segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

EUA já fazem revista em passageiros de sete países

Os Estados Unidos anunciaram neste domingo um reforço do controle sobre os passageiros de voos procedentes de certos países, dez dias após o frustrado atentado contra um avião da Northwest Airlines que ligava Amsterdã a Detroit. Por determinação da Administração da Segurança nos Transportes (TSA), foi reforçado o controle sobre todos os passageiros procedentes de países considerados patrocinadores do terrorismo "ou de qualquer outro país envolvido".

A TSA não precisa que países integram a lista do controle reforçado, mas Cuba, Irã, Sudão e Síria são os quatro Estados que figuram na relação dos patrocinadores do terrorismo internacional. Junto com os passageiros que voem a partir ou através desses países, os viajantes provenientes da Nigéria, Iêmen e no Paquistão serão revistados e suas bagagens de mão devem passar por análises, informou neste domingo o site americano "Politico".

A agência de segurança dos transportes dos EUA informou que também tinha emitido normas de segurança para todas as companhias aéreas americanas e internacionais, com voos para os EUA, que incluem a revista aleatória de passageiros. As regras devem entrar em vigor nesta segunda-feira e fazem parte da reação americana à tentativa de atentado realizada pelo nigeriano Umar Faruk Abdulmutallab, que tentou explodir um avião da Northwest Airlines com quase 300 pessoas a bordo pouco antes do pouso em Detroit (norte dos EUA) no dia de Natal. Depois de preso, ele admitiu ter sido treinado e equipado pela rede Al-Qaeda no Iêmen.

Embaixadas

Neste domingo, EUA e Reino Unido chegaram a fechar suas embaixadas no Iêmen por medo de ameaças terroristas --o comunicado dos EUA admitiu que a origem dessas ameaças era a rede liderada por Osama bin Laden. Os dois países anunciaram também que irão reforçar as polícias iemenitas, em novo esforço de combate ao terrorismo.

No comunicado de hoje, a Embaixada dos EUA em Sanaa diz fechar as suas portas devido às "atuais ameaças da Al Qaeda na Península Arábica" em "atacar interesses americanos no Iêmen". O comunicado não esclarece por quanto tempo essa representação diplomática permanecerá fechada. Na nota, a embaixada lembra seus cidadãos de que devem "manter um nível alto de alerta" e "pôr em prática medidas de segurança".

Depois dos Estados Unidos, foi a vez de o Reino Unido anunciar o fechamento da embaixada em Sanaa, por tempo indeterminado. No comunicado, a porta-voz da chancelaria britânica se recusou a informar se alguma ameaça específica havia sido feita.

Fonte: Folha Online/France Presse e Reuters