sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Noel Rosa maior que Heitor Villa Lobos?

No traço elegante de Carlinhos Müller, Noel Rosa dialoga, no idioma do samba, com outro gênio da MPB, Lamartine Babo
Embora um tanto timidamente, o centenário de Noel Rosa (1910-1937) vem sendo lembrado em shows, CDs, seminários e livros --como "Noel Rosa - O Poeta do Samba e da Cidade" (Casa da Palavra), de André Diniz. Mas uma das homenagens mais interessantes ficou para 2011.Trata-se de um livro organizado por Júlio Diniz, coordenador do programa de pós-graduação em letras da PUC-Rio, com artigos de diversos pesquisadores sobre o impacto de Noel na formação da música popular brasileira.

Segundo Diniz, a ideia é mostrar que a influência do compositor teve reflexo em toda a produção musical subsequente, incluindo a bossa nova e as canções de Chico Buarque, Tom Jobim e Vinicius de Moraes. "Ele influenciou a música brasileira mais do que Villa-Lobos", diz. De acordo com o pesquisador, Noel é o protagonista de um movimento modernista carioca que divergiu do modernismo paulista, celebrado na Semana de Arte de 1922, e que, ao menos no âmbito musical, foi o que herança maior deixou ao país.

Diniz afirma que, enquanto os paulistas tinham um projeto para a música brasileira, que passava pelo resgate do cancioneiro popular e folclórico --e pela elevação deste através do conhecimento erudito--, os cariocas não tinham projeto, mas promoveram uma mistura muito mais horizontal do samba com a cultura burguesa.

MISTURA

"Noel foi o primeiro compositor branco e letrado a subir o morro para fazer músicas com parceiros negros. Mesmo sem estar a serviço de uma ideologia, ele inaugurou uma mistura que marcou a música brasileira daí em diante", diz. Carlos Didier, biógrafo de Noel ao lado de João Máximo, diz que ele teve 18 parceiros negros e mestiços, incluindo Ismael Silva, Cartola e Canuto.

Morto de tuberculose aos 26 anos, compôs 252 canções em oito anos de carreira e conseguiu transportar para as letras um amplo leque de temas que escapavam do tema único da malandragem. "Ele abordou assuntos como o telefone e o cinema falado, e sua produção é tão atual como a de Machado de Assis", afirma Diniz.

O pesquisador e compositor paulista Luiz Tatit concorda com a preponderância de Noel Rosa na construção da música popular brasileira. Segundo ele, Noel inaugurou a confiança no samba como uma linguagem autônoma, divergente da linha folclórica e da erudita, o que serviu de fundamento para a MPB. "Ele tinha orgulho de ser sambista, diferentemente de Ary Barroso, que, embora tenha feito sambas maravilhosos, tinha uma espécie de nostalgia de uma produção mais elevada", diz.


Fonte: Marcelo Bortoloti/ Folha de S.Paulo

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Saudações tricolores


E não é que o Fluminense conseguiu? Bicampeão brasileiro, comeu a bola, distribuiu belos lances de bola parada e em movimento e levou pras Laranjeiras o Brazuca 2010. Minha raiz é rubro-negra, mas não posso me esquivar de manifestar minhas saudações tricolores aos amigos e conhecidos "tantas vezes campeões".

Não é pelo simples fato de ser campeão; o que me orgulha nesse time do Fluminense é a garra. Cara, há anos que eu não via algo parecido no futebol. Há exatamente um ano, quando o meu Mengo levantava essa mesma taça (um suspiro melancólico acaba de escapar...), o Flu lutava desesperadamente pra se livrar da Segundona, lembram? Os frios números das estatísticas davam ao tricolor só 1% (ou menos) de chance de não ser rebaixado pra Série B desse ano. E depois de não sei quantas (parece que foram 10) vitórias seguidas e uma combinação muito doida de resultados, os caras das Laranjeiras fugiram da degola.

