segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Para Oliver Stone, versão oficial da morte de Kennedy é um "conto de fadas"

O cineasta americano Oliver Stone declarou nesta segunda-feira (25), em Bangcoc, capital da Tailândia, que a versão oficial do assassinato do presidente John F. Kennedy, em 1963, é um "conto de fadas nacional" e que Lee Harvey Oswald, o suposto assassino, foi um bode expiatório. Stone, vencedor de três Oscar, fez tais afirmções durante a conferência que realizou em um centro educacional, perante 300 alunos, sobre a arte do cinema e a paz, em uma série de discursos promovidos pela ONG International Peace Foundation.

"Muitos americanos influentes encontram-se em estado de negação total sobre essa história. Não querem nem ouvir falar da possibilidade de que (Kennedy) foi assassinado por outra pessoa que não Lee Harvey Oswald", disse o diretor.


Conspiração

Em seu filme "JFK", de 1991, Stone sugere que uma obscura conspiração dentro da CIA tramou o assassinato do presidente democrata e católico da poderosa família dos Kennedy durante um desfile na cidade de Dallas, em 1963. A Polícia deteve Lee Harvey Oswald como suposto autor do magnicídio, mas o suspeito foi assassinado antes que pudesse ser julgado. Já aquele que seria o "cérebro" da trama da CIA, Clay Shaw, foi absolvido por um tribunal.

"Era uma história impressionante e por isso fiz o filme. Pensei que seria respeitado por isso, mas fui muito criticado pela imprensa governista. Me chamaram de mitômano e propagandista", lamentou o cineasta premiado na academia de cinema americana como "O expresso da meia-noite" (como roteirista), "Platoon" e "Nascido em 4 de julho".

Fidel e Chávez

Stone também se destacou por sua amizade com o ex-líder cubano Fidel Castro e com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, autoproclamados inimigos número um do "imperialismo" dos Estados Unidos. Em setembro passado, apresentou no Festival de Veneza o documentário "South of de border", no qual elogia a figura de Chávez e critica a política externa americana e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Fonte: EFE

Foto: Divulgação