Os Estados Unidos anunciaram neste domingo um reforço do controle sobre os passageiros de voos procedentes de certos países, dez dias após o frustrado atentado contra um avião da Northwest Airlines que ligava Amsterdã a Detroit. Por determinação da Administração da Segurança nos Transportes (TSA), foi reforçado o controle sobre todos os passageiros procedentes de países considerados patrocinadores do terrorismo "ou de qualquer outro país envolvido".
A TSA não precisa que países integram a lista do controle reforçado, mas Cuba, Irã, Sudão e Síria são os quatro Estados que figuram na relação dos patrocinadores do terrorismo internacional. Junto com os passageiros que voem a partir ou através desses países, os viajantes provenientes da Nigéria, Iêmen e no Paquistão serão revistados e suas bagagens de mão devem passar por análises, informou neste domingo o site americano "Politico".
A agência de segurança dos transportes dos EUA informou que também tinha emitido normas de segurança para todas as companhias aéreas americanas e internacionais, com voos para os EUA, que incluem a revista aleatória de passageiros. As regras devem entrar em vigor nesta segunda-feira e fazem parte da reação americana à tentativa de atentado realizada pelo nigeriano Umar Faruk Abdulmutallab, que tentou explodir um avião da Northwest Airlines com quase 300 pessoas a bordo pouco antes do pouso em Detroit (norte dos EUA) no dia de Natal. Depois de preso, ele admitiu ter sido treinado e equipado pela rede Al-Qaeda no Iêmen.
Embaixadas
Neste domingo, EUA e Reino Unido chegaram a fechar suas embaixadas no Iêmen por medo de ameaças terroristas --o comunicado dos EUA admitiu que a origem dessas ameaças era a rede liderada por Osama bin Laden. Os dois países anunciaram também que irão reforçar as polícias iemenitas, em novo esforço de combate ao terrorismo.
No comunicado de hoje, a Embaixada dos EUA em Sanaa diz fechar as suas portas devido às "atuais ameaças da Al Qaeda na Península Arábica" em "atacar interesses americanos no Iêmen". O comunicado não esclarece por quanto tempo essa representação diplomática permanecerá fechada. Na nota, a embaixada lembra seus cidadãos de que devem "manter um nível alto de alerta" e "pôr em prática medidas de segurança".
Depois dos Estados Unidos, foi a vez de o Reino Unido anunciar o fechamento da embaixada em Sanaa, por tempo indeterminado. No comunicado, a porta-voz da chancelaria britânica se recusou a informar se alguma ameaça específica havia sido feita.
Fonte: Folha Online/France Presse e Reuters