Méritos do Cuca, o ex-treinador, e de todo o time. Mas se tem alguém que merece todas as glórias desse momento supremo é aquele argentino pequenininho, o Darío Conca. Ô baixinho bom de bola! E não é de hoje. Desde a Libertadores de 2008 que Conca vinha se destacando. Foi preciso que o marrento do Muricy Ramalho assumisse o tricolor pro Conca ganhar espaço de verdade dentro do clube. Taí o resultado.

Bem, nada disso seria possível se o clube, finalmente, não levasse a sério o planejamento. Viram quanto os caras investiram esse ano? Além do salário milionário do Fred, foram buscar o Muricy, o Deco e o Washington (quanto dá isso mensalmente?) e uma penca de outros reforços. Fecharam o grupo num objetivo, superaram tudo quanto foi adversidade e levaram a taça. Nem tudo foram flores, é claro, mas o Flu merece. Valeu Fluzão

"Sou tricolor de coração; sou do clube tantas vezes campeão"

Sérgio Augusto
Editor da Academia da Palavra

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Cientistas radicalizam: papel-eletrônico será feito de...papel

Se você já ouviu falar dos e-readers – leitores eletrônicos de livros e jornais como o Kindle da Amazon – você sabe que a maioria deles utiliza um monitores de e-paper, ou papel-eletrônico, para exibir o texto, fotos e vídeos, mas o que é e-paper? O e-paper é um material que usa a técnica de electrowetting (sem tradução em português) que consiste em aplicar um campo elétrico em gotículas coloridas em um vidro, de modo a simular a sensação visual de letras (e fotos, etc.) impressas em papel.

O problema com o e-paper, como toda tecnologia atual, é que ele não é lá tão fácil de reciclar, além de ser apresentado em um meio sólido que – ainda – não pode ser dobrado e guardado com facilidade. Isso pelo menos até hoje. Andrew Steckl, professor de engenharia elétrica da Universidade de Cincinnati demonstrou que a técnica do electrowetting pode funcionar também em papel de verdade – desde que esse papel siga algumas técnicas de fabricação específicas.

“Um dos objetivos do e-paper é replicar o visual e a sensação de tinta no papel”, diz o professor. “Nós buscamos investigar o uso de papel como um substrato para os aparelhos que usam a técnica do electrowetting para conseguir papel-eletrônico em papel”. Essa tecnologia abre possibilidade para que você tenha um leitor eletrônico no mesmo formato – e textura e mobilidade – que uma folha de papel normal, que poderá ser dobrado e guardado no bolso, depois usado para ler o seu jornal preferido, por exemplo, além de baixar livros e ver vídeos. Tudo em uma única folha.

A outra vantagem do papel-eletrônico de papel é, claro, ambiental. Após algumas semanas de uso, uma folha de papel irá parecer naturalmente desgastada. Como estamos falando de papel de verdade, você poderá deixá-lo na lixeira de coleta seletiva mais próxima da sua casa, como você faz com qualquer papel normal hoje em dia – você recicla, não? Sem contar, claro, a redução brutal no uso de papel quando essa tecnologia atingir todo o seu potencial econômico.

Fonte: Leonardo Carvalho / MSN Notícias

Fotos: Divulgação

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Primeira geração nascida soropositiva ainda enfrenta estigma

"Me diziam que eu iria morrer desde que eu tinha 3 anos. Depois com 6, 8 e 10 anos", conta Tom Cosgrove calmamente. Atualmente com 20, ele é considerado a pessoa com HIV positivo que sobreviveu por mais tempo no Estado de Rhode Island, nos EUA. Mas cada ano tem sido uma luta.Quando ainda era pequeno e vivia em um abrigo para crianças infectadas pelo HIV, ele observou seus companheiros morrerem. Mais tarde, a Aids matou sua mãe e um irmão recém-nascido. Aos 8 anos, seu corpo rejeitou a medicação e ele ficou temporariamente incapacitado de andar.

