domingo, 4 de novembro de 2012

Essa brincadeira um dia já se chamou "Marketing Político"


Passado o período eleitoral, prefeitos e vereadores eleitos, prontos pra assumirem seu cargos, chegam ao fim as ilusões e as campanhas de marketing amadoras. Agora sim, é possível analisar o teatro de péssimos atores em que está inserida a estratégida de campanha política no Brasil. Falo em Brasil porque, do Norte alo Sul, é tudo a mesma coisa. Tudo quanto é candidato é perfeito, teve infância difícil e, por saber o que é pobreza, vai mudar a miséria em que se vive e se morre. Pra começar, todos, sem exceção, me vieram com uma conversa furada de "crise mundial que afeta a economia brasileira". Que crise, mermão?

No Brasil a gente nasce, cresce e morre na crise e o que o resto do mundo assiste, agora, é menos que 10% do que a gente sente no Brasil desde sempre. Falam que a Europa tá quebrada. Mas quebrada em que sentido? Pelo fato do cara não poder ser consumista ao extremo? É isso a crise? Pois coloca uma cidade como Antuérpia ou Estocolmo no padrão Brasil de bagunça, com trânsito caótico, violência descontrolada, saúde e educação falidas, corrupção institucionalizada e legitimizada por lei e farsa de julgamento de "mensalão", que num lugar como a Dinamarca já teria dado em presídio até pro presidente da República. (mas deixa pra lá; o Brasil nasceu como ponto de desembarque de ladrões, estupradores, assassinos e o resto da escória que vinha da Europa. Que futuro um lugar desse pode ter? Vamos logo ao que interessa)

Assisti meia dúzia de programas eleitorais e ainda não acredito que torraram milhões de reais naquilo. Uma porcaria maior que a outra, em tudo quanto é estado. E pra quê? Pra eleger os mesmos candidatos que há séculos (ou seriam dinastias?), tão aí rapinando os cofres públicos. Não teve uma mísera campanha política com algo inovador. Ainda hoje, 52 anos após o pleito que elegeu John Kennedy presidente do Estados Unidos, o marketing político no Brasil ainda não chegou perto do que o velho Joe Kennedy, patriarca do clã, concebeu na arena do poder. E, diga-se, a estratégia dele já era por demais simplória.

John Kennedy nem sequer pensava em ser político. Só entrou em combate porque o irmão mais velho - Joseph Kennedy Jr. - morreu quando seu avião foi abatido na Segunda Guerra Mundial. Sequer sabia discursar e não sabia o que significava "composição política". Queria mesmo era ser professor de História e Direito em Harvard (EUA) e continuar levando sua vida de "bon vivant", no que era acompanhado pro Frank Sinatra, Sammy Davis Jr., Dean Martin, Peter Lawford e outros do famoso "Hat Pack" (ele deu provas de que esse papel ele teria desempenhado bem melhor)...

Pois lá pelas tantas, Joe pagou diretores de cinema para ensinarem John a se portar diante dos holofotes e olhar direto para as câmeras, como se estivesse falando individualmente para cada telespectador. Kennedy era jovem, bem apessoado, e, bem doutrinado, dizendo exatamente aquilo que os norte-americanos queriam ouvir, quando queriam ouvir, bateu Richard Nixon, que, barbado, suando muito e sem familiaridade com o circo dos debates de TV, ficou com a fama de ser o velho e batido "establishment". (Ambos eram essa palavra aí, mas Kennedy era a marionete bem embalada comandada pelo pai).

Quer mais? Pois anos antes, na campanha de Jack (John) para senador, Joe pagou um porteiro, com nome homônimo ao do adversário do filho nas urnas, para que ele se candidatasse e confundisse o eleitorado. Muitos acabaram votando no porteiro e o adversário de Jack apanhou feio. Sujeira do velho Kennedy? Eu diria falta de ética. Mas comparando com o que muitos candidatos a prefeito e vereador fizeram recentemente, parece brincadeira de secundaristas na hora do recreio.

