Entre os dias 28 e 30 de novembro próximos acontece, em Belém (PA), o Fórum Internacional da Sociedade Civil (FISC), evento de caráter mundial que tem, dentre outros objetivos, preparar a participação da sociedade civil na Conferência Internacional de Educação de Adultos (CONFINTEA VI) e articular os diferentes movimentos, redes e organizações da sociedade civil que vêm atuando pelo direito à Educação de Pessoas Jovens e Adultas (EPJA) no Pará.
Evento internacional mais importante no campo da EPJA, a CONFINTEA, que é coordenada pelo Instituto da UNESCO para a Educação ao Longo de Toda a Vida (Institute for Lifelong Learning, UIL), ocorre a cada 12 anos e terá sua sexta edição realizada em Belém, entre os dias 1 e 4 de dezembro. É a primeira vez que a Conferencia é celebrada num país do hemisfério sul.
As CONFINTEAs reúnem os Estados-membros da Unesco, especialmente representados por seus ministérios de educação, e busca tirar diretrizes internacionais para as políticas educativas no campo da EPJA. A sociedade civil organizada busca incidir nas diferentes etapas desse processo, com vistas a influir no documento final e nos compromissos assumidos pelos governos nesse espaço.
É nesse sentido que o Fórum Internacional de Sociedade Civil (FISC) surge como espaço aberto de encontro: pretende reunir e articular pessoas, entidades e movimentos da sociedade civil de diversos países para aprofundar a reflexão, o debate democrático de ideias, a formulação de propostas, a troca livre de experiências e a articulação para ações eficazes através da Educação de Pessoas Jovens e Adultas (EPJA).
Como espaço plural, não confessional, não governamental e não partidário aberto à diversidade de identidades e sujeitos presentes nas práticas de EPJA, propugna pelo respeito aos Direitos Humanos, pela prática de uma democracia participativa e por um modelo de desenvolvimento que seja sustentável em relação aos recursos naturais e na preservação da diversidade, por relações igualitárias, solidárias e pacíficas entre pessoas, etnias, gêneros e povos, condenando todas as formas de dominação assim como a sujeição de um ser humano pelo outro.