Tom ficou revoltado, chegando até mesmo a atacar sua professora com uma cadeira. Os colegas de classe, por medo da doença, se recusavam a apertar sua mão ou sentar com ele para almoçar. Os pais dos amigos proibiam os filhos de visitá-lo e ele não podia participar dos times de basquete ou das aulas de karatê.Até hoje os medicamentos comprometem sua memória de curto prazo, tornando difícil os estudos e as perspectivas de trabalho. "Nós chamamos as drogas de idiotas", diz Barbara Cosgrove, que adotou Tom quando ele tinha 3 anos. "Mas sempre digo ao Tom: é melhor ser um idiota vivo."

Atualmente, a Aids é uma doença controlável nos Estados Unidos para muitos casos, mas Tom Cosgrove e outros como ele são prova do legado problemático e persistente da epidemia. Nascidos no início da década de 90, eles sobreviveram à primeira grande onda de pessoas com Aids, bebês que estavam praticamente destinados a morrer. Os avanços das drogas e um pouco de sorte permitiram que uma média de 10 mil crianças sobrevivesse. Hoje, apenas cerca de 200 crianças nascem com HIV por ano, graças ao tratamento vigilante com medicamentos para mulheres grávidas infectadas.

Entretanto, a vida dos primeiros bebês nascidos com HIV positivo, que agora são adolescentes e jovens adultos, não tem sido fácil. Suas experiências são consideradas tão significativas --não apenas nos Estados Unidos, mas no mundo todo, onde há milhões de bebês soropositivos-- que as agências de saúde iniciaram um amplo estudo para acompanhar estes jovens ao longo dos anos.

Alguns estão debilitados com a oscilação de sintomas que os primeiros medicamentos não conseguiram tratar. Outros apresentam atrasos de desenvolvimento e problemas relacionados à presença do vírus HIV na hora do nascimento. As medicações dadas a estes pacientes geralmente apresentam efeitos colaterais mais intensos do que aquelas tomadas por pessoas infectadas há menos tempo, pois as complicações da doença ou as drogas anteriores desenvolveram resistência, dificultando o tratamento.

Do ponto de vista emocional, eles hostilizam os pais que os infectaram, sentem pesar pelo sofrimento e morte dos mesmos e ansiedade para confiar aos outros um segredo que ainda provoca humilhação e medo. Um problema sério está surgindo: alguns se rebelam ou buscam independência pulando ou abandonando a medicação, o que pode fazer com que o HIV saia do controle e se torne imune a terapias que antes eram eficazes.

"Ainda não acabou", diz Ellen Cooper, diretora médica do departamento de Aids em crianças e adolescentes do Boston Medical Center, sobre manter esses jovens vivos e saudáveis. Apesar de não ter perdido nenhum paciente em cinco anos, ela afirma estar "esperando uma segunda onda" desses jovens que "morrem por não manterem a medicação" ou por causa de complicações decorrentes do tratamento. Davi Morales é o tipo de jovem que preocupa os médicos. Ele tem deficiência cognitiva relacionada ao HIV e passou meses morando nas ruas depois que os tios que o criavam em um projeto habitacional em Providence, Rhode Island, tiveram que retornar a Porto Rico.

Davi, 20, perdeu o auxílio por invalidez porque o governo agora considera a maioria das pessoas infectadas pelo HIV capazes de trabalhar, segundo relata Scott Mitchel, orientador do centro de assistência "Aids Care Ocean State", que conseguiu um apartamento para o jovem morar. Entretanto, Davi tem dificuldade de permanecer empregado, seguir regras ou trabalhar com agentes. "Eu não acho que neste momento ele tenha condições de trabalhar e se sustentar", afirma Mitchel. Além disso, os cinco comprimidos que ele toma por dia lhe causam insônia e diarreia.

Hoje em dia, as pessoas que contraem o HIV por meio de sexo ou drogas podem tomar um comprimido facilmente tolerável, mas aquela geração de bebês que nasceu com HIV normalmente precisa de múltiplas doses, com efeitos colaterais irritantes, o que aumenta a probabilidade de abandono da medicação. No desespero, os médicos às vezes preferem autorizar o cancelamento completo da medicação para aqueles que não levam a sério o tratamento.