E o golpe de mestre? Joe Kennedy já tinha péssima fama e preferiu, durante a campanha do filho, ficar na sombra. Anos antes, diante dos protestos de muitos "cidadãos respeitáveis", um personagem influente que o escolheu para um cargo de grande importância, na área econômica nos EUA, lascou: "Nada melhor que um ladrão para pegar ladrões". Pois assim que Jack acordou eleito presidente norte-americano, Joe declarou: "Agora posso aparecer ao seu lado nas fotos oficiais". Realização de um sonho. Desde muito cedo, Joe queria ser o presidente dos EUA, mas seu passado de pouca ética inviabilizou o desejo.

Não esqueçamos: faz mais de meio século que Joe Kennedy arquitetou uma campanha política banal até para aquele tempo. Aí bate aquela dúvida: se o marketing político no Brasil está décadas atrás do que o patriarca Kennedy fez há mais de meio século, onde então os marqueteiros tupiniquins se inpiram para bolar essas milionárias peças "geniais", que mostram os atores figurantes que são nossos políticos? (Resposta: SÓ PRENDENDO!)

Câmbio, desligo!     
Sérgio Augusto - Editor da www.academiadapalavra.blogspot.com

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O quase rei e o herdeiro da coroa jamais destronada




Heleno de Freitas nasceu e morreu para o futebol e a vida enquanto Pelé nascia e se perpetuava para o mundo. Até aí nada demais, não fossem as tantas coincidências que se encarregam de emparelhar o trágico ao glorioso, a loucura à perspicácia, o fechar das cortinas à lenda viva. Tudo isso pude comprovar dia desses após assistir “Heleno, o príncipe maldito”, e dar o apito final na leitura da biografia com que tentaram homenagear o lendário atacante do Botafogo de Futebol e Regatas. Batendo datas, jogos memoráveis e também lances irrelevantes, cheguei à conclusão que Heleno e Pelé são os dois lados de uma mesma bola, por muitos conhecida como “a vida é um jogo sem replay, nem prorrogação”.

Heleno despontou nos profissionais do Botafogo carioca em 1940, ano em que Edson Arantes do Nascimento nasceu. Aprontou umas e outras, bateu nos adversários (e até nos próprios companheiros), pilotou os carros mais luxuosos da época, conquistou as mulheres mais belas e, apesar de tudo isso, foi campeão uma única vez: carioca, em 1949, mas vestindo a camisa do Vasco da Gama. Nasce o primeiro mito: o melhor jogador do Brasil e das Américas foi quatro vezes vice-campeão pelo time que tanto amava e a quem dedicava o sangue, e venceu um torneio pela equipe que gostava de judiar.

Inaugurado o Maracanã em 1950, Copa do Mundo no Brasil, nada mais natural que Heleno, estrela do Sulamericano em Santiago, no Chile, cinco anos antes, comandasse o temido ataque brasileiro, formado ainda por Ademir de Menezes, Zizinho e Jair Rosa Pinto, certo? “Nunca”. Uma única, solitária, rasteira e definitiva palavra, do treinador da Seleção, Flávio Costa, para quem havia o jogador apontado um revólver meses antes da convocação definitiva, tirou o atacante do Mundial. Morre o segundo mito: Costa havia dito que sem Heleno o Brasil levava o caneco.

E não é que o Brasil conseguiu perdeu de virada, dentro do "Maraca" lotado, para um Uruguai que só tinha uma jogada: lançamento de Obdulio Varela, entrada de Giggia como uma flecha pela ponta-direita, chutaço no canto esquerdo do arqueiro brasileiro Barbosa? Uruguai campeão, nem o próprio capitão Obdulio acreditava. Só se deu conta da parada no dia seguinte, quando se reconheceu na capa de um jornal carioca, após uma noitada impublicável num cassino de má fama. Não tem jeito; boemia rima com bola em qualquer época...



Mas o show, ou a vida, ou, ainda, o princípio da morte, forneceu mais uns capítulos para o centroavante Heleno: desabou física e mentalmente, foi internado num sanatório já com sífilis avançada, morreu esquecido, pobre, pior que um farrapo. Quando faleceu, Heleno sequer sabia que o Brasil havia sido campeão do mundo, na Suécia, em 1958. E pelos pés daquele que herdaria a coroa que o botafoguense, por pouco, não ostentou na cabeça: Pelé.

Também mineiro, o pequeno Edson não teve berço de ouro nem estudou nas melhores escolas. Se conheceu Heleno, foi pelas transmissões dos jogos via rádio. Soube desde cedo que vida de boleiro é curta nos gramados. Tratou de aproveitar todas as chances, se consagrou, parou e jogar e continua uma grande estrela; arrasta multidões e admiradores por onde passa e sua palavra tem influência dentro e fora de campo, quase quatro décadas após pendurar as chuteiras.

Fora o fato de que defenderam grandes clubes brasileiros e de que ambos vestiram uniformes alvinegros (Pelé jogou 90% de sua carreira com a camisa do Santos Futebol Clube), até no registro da trajetória dos craques há as faces da derrota e da glória. Mesmo sendo o jogador mais fotografado de sua época, Heleno não aparece em mais que centenas de fotos e só agora, mais de 50 anos após sua morte, um livro e um filme contam suas desventuras.

O livro é por demais insosso, ofusca lances primordiais de grandes partidas e parece ter sido escrito por um professor de física quântica que jamais parou para assistir um 11 contra 11. Tenho a impressão é que o camarada até hoje está na dúvida se a bola de futebol é redonda, quadrada ou, quem sabe, oca. Em certas passagens, vislumbro não a imagem de um boleiro, mas a sombra de um trágico cantor de tangos com meiões, chuteiras....e um copo de uísque.

Faltam alguns anos luz pro "biógrafo" chegar aos pés de um Ruy Castro que, mesmo hiperbólico, metafórico e passional, cometeu o grande "Estrela Solitária", um retrato comovente de outro mito botafoguense: Mané Garrincha. A escrita é morna, não tem paixão e livro sobre jogador de futebol, escrito por quem não gosta do "bola-no-pé", não é livro que se dê o respeito.

Quanto ao filme, bem que tentei nele enxergar algum link com a arte futebolística. Mas ali só encontrei o personagem do ator Rodrigo Santoro "calibrado" de éter e metido em noitadas ao invés de um craque de futebol, justamente o que deu fama a Heleno de Freitas. São poucas as cenas em que ele aparece com aquela postura de boleiro que come grama e enfia o queixo no bico da chuteira. Filmaram tudo em preto e branco e com partidas realizadas à noite, debaixo de chuva artificial, e em câmera lenta, para tentar tornar o retrato em algo poético. Fracassaram.

Cláudio Adão, um dos grandes centroavantes brasileiros de todos os tempos, treinou o ator para as cenas de futebol e diz que, quando começaram os trabalhos, Santoro estava tão perna-de-pau que parecia dar "canelada em tijolo". Tá certo, tem o lado promíscuo e anti-heróico do personagem, mas se a intenção era mostrar a glória e decadência de um jogador de futebol, o que não se vê no filme é justamente o "molho": futebol. Credibilidade, então, para se interpretar um goleador, é coisa de outro mundo. Gol contra! 

Por outro lado, Pelé é personagem de milhões de reportagens, documentários, teses de mestrado e doutorado e o filme de sua vida ainda está acontecendo, ao vivo e a cores, diariamente, nas telas da globalização. O cara caminha pros 72 anos de idade, e faz parte do comitê organizador da Copa de 2014. Qual a receita desse sucesso inacabável? “Juízo”, diriam alguns; “sorte”, alegariam outros.

Apesar de todas as ressalvas, no placar eletrônico da mitologia do futebol, contudo, ainda acredito, sinceramente, que não há perdedores quando se fala em Heleno e Pelé. Um quase foi rei, o outro é discípulo de um quase rei jamais destronado...

Sérgio Augusto
Editor da  www.academiadapalavra.blogspot.com 
Fotos Divulgação 

terça-feira, 24 de abril de 2012

Cine Olympia: 100 anos de emoção e magia na telona



É hoje que o Cine Olympia, aqui em Belém do Pará, completa 100 anos. É considerado por muitos como a sala de projeção mais antiga, ainda em atividade, na América Latina, e um dos mais antigos do mundo. É da era do "cinema de rua", quando os cinemas eram projetados e construídos para se assistir filmes. Hoje a maioria das salas de projeção está dentro dos shopping centers.

Bom, mas aproveito o dia pra postar uma matéria que escrevi alguns anos atrás para o projeto Orgulho do Pará, do DIÁRIO DO PARÁ, e que me ajudou a compreender a dimensão desse monumento da cultura paraense, amazônida e brasileira. É minha homenagem, junto com um clip e uma canção que resumem boa parte da Sétima Arte. Parabéns Cine Olympia.




 
Sérgio Augusto

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Acerto de contas com o passado da nostalgia

Logo no primeiro Woody Allen que assisti notei que ali patinava, entre a realidade e o sonho, um cineasta perdido na nostalgia e, ao mesmo tempo, um humorista que fugia do rótulo de discípulo de Harold Loyd. O segundo Allen me deu uma certeza: o cara queria mesmo era permitir um olhar diferente sobre as coisas que não fez e, voltando a um passado talvez fictício, acertar as contas com os acidentes da vida.

"A Rosa Púrpura do Cairo" foi o primeiro e "A Era do Rádio" o segundo momento em que encontrei algumas respostas satíricas para o humor de um certo judeu novaorquino que parecia incapaz de viver longe de Manhatan e da Bigapple, mas que já batendo nos 80 anos, parece ainda perdido em seu mundo pós-contemporâneo.

Pelo menos é essa minha percepção após assistir um dos mais recentes filmes do cara: "Meia-noite em Paris". De novo a viagem ao passado, o artista incompreendido, o consumismo político-conservador, as estátuas de mármore em que se erguem os velhos chavões cinematográficos e o final feliz. É essa mesmo o sequência. Já tava tudo em "A Rosa Púrpura..." quando a personagem de Mia Farrow foge da realidade diante das telonas e lá um dia o herói salta da tela pra mudar a vida dela. Aqui Jeff Daniels bem que tentou fugir da canastrice mas, pro bem da personagem que ele intrepretava, foi melhor mesmo aliviar pra linha lateral e de bico, senão perdia a bola e ia pro banco de reservas mais cedo.

Mas voltando à "Cidade Luz", a Paris de Allen é descrita em imagens que parecem um documentário em película. Nada contra a paisagem e seus cartões postais sem metafísica (que aqui não é bastante e pensa, e muito), mas aqueles ângulos já foram explorados à exaustão e isso desde que Chabrol, Truffaut e Godard ainda escreviam pra Cahiers du Cinéma e sonhavam o que seria o Nouvelle Vague e seus retumbantes dramas cauterizados do pós-guerra europeu. (Tá, pula essa sequência e vamos logo pro que interessa).

O que conta aqui é a volta ao passado, já que o presente é dominado pela tal da globalização, o politicamente correto e o "mais do mesmo" quase sempre mais do não mesmo. Lá pelas tantas o protagonista cansa da vidinha de roteirista rico e famoso que leva em Hollywood, com a noiva fútil e sua família conservadora, e decide ir pra Paris atrás do sonho de ser um escritor cuja vida se confunda com a arte, tal qual fizeram Ernest Hemingway, Scott e Zelda Fitzgerald, Gertrude Stein e mais uma dúzia de artistas contemporâneos dessa trupe, incluindo Salvador Dalí, Pablo Picasso e Luis Buñuel.

Numa noite de tédio, o cara vai parar numa esquina parisiense, dá meia-noite, ele entra numa carruagem e faz uma espécie de volta no tempo não vivido (tá aqui Woody Allen e seu sonho jamais realizado). Ele vai bater na Paris da década de 1920 e lá encontra e convive com os nomes citados lá em cima. Até aí, é só Allen se debatendo pra realizar seu projeto mais ambicioso desde "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa".

Mas peraí, parô, parô. Até aqui só esculhambei geral, mas a parada tem suas virtudes. Aliás, tem uma virtude apenas: uma crítica mordaz à não valorização do presente. Já notou como o cara aos 50, 60 anos sempre diz que "há 40 anos tudo era melhor"? Pois o avô dele, 40 anos antes, também dizia: "há 50 anos tudo era melhor" e daqui há 60 anos vai ter neguinho dizendo: "em 2012 o mundo era outro". Quem tem razão? Talvez o talvez!

Digo isso porque o protagonista do filme convive com toda essa turma de mitos e se deslumbra por isso, mas quem viveu a década de 1920, em Paris, topava com Picassos, Dalís e Buñuels, pelas esquinas, trocava insultos e sopapos com Hemingway nos botecos esfumaçados, discutia literatura e política com Zelda e Scott Fitzgerald, nos elegantes cafés, e achava tudo muito natural. Como hoje a gente só encontra essa trupe nos livros, documentários, museus, galerias de arte e páginas na internet, os mitos se multiplicam e tem quem ainda pergunte: "esses caras existiram ou são também ficção de si mesmos?". Resposta: só Bill Gates sabe!

Ah, antes que eu me esqueça até o velho Bill vale umas palavras de respeito. Mas antes disso, lembro de outra personagem de "Meia-noite em Paris": é uma estudante de moda que se envolve com o protagonista e, só pra variar, vive na Paris dos anos 20 e acha aquilo um tédio. Numa viagem dentro da viagem, ela vai pra Paris de 1800 e dinossauro, se deslumbra com a Belle Époque e diz que quer ficar por ali mesmo, que se achou no tempo-espaço. Só que lá, ela e o protagonista encontram outros tipos também insatisfeitos com o presente e que dizem que o supra sumo da humanidade estaria na Renascença. (E agora, mermão? Insatisfação geral com o presente, o passado e o passado do passado? Que que eu faço?)

Se estamos em 2012 e tem quem ache que a década de 1920 seria a ideal, então é certeza absoluta que daqui há 100 anos vai ter gente dizendo: "puxa, como eu queria ter vivido em 1990, 1995, quando a internet tornou-se comercial e revolucionou as comunicações e relações humanas" ou "como seria bom ter sido contemporâneo de Bill Gates, o cara do Windows e da Microsoft, com Steve Jobs, o gênio da Apple, do Macintosh, de Orkut Büyükkökten e a rede social que criou e também de Mark Zuckerberg, garoto-prodígio que inventou o Facebook".

Sentiu a pressão, mermão? É isso aí: somos contemporâneos de uns caras que também mudaram e ainda ajudam a mudar, a cada dia, esse globo girante que a gente habita e não percebemos isso. Saber pelo noticiário que a fortuna de Bill Gates já se aproxima do trilhão de dólares ou que "A Rede Social" (que considero um filme estapafúrdio de tão fraco) ganhou o Oscar Hollywoodiano é tão descartável quanto deletar spams ou bloquear vírus que roubam senhas. É o que os sabichões tão poeticamente chamam de "descartabilidade". Mas, traduzindo em miúdos, até o Paulo Miklos já cantou a bola em um de seus discos: "Vou Ser Feliz e Já Volto". (Eu não queria, mas sou obrigado a dar o veredicto: SÓ PRENDENDO!)

Câmbio, desligo

Foto: Divulgação

Sérgio Augusto
Editor da Academia da Palavra