O lexicógrafo, crítico literário, filólogo e professor alagoano Aurélio Buarque de Holanda (1910-1989) morreu há 20 anos, porém seu legado para a língua portuguesa permanece até hoje. Aos 14 anos, ele começou a se interessar pela língua e a dar aulas de português. Ingressou no magistério um ano depois. Em 1936, com 26 anos, formou-se em Direito, na Faculdade do Recife. Nesse ano, tornou-se professor de Língua Portuguesa e Francesa, e de Literatura no Colégio Estadual de Alagoas.
Em 1938, Buarque de Holanda mudou-se para o Rio de Janeiro e continuou lecionando português. No ano de 1941, o professor foi convidado para realizar um trabalho lexicográfico, como colaborador do "Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa".
Preocupado com a língua portuguesa, assumiu o compromisso de elaborar seu próprio dicionário. Em 1975, o "Novo Dicionário da Língua Portuguesa", conhecido como dicionário "Aurélio", foi publicado. Com o lançamento, o lexicógrafo tornou-se representante internacional dos assuntos literários e linguísticos da língua portuguesa.
Buarque de Holanda publicaria o "Minidicionário da Língua Portuguesa", também chamado de "Miniaurélio", em 1977. O "Dicionário Aurélio Infantil da Língua Portuguesa", com ilustrações do Ziraldo, viria 12 anos depois. Eleito como imortal pela Academia Brasileira de Letras, em 4 de maio de 1961, Buarque de Holanda ocupou a cadeira número 30.
Fonte: Folha de S.Paulo