Peru (30%) e México (29%). O País fica à frente do Equador (13%) e da Argentina (10%).

Fonte: Gustavo Uribe/AE

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

África do Sul ainda luta contra desigualdades 20 anos após a libertação de Mandela

Vinte anos depois da libertação de Nelson Mandela, a África do Sul é uma democracia vibrante, mas ainda tem milhões de pessoas vivendo na pobreza e buscando uma liderança capaz de confrontar os problemas econômicos. A libertação de Mandela em 11 de fevereiro de 1990, após 27 anos nas prisões do apartheid, colocou em marcha uma transformação política que culminou com a história eleição multirracial de 1994 e com a posse do próprio Mandela como primeiro presidente negro do país.

Alguns críticos dizem que o legado de Mandela foi destruído por causa de incidentes como o afastamento do sucessor dele, Thabo Mbeki, do comando do partido CNA e do recente escândalo sexual envolvendo o atual presidente do país, Jacob Zuma. A democratização da África do Sul é até hoje vista como um milagre. As propostas conciliadoras de Mandela conquistaram o apoio até de radicais brancos conservadores, e comunidades antes segregadas passaram a ser integradas. Em geral, brancos e negros se tratam com respeito hoje em dia.

Mas milhões de negros ainda vivem na miséria em terríveis "townships" (favelas), e a taxa oficial de desemprego é de quase 25 por cento, embora analistas digam que na verdade seja muito superior. "Os desafios são idênticos. Se há três categorias de coisas, são o desemprego, a desigualdade com uma camada racial e a pobreza. As mudanças entre 1990 e 2010 não são profundas", disse o analistas político Nic Borain.

A África do Sul também tem um dos maiores índices de criminalidade do mundo, e uma das maiores quantidades de portadores do vírus da Aids. A disparidade de renda entre os grupos raciais cresceu desde 1995, e o Banco Mundial descreve a África do Sul como um país com "diferenças extremas em termos de renda e riqueza".

Pelo menos 34 por cento dos cerca de 50 milhões de sul-africanos vivem com menos de 2 dólares por dia, segundo o Banco Mundial. Sob o governo do Congresso Nacional Africano, partido no poder desde o fim do apartheid, a África do Sul teve sua mais prolongada fase de prosperidade, até ser afetada pela crise global e mergulhar numa recessão no começo de 2009.

Embora tenha se livrado dela no terceiro trimestre, analistas dizem que as perspectiva de crescimento permanecem aquém das de outros grandes países emergentes - o que só poderia mudar com grandes avanços na infraestrutura e reformas no mercado de trabalho da maior economia africana, segundo os especialistas.

Para Peter Attard Montalto, economista de mercados emergentes no instituto Nomura International, a África do Sul carece de novas lideranças para as reformas. "Precisamos caçar o próximo Mandela, não o construtor nacional, mas o revolucionário econômico", disse. Apesar dos óbvios problemas do país, muita coisa mudou desde o dia em que Mandela saiu da cadeia. Uma forte classe média negra emergiu, toda uma geração que nasceu depois de 1994 cresceu em uma sociedade multirracial, e serviços básicos, como água e energia, foram estendidos a milhões de pessoas.

Fonte: Marius Bosch/Reuters

Foto: Divulgação

Passageiros terão que apresentar identificação com foto no portão de embarque, diz Anac

A partir do dia 1º de março, todos os passageiros que embarcarem nos aeroportos brasileiros terão que apresentar ao funcionário da companhia aérea um documento de identificação com foto, no portão de embarque da aeronave. A medida foi determinada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em resolução publicada em dezembro. Na mesma data, os passageiros que fazem check-in pela internet, nos totens de autoatendimento ou por celular, não precisarão mais carimbar a passagem nos balcões das empresas, e poderão entrar direto na sala de embarque do aeroporto.

A apresentação da identidade, chamada de Identificação Positiva de Passageiros, já é exigida em aeroportos da Europa e da América do Norte, segundo a Anac. A resolução com as mudanças foram decididas por um grupo de trabalho formado por representantes da agência, Infraero, Polícia Federal, Receita Federal, Anvisa, Ministério da Defesa e empresas aéreas. Segundo a Anac, o objetivo foi adequar o Brasil às melhores práticas internacionais de identificação de passageiros.