Davi fala que deseja permanecer vivo, mas "talvez meu tempo de vida não seja tão longo quanto o de uma pessoa normal. Eu nasci assim e é assim que as coisas são". De acordo com Rena Greifinger, que fundou o projeto "One Love Project" para ajudar os jovens soropositivos, as coisas ficam mais difíceis à medida que os bebês com HIV crescem e perdem os cuidados de programas e clínicas pediátricas. "Aos 18 anos, todo o apoio desaparece, além de alguns deles serem completamente rejeitados por suas famílias e considerados crianças leprosas", diz ela.

Durante um retiro de uma semana na Universidade Babson, em Wellesley, Massachusetts, o "One Love" desenvolveu terapia com música, interpretação de papéis sobre a revelação de ser portador do HIV e discussões sobre sexo e filhos. O encontro abriu os olhos de Sandy Perez, 18, de Canaan, New Hampshire. Sua mãe, infectada pelo uso de drogas, morreu quando Sandy tinha 7 anos. Segundo ela, algumas famílias adotivas a maltrataram. Em uma das casas, ela era mal alimentada e dormia trancada na lavanderia. Sandy conta que saía pela janela e retornava pela garagem da casa para pegar comida.

Apesar de agora viver com uma família amorosa e tomar sua medicação regularmente, ela ainda experimenta sintomas de magreza excessiva. A medicação causou diabetes e problemas no fígado e nos rins. Sandy raramente revela ser portadora do HIV, nem mesmo para os namorados, embora sempre use preservativos. Mas ela disse que a reunião "me inspirou para ficar à vontade comigo mesma e admitir ser portadora do HIV, algo que agora posso compartilhar com as pessoas nas quais confio".

Ela resolveu falar sobre a doença a seu namorado de dois anos, com o qual nunca teve relacionamento sexual. Incapaz de contatá-lo por telefone durante a conferência, ela enviou uma mensagem de texto: "Eu tenho HIV". Ele respondeu: "Sério?" Ela respondeu: "Sim". Sandy se sentiu aliviada: "Se ele não soubesse e fosse infectado, eu me sentiria responsável e culpada". Logo depois, o relacionamento acabou, mas ela disse que "ele não soube lidar com o problema. Ele se acalmou e nós conseguimos conversar, ele ficou feliz por eu ter lhe contado antes que fizéssemos algo".

Quando a família Cosgrove adotou Tom, ele era uma criança nervosa e indisciplinada. Aos 5 anos, ficou ainda mais traumatizado quando viu sua mãe mudar de cor, perder o cabelo e morrer de Aids. Então colocou o obituário dela em sua lembrança da primeira comunhão e "tinha pesadelos e terrores noturnos. Fiquei bravo porque achei que ela tinha me passado a doença de propósito", conta ele.

Segundo Barbara Cosgrove, as pessoas têm pavor de adotar essas crianças. Ela adotou quatro outros "bebês rejeitados" e confessa ter sofrido abusos na infância e também ter sido rejeitada. Todos os quatro, que chegaram sem terem feito testes de HIV, não eram portadores do vírus. "Eu realmente me senti sozinho", diz Tom. Aos 9 anos, após a morte de um amigo com HIV, ele implorou para que eles adotassem alguém como ele.

A família então adotou Tyree, que tinha dois tipos de HIV, um de cada um dos pais, além de retardo no desenvolvimento. Durante anos, ele tomou a medicação por meio de uma sonda estomacal, pois caso contrário vomitava. Atualmente com 11 anos, Tyree usa aparelho ortopédico nas pernas e possui uma quantidade de vírus muito alta em seu sangue.

A adoção de Tyree não melhorou as coisas para Tom, e ele conta que ficou "fora de controle por anos". Para domar o comportamento do menino, Barbara precisou "derrubá-lo no chão e dizer: 'Você não vai falar desse jeito, não vai agir desse jeito'. Um dia eu o arrastei pelo tapete e a professora dele telefonou, então contei o que fiz e por quê."

Aos 12 anos, Tom melhorou, mas ainda se irritava com as reações das pessoas. Barbara informou à escola sobre ele ser portador do HIV e organizou uma reunião com os pais. Apesar do apoio da escola, alguns pais e colegas de classe o evitavam. Tyree frequenta outra escola, cujo diretor a orientou a não fazer a revelação, pois os pais poderiam reagir mal. O treinador de futebol da escola lhe disse: "Nós não treinamos crianças assim".

Tyree conta que se sente sozinho, pois nenhum de seus amigos o visita. Ele até já aprendeu a proteger os outros, dizendo: "Não faça sexo comigo". Mais maduro e consciente, Tom ainda considera sua vida complicada. A infecção foi suprimida pela medicação e ele resolveu ingressar em um programa de capacitação profissional. Porém, os efeitos colaterais dos remédios afetam a memória e seus namoros não duram muito tempo porque "as pessoas não querem sair com um portador desta doença". Mesmo assim, ele acredita que "se minha família adotiva pode me aceitar como sou, outras pessoas também podem fazer o mesmo".

Fonte: Pam Belluck, do "THE NEW YORK TIMES"

Foto: Ator norte-americano Rock Hudson, uma das primeiras vítimas famosas do vírus HIV - Divulgação

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Canções de Chico Buarque inspiram microssérie na Globo

O casamento de Ary está nas últimas. Uma briga com a mulher desencadeia a peregrinação pelos bares de São Paulo. Ele corre a avenida Paulista, desce a rua Augusta, alcança o viaduto do Chá, passa pelo edifício Copan. Nessa busca por sabe-se lá o quê, ele conhece Vera. A companhia é agradável. O sexo, inesquecível. Paixão instantânea. No dia seguinte, vem a conta: Vera é prostituta, ele não sabia. E cobra de Ary a noitada --ironicamente, a mais romântica que ele teve nessa sua triste vida.

Assim, resumido, o argumento de "Folhetim", um dos quatro episódios da microssérie "Amor em Quatro Atos", que estreia na TV Globo em janeiro, parece até ter sido inspirado por algum conto de "A Vida como Ela É", de Nelson Rodrigues. Mas não. Foi a letra da canção homônima de Chico Buarque (aquela dos versos: "Se acaso me quiseres, sou dessas mulheres que só dizem sim") que conduziu o roteiro do episódio, trouxe seus personagens e, no fim, que vai render sua trilha sonora.

O mesmo vai acontecer com os versos de "Vitrines", "Mil Perdões", "Construção" e "Ela Faz Cinema", canções de Chico em que os roteiristas Antonia Pellegrino, Marcio Alemão Delgado, Estela Renner e Tadeu Jungle foram buscar as outras histórias. O projeto foi criado por Rodrigo Teixeira, que comprou os direitos de dez canções de Chico para este e outros fins.

PACOTE CHICO

Já está publicado, pela Cia. das Letras, o livro "Essa História Está Diferente", em que dez escritores criaram contos sobre as músicas do compositor. Baseado em "Olhos nos Olhos", Karim Aïnouz está produzindo o longa "Eclipse da Violeta" para o cinema. "Amor em Quatro Atos" completa o pacote na TV. Coprodutora do projeto, a Globo disponibilizou alguns de seus atores para a série.

Entre eles estão Carolina Ferraz, Malvino Salvador, Vladimir Brichta, Alinne Moraes, Marjorie Estiano, Dalton Vigh e Camila Morgado. A supervisão geral ficou sob os cuidados de Roberto Talma. A direção foi dividida entre Talma ("Mil Perdões"), Tadeu Jungle (capítulo que une "Construção" e "Ela Faz Cinema") e Bruno Barreto.

Barreto é o único que assina dois episódios. O cineasta está tratando "Folhetim" e "Vitrines" como duas metades de uma única história. Um longa de 80 minutos. Depois que se apaixonar pela prostituta em "Folhetim", Ary passