O número de pessoas registradas como doadoras de medula óssea para transplante no País cresceu de 12,5 mil para 1,369 milhão entre 2001 e este ano. Hoje, o Brasil ocupa o terceiro lugar entre os doadores de medula, atrás apenas de Estados Unidos (5,2 milhões) e Alemanha (3,5 milhões). Com a ampliação, o País alcançou a meta do Programa Mais Saúde três anos antes da data prevista, 2011, cujo objetivo era alcançar 920 mil doadores.
O Ministério da Saúde atribuiu o aumento às campanhas no rádio e na TV - ajudadas por programas como as novelas. Como a publicidade tem funcionado, o ministério iniciou ontem mais uma campanha nacional, com o tema "Seja amigo oculto de alguém por toda a vida". Mesmo com o crescimento, o ministério informou que a campanha visa a ampliar mais o cadastro, pois os pacientes com leucemia têm dificuldades em encontrar doador compatível. Quando não há parente próximo para doar, a solução é procurar um doador no cadastro. Estima-se que para cada 1 milhão de pessoas haja apenas um doador compatível.
Atualmente, 979 pacientes estão em busca de um doador compatível no Brasil. "O ideal seria que todos os jovens e adultos fossem doadores, pois aumentaria a chance de quem necessita encontrar um que seja compatível o mais rápido possível", disse o secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame. Ele afirmou que a medula óssea recompõe-se em poucos dias e não faz falta para quem a doa.
A campanha que começou ontem terá filmes na TV, spots de rádio e anúncios em revistas e será veiculada até o dia 27. Diz que o doador é um amigo que, apesar de não ser conhecido por quem é presenteado, está exercendo a solidariedade com os que precisam.
Para se cadastrar, o doador deve procurar o hemocentro mais próximo de casa. Para saber onde fica, basta entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de sua cidade. O doador deve ter entre 18 e 55 anos. Não pode ter doença infecciosa transmissível pelo sangue. Se for verificada compatibilidade com algum paciente, o doador é chamado a fazer testes confirmatórios e fazer a doação. De acordo com o ministério, além de ser indicado para o tratamento de leucemia, o transplante de medula óssea é utilizado em casos de linfomas e de alguns tipos de anemia.
Fonte: Estadão