Na identificação, os funcionários das companhias farão a checagem do documento com o cartão de embarque, conferindo se o passageiro que está entrando no avião é o mesmo que consta no cartão. A Anac recomenda que, na chamada para o embarque, o passageiro já esteja com a identidade em mãos.

Os documentos aceitos na identificação são: RG, Carteira Nacional de Habilitação (com foto, mesmo que vencida), carteira de trabalho, passaporte, documento expedido por ministério ou órgão subordinado à Presidência da República, carteira emitida por conselho ou federação de categoria profissional (com foto e válida em todo o território nacional), licenças de piloto, comissário, mecânico de voo e despachante operacional de voo emitidas pela Anac, e cartões de identidade expedidos pelos poderes Judiciário ou Legislativo dos níveis federal ou estadual.

De acordo com a resolução, índios podem embarcar com documento de identidade ou autorização de viagem expedida pela Funai. Os documentos podem ser originais ou cópias autenticadas, desde que assegurem a identificação do passageiro. O boletim de ocorrência continua sendo admitido para embarque em casos de furto, roubo ou extravio do documento, se emitido há menos de 60 dias.

Crianças e adolescentes, até 18 anos incompletos, devem apresentar documento de identificação com foto ou certidão de nascimento, além de comprovação de parentesco com o responsável. A Anac avisa que, nesses casos, também é necessário consultar previamente as exigências para viagens estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e pela Vara da Infância e Juventude dos locais em que o menor for embarcar.

Fonte: Folha Online

Google futurista: companhia promete, em dois anos, traduzir telefonemas ao vivo

O Google informou que está trabalhando em um telefone que poderá traduzir chamadas ao vivo e automaticamente. A tecnologia estaria disponível dentro de dois anos, segundo disse a companhia nesta segunda-feira (8). A empresa já oferece serviços de tradução de texto e reconhecimento de voz e, segundo Franz Och, chefe dos serviços de tradução, o trabalho de combinação de ambas as tecnologias já começou.

Segundo o jornal "The Daily Telegraph", a tecnologia iria trabalhar por traduzir frases em vez de palavras individuais. A companhia espera que, tendo em vista a enorme quantidade de textos traduzidos, pode produzir sistemas que serão muito mais precisos do que as versões atuais. Entretanto, há mais de 6.000 línguas faladas no mundo --apenas 52 estão no catálogo de ofertas do Google atualmente.

"Claramente, para que ela funcione bem, você precisa de uma combinação de tradução automática de alta-precisão e de reconhecimento de voz de alta precisão, e é nisso que estamos trabalhando", disse Och.

Fonte: Folha Online

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Justiça no Brasil atrasa 30% mesmo onde é mais rápida

Mesmo uma das Justiças mais rápidas do país, a de Rondônia, enfrenta atrasos de 30% na tramitação de processos, em relação aos prazos previstos na lei. Segundo a reportagem, em três dos últimos cinco anos, o Estado teve a menor taxa de congestionamento do Brasil --um índice do Conselho Nacional de Justiça para aferir a velocidade do Judiciário.

Uma pesquisa inédita realizada no Mestrado Profissional em Poder Judiciário da FGV-RJ, da juíza Rosimeire Pereira de Souza, analisou processos do Estado de Rondônia. A juíza comparou os prazos de execução de cada ato processual com os prazos legais estipulados.

A Folha informa que o resultado foi que, dentre os processos de primeiro grau (sem recursos para a segunda instância ou nas instâncias superiores), a duração média foi de 758 dias --pouco mais de 2 anos. Para respeitar integralmente os prazos legais estipulados, o tempo máximo deveria ter sido de 578 dias. Isso significa que, em média, houve lentidão de 31% além do prazo legal.

Fonte: Fernando Barros de Mello e Flávio Ferreira/Folha de S.Paulo

Excesso: 25% da população toma 80% do álcool consumido no Brasil

O consumo moderado de álcool não é regra no país. Enquanto metade da população brasileira se diz abstêmia, os bebedores apresentam alto nível de consumo de risco --bebem regularmente e em grande quantidade. Apenas um quarto dos brasileiros consome 80% do álcool ingerido no país. Essas são as conclusões de um estudo que fez um retrato do padrão de uso de álcool pelos brasileiros, realizado pela Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que acaba de sair na "Revista Brasileira de Psiquiatria".

O estudo, o primeiro levantamento do gênero no país, entrevistou 2.346 indivíduos com mais de 18 anos em 143 cidades. Os resultados mostram que 48% não haviam ingerido álcool nos últimos 12 meses. Por outro lado, do total da amostra, 28% relataram pelo menos um episódio de crise de ingestão ("binge drinking", mais de cinco doses em homens e quatro em mulheres em uma ocasião).

Um quarto da amostra relatou ao menos um tipo de problema relacionado ao álcool (entre questões de saúde, familiares, no trabalho e violência), 3% preencheram os critérios para abuso e 9%, para dependência química. No Sul consome-se com maior frequência; nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, em maior quantidade.

Outro problema apontado é que o alto consumo de álcool continua até por volta dos 40 anos de idade. Em outros países, a ingestão cai após os 20. Segundo a pesquisa, a bebida mais ingerida é a cerveja (mais de 60%), seguida do vinho. "Trata-se de uma das principais causas de morte e de violência doméstica", diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, líder do trabalho. "No entanto, não há políticas consistentes para reduzir o consumo."

"É preciso persistência nos esforços de conscientização e medidas restritivas", diz o psiquiatra Carlos Salgado, presidente da Associação Brasileira de Estudo do Álcool e Outras Drogas. "Os efeitos do álcool no organismo variam de pessoa para pessoa e há quem sofra danos mesmo com baixas doses. Por isso, a dose sem risco é zero, já que não se sabe qual pessoa tem predisposição a desenvolver dependência."

Segundo Salgado, entre os adolescentes, a bebida é especialmente perigosa, pois o cérebro ainda está em formação e a chance de fixar o interesse pela substância é maior. "Só havia estudos regionais ou que mensuravam abuso e dependência. Esse é o primeiro que mostra como o brasileiro bebe", diz a psiquiatra Camila Magalhães Silveira, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, de São Paulo, e coordenadora do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool.

"Em 2004, a OMS (Organização Mundial da Saúde) percebeu que dados do consumo per capita não mostravam necessariamente as regiões que tinham problemas com o álcool. Um exemplo é a França, que tem alto consumo per capita e, no entanto, os franceses bebem moderadamente", diz a pesquisadora. Ela é autora de um estudo que mostrou que a prevalência de episódios de consumo pesado de álcool em São Paulo é de 15,4% nos homens e de 7,2% nas mulheres.

Política global

No mês passado, a OMS publicou uma resolução recomendando aos países membros a adoção de uma estratégia global, nos padrões das ações contra o tabaco, para reduzir o consumo abusivo de álcool. "Na prática, a resolução indica que a OMS se esforçará para convencer os países membros a se adaptarem a essa nova política. Isso fortalece a busca de soluções", afirma Laranjeira.

Fonte: Gabriela Cupani/Folha de S.Paulo

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Dois filmes homenageiam centenário de Chico Xavier

Ano de centenário de nascimento de Chico Xavier, maior expoente do espiritismo no Brasil, 2010 terá o lançamento de dois longa-metragens sobre ele nos cinemas. Além da cinebiografia dirigida por Daniel Filho, que deve estrear em 2 de abril, os brasileiros verão em setembro o médium em "Nosso lar", adaptação do livro de mesmo nome psicografado por Xavier em 1944. Maior clássico da literatura espírita nacional, o romance - que acabou virando série - é contado sob o ponto de vista do espírito André Luiz, que, como um repórter, transmite suas impressões sobre o mundo espiritual pós-vida para Xavier.

Dirigido por Wagner de Assis ("A cartomante"), "Nosso lar" é rico em efeitos especiais. "O filme todo se passa em uma cidade espiritual chamada Nosso Lar, e o maior desafio foi a construção dessa cidade", explica a produtora do filme Iafa Britz. "Durante meses, nossa diretora de arte e um grupo de arquitetos se debruçaram sobre esse projeto, que é verdadeiramente arquitetônico. Depois, tudo foi recriado pelo pessoal dos efeitos especiais."

Para a fotografia e os efeitos especiais foram convocados profissionais internacionais, incluindo o diretor de fotografia Ueli Steiger (de "10.000 A.C", e "O dia depois de amanhã") e o supervisor de efeitos especiais Lev Kolobov, da empresa canadense Intelligent Creatures ("A caçada", "Babel" e "Watchmen"). No elenco, "Nosso lar" tem Renato Prieto, Othon Bastos, Ana Rosa, Werner Schunemann, Lu Grimaldi, Nicola Siri e Chica Xavier e Paulo Goulart - que também participa do longa de Daniel Filho.

Sobre a possibilidade de bater de frente com outra produção sobre Xavier nos cinemas neste ano, Britz afirma que "não tem concorrência". "Um filme é 'primo' do outro. 'Chico Xavier' sai em abril, e o nosso, em 3 de setembro. E são filmes muito diferentes. 'Chico' é baseado em uma biografia escrita por outro autor. 'Nosso lar' é uma adaptação de uma obra que foi escrita por ele, um livro que teve tiragem de 2 milhões de cópias e que, estatisticamente, foi lido por 16 milhões de pessoas", diz a produtora, envolvida no projeto desde 2005.

"Sabemos do potencial do filme e esperamos que ele atinja o público como um todo. Qualquer um pode gostar e se interessar por 'Nosso lar'. É uma história que pode ser contada não só para quem é espírita mas para qualquer um", conclui. Nascido em 1910 no município de Pedro Leopoldo (MG) e morto em 2002 em Uberaba (MG), Xavier publicou mais de 400 livros em vida, todos eles, afirmava, psicografados através de conversas com espíritos. Estima-se que mais de 20 milhões de exemplares de sua obra já foram vendidos.

Fonte: G1



Foto: Folha Imagem

Banda larga brasileira é uma das 10 piores do mundo

A velocidade média da banda larga no Brasil --1,08 Mbps--, está abaixo da média mundial (1,7 Mbps) e da de países da América Latina como Chile (2,22 Mbps) e Colômbia (1,45 Mbps). Os dados constam do relatório "The State of the Internet" (O estado da internet), elaborado pela Akamai, empresa especializada em internet.

Com essa velocidade, o país fica em 35º em uma lista de 45 países, liderada pela Coreia do Sul, onde a banda larga atinge, em média, 14,6 Mbps. Quatro das cidades latino-americanas mais rápidas ficam no Brasil: Curitiba (1,93 Mbps), Florianópolis (1,72 Mbps), Campinas (1,63 Mbps) e Belo Horizonte (1,62 Mbps). A cidade de São Paulo não consta do relatório publicado.

A cidade mais rápida no ranking é Sandy (Utah, EUA), com média de 33,46 Mbps. No Brasil, 20% das conexões são inferiores a 256 Kbps, velocidade mínima estabelecida pela UIT (União Internacional de Telecomunicações, órgão ligado à ONU) para que um serviço seja considerado banda larga. Nesse índice, apenas Síria (69%), Sudão (35%) e Índia (26%) têm um desempenho pior do que o brasileiro. Entre os países latino-americanos que constam da pesquisa, a Venezuela é o que mais se aproxima do Brasil nesse quesito, com 11% das conexões com velocidade inferior a 256 Kbps.

Com uma conexão de 1 Mbps, leva-se aproximadamente 39 segundos para baixar uma música em MP3 de 5 Mbytes. Com 256 Kbps, o mesmo arquivo demora 2min36s para chegar.

Fonte: Rafael Capanema/Folha de S.Paulo

Justiça vê problemas em acordo do Google sobre livros

As alterações promovidas pelo Google e o Sindicato dos Autores em um ambicioso plano para criar uma grande biblioteca online foram inadequadas porque não encerram as preocupações de direitos autorais e antitruste, afirmou o Departamento da Justiça dos Estados Unidos. O plano do Google para colocar milhões de livros online foi elogiado por expandir o acesso aos livros, mas também criticado ferozmente devido a questões antitruste e de direitos autorais.

O acordo foi alterado no ano passado depois que o Departamento da Justiça dos EUA recomendou a rejeição do texto original, mas ainda são necessárias novas mudanças, disse uma autoridade do Departamento da Justiça, na quinta-feira, comentando sob anonimato. "O progresso realizado foi substancial, mas em nossa opinião ainda não é suficiente", disse a fonte à Reuters.

Em petição judicial apresentada quinta-feira, o Departamento afirma que o acordo proposto envolve potenciais problemas antitruste e de direitos autorais, e que também havia usado o mecanismo dos processos judiciais coletivos para "implementar arranjos comerciais prospectivos", e não simplesmente para resolver uma disputa existente.

O departamento criticou o acordo por requerer que os escritores optem pela exclusão de seus livros do processo de digitalização, quando a lei de direitos autorais em geral requer aprovação prévia dos autores ao uso de suas obras. Também apontou que os representantes de classe no processe coletivo se pronunciaram indevidamente em nome de autores estrangeiros com livros publicados nos Estados Unidos, bem como pelos autores de "obras órfãs", essencialmente detentores de direitos autorais que não podem ser identificados ou localizados.

O acesso exclusivo do Google a essas obras órfãs "ainda não foi resolvido, o que produz resultado abaixo do ideal, do ponto de vista da concorrência", afirmou o departamento. O mecanismo de formação de preços também recebeu críticas do ponto de vista das responsabilidades antitruste do departamento. O juiz federal de primeira instância Denny Chin marcou audiência sobre o acordo para 18 de fevereiro.

Fonte: Reuters

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

"Guerra ao terror" pode tornar Kathryn Bigelow a primeira diretora a levar um Oscar

Primeira mulher a vencer o prêmio do Sindicato dos Diretores da América, Kathryn Bigelow pode tornar-se a primeira diretora a vencer um Oscar nessa categoria por "Guerra ao terror". O filme, aliás, tem chances de vencer em várias outras modalidades, já que é um dos campeões em indicações deste ano, com nove, mesmo número de "Avatar", de James Cameron.

Depois de uma recepção discreta no Festival de Veneza 2008, na qual teve sua première mundial, "Guerra ao terror" foi descoberto por várias associações de críticos norte-americanos, como os de Nova York, San Francisco e Los Angeles, que lhe deram seus principais prêmios em 2009. O Sindicato dos Diretores e também o Sindicato dos Produtores da América seguiram a mesma trilha, que preparou esta chegada promissora ao Oscar - cujos prêmios serão entregues no próximo dia 7 de março.

"Guerra ao terror" concorre a melhor filme, direção, roteiro original, ator (Jeremy Renner), fotografia, montagem, som, mixagem de som e trilha original.

Drama de guerra

Conhecida como uma cineasta de filmografia com temática mais associada ao mundo masculino - como "K-19 - The widowmaker" (2002), "Estranhos prazeres" (95) e "Caçadores de emoção" (91) -, Kathryn Bigelow segue a mesma linha neste novo filme, um drama de guerra ambientado no Iraque, que estreia nos cinemas nesta sexta-feira (5).

Os protagonistas são três soldados de um esquadrão especializado no desmonte de bombas, William James (Jeremy Renner, de "Extermínio 2"), JT Sanborn (Anthony Mackie, de "Menina de ouro") e Owen Eldridge (Brian Geraghty, de "Um crime americano"). O ponto de vista da história é o destes soldados, que vivem diariamente o inferno da guerra. Mas, enquanto dois deles, Sanborn e Eldridge, contam os dias para sair dali, o comandante do batalhão, o sargento James, está viciado na adrenalina de sua missão, a ponto de correr riscos desnecessários e expor seus companheiros. O ponto de vista iraquiano na guerra claramente inexiste. Os habitantes locais passam na tela como meros figurantes.

"Guerra ao terror" não procura fazer uma autocrítica do comportamento do Exército norte-americano no país que ocupa há quase 7 anos, alegando a existência de armas de destruição de massa que nunca foram encontradas. O filme de Bigelow simpatiza com o problema humano dos soldados dos EUA. Enfoca a guerra como uma insanidade histérica e cega e mostra piedade também por algumas vítimas iraquianas e até pelos maltratados gatos de rua de Bagdá.

Busca do realismo

Tendo filmado em locações em Amã (Jordânia) e no Kweit, com a preciosa colaboração do diretor de fotografia Barry Ackroyd (de "Voo United 93", indicado ao Oscar), a diretora visivelmente procurou realismo neste retrato do alucinante cotidiano destes soldados, que a cada dia acordam para o que pode ser também o seu último, num ambiente hostil em que eles estão tremendamente expostos.

Não se pode acusar o filme de patriótico, porque ele é visivelmente crítico desse estado de coisas, mesmo sem questionar a fundo as razões desta guerra específica. O roteiro original de Mark Boal (produtor do filme e autor da história de outro drama sobre o Iraque, "O Vale das Sombras") visivelmente individualiza a questão da guerra.

Boal, um jornalista premiado com o Pulitzer por uma série de reportagens no Iraque para o jornal "The New York Times", certamente conhece o assunto de que está falando. Talvez sua história seja mais acessível ao público e é certamente menos chocante do que "Redacted" (2007), de Brian de Palma, que continua inédito no circuito comercial brasileiro.

"Guerra ao terror" não é original, nem tampouco se candidata ao posto de melhor filme de guerra já feito na história do cinema. Mas parece ser um filme que serve à sua época e repercute especialmente em seu país de origem.

Por pouco, aliás, o filme nem seria lançado nos cinemas brasileiros. Sua distribuidora no país, a Imagem, já o tinha lançado diretamente em DVD, no primeiro semestre de 2009. Agora, a empresa promete lançá-lo no formato blu-ray a partir de 24 de março.

Fonte: Reuters e Neusa Barbosa, do Cineweb

Dois terços de novos empregos são gerados por pequenas empresas, diz Ipea

As pequenas empresas foram as principais responsáveis pela criação de empregos em dez anos -- entre 1989 a 2008. A cada três ocupações abertas no setor privado não agrícola, duas foram em pequenas empresas com até dez funcionários, mostra pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgada nesta quinta-feira.

O levantamento aponta que, em 2008, os empregados em pequenos negócios representavam 27,1% do total de trabalhadores assalariados do país. Já os empregadores correspondiam por 78% do total de empresários e postos de trabalho por conta própria. O Ipea mostra ainda que, em 2008, a renda média dos ocupados nestes estabelecimentos foi de R$ 902,10, sendo R$ 633,03 para os empregados assalariados, de R$ 2.607 para empregadores e R$ 807,34 para trabalhadores por conta própria.

Contudo, somente 29,4% do total de vagas em negócios com até dez trabalhadores tinham alguma proteção pela atual legislação trabalhista. Entre os ocupados por conta própria, apenas 16,7% estavam amparados pela lei. Já entre os assalariados o percentual foi maior, de 40,8%, e entre os empregadores ficou em 55,8%.

Segundo o estudo, "a presença de ocupações precárias e de baixa remuneração continua a ser um dos problemas estruturais que atingem os pequenos negócios no Brasil". Dentro dos pequenos empreendimentos, 18,7 milhões eram trabalhadores por conta própria (48,7%), 16,5 milhões eram empregados assalariados (43%) e 3,2 milhões eram empregadores (8,3%).

Em relação a jornada de trabalho, 15,4 milhões (40,3%) trabalhavam mais de 44 horas por semana. Já no quesito escolaridade, apenas 10,8% dos ocupados tinham ensino superior, completo ou incompleto. A maioria possuía ensino fundamental, 48,2%, e outros 41% estavam no ensino médio. Sobre as perspectivas para os próximos anos, o Ipea aponta que até 2020 há possibilidade de geração de 19,3 milhões de ocupações no setor não agrícola, sendo que mais da metade será nos pequenos empreendimentos.

Fonte: Folha Online

Alimentação passa a valer como direito constitucional no Brasil (?)

O Congresso brasileiro proclamou hoje a alimentação como um novo direito constitucional, junto com a saúde, a habitação, o trabalho, a seguridade social e a proteção à infância, entre outros que já figuravam na carta magna. A inclusão da alimentação entre esses direitos foi aprovada em uma sessão realizada hoje, na qual o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse que o Brasil "tem agora a satisfação de contar com uma Constituição com os melhores capítulos de direitos sociais do mundo".

Essa lista dos direitos sociais que já figuram na Constituição pode ser ampliada nos próximos meses, por uma iniciativa que prepara o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente declarou que, neste ano, pretende enviar ao Parlamento um projeto de lei para tornar efetivos os programas sociais de seu governo, em funcionamento desde 2003. Segundo Lula, sua intenção é "não perder as conquistas" sociais alcançadas durante seu mandato.

Fonte: EFE

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

FCG elabora Projeto Político Pedagógico para Música e Cidadania

O projeto social Música e Cidadania, desenvolvido pela Fundação Carlos Gomes(FCG) em sete pólos de atuação da grande Belém, terá até o final de fevereiro seu Projeto Político Pedagógico. Representantes dos sete pólos que integram o projeto, reúnem-se desde segunda-feira (01), na sala de musicalização do Instituto Carlos Gomes com a finalidade de montá-lo, antes do início das aulas, previsto para o mês de março.

Segundo a psicológa Lena Cristina, do núcleo psicossocial da Fundação Carlos Gomes a primeira preocupação da equipe foi de fazer um diagnóstico dos pólos, já que cada um funciona em uma instituição que tem suas especificidades. "Nesse primeiro momento estamos fazendo um diagnóstico e rascunhando o perfil de cada pólo, para posteriormente montar o Projeto Político Pedagógico. Para isso, nós chamamos os coordenadores e monitores de música dos pólos, assim como os nossos técnicos da equipe central que supervisionam o trabalho na ponta", descreve.

Lena Cristina explicou ainda que na segunda-feira(01), quando iniciou o processo de elaboração do projeto Político Pedagógico, os participantes puderam conhecer detalhadamente a estrutura organizacional da Fundação Carlos Gomes. "Eles puderam conhecer melhor a nossa estrutura e se sentirem como parte integrante desse corpo para trabalhar de forma articulada com os demais", explicou a psicóloga da FCG. Os encontros vão prosseguir até o final do mês de fevereiro, e se realizarão três vezes por semana, coordenadas pelo núcleo psicossocial, e coordenação do projeto, que tem como titular a socióloga Júlia Câmara.

"A fundação tem por missão difundir a educação musical como instrumento de socialização e inclusão social, e é com essa proposta que o projeto Música e Cidadania leva esse ensino para as crianças e adolescentes aos sete pólos de atuação”, relata Daniel Araújo, superintendente da Fundação Carlos Gomes, comentando o trabalho que é realizado nas instituições conveniadas para realização das ações do projeto.

Hoje o Projeto Música e Cidadania atende cerca de três mil pessoas, entre crianças, adolescentes e jovens adultos. O trabalho é desenvolvido em sete pólos de atuação (veja relação), e oferece o ensino musical usando-o como atrativo para a recuperação da autoestima e cidadania de grupos sociais excluídos.O projeto realiza diversas apresentações, fruto do trabalho desenvolvido nos pólos de atuação.

Serviço: Os pólos do Projeto Música e Cidadania estão realizando inscrições até o final do mês de fevereiro. A maioria dos pólos oferece aulas de violão, teclado, canto coral e flauta doce. Alguns têm ainda aulas de percussão. Outras informações podem ser obtidas nos próprios pólos(ver relação):

POLO I – Republica do Pequeno Vendedor
Endereço: Tv. Apinajes, 743 – Condor
FONE: 3272 – 2449 / 8144-0865 / 8144-0805
POLO II – Lions Club de Benevides
Endereço: Pass. Das Adália, S/N – Bairro das Flores
Coordenador(a): Tio Eli Tel.: 9977-2084 / 3226-3400
POLO III – Cidade de Emaús
Endereço: Rua da Yamada, 17 – Bengui
FONE: 3238-8333 / 3238-9294 / 9162-0019
POLO IV – Sociedade Beneficente Cristo Redentor
Endereço: Rua dos Comerciários, 108 - entre Mario Covas e Benjamim Uma - Coqueiro
FONE: 3237-0277 / 9983-8727 / 3234-5691
POLO V – Paróquia Nossa Senhora de Fátima
Endereço: Rua 08 de Maio, S/N – Icoaraci
FONE: 3227-0566 / 8147-6542
POLO VI – Associação Paraense das Pessoas com Deficiência – APPD
End: Av. Magalhães Barata, Vila Teta, 213 – São Brás - FONE: 3249-4849
POLO VII – Lar de Maria
End: Praça Floriano Peixoto, 33, CEP.: 66090290 – São Brás
FONE: 3236-1874 / 3246-2581

Fonte: Rosa Borges/Assessoria de Imprensa da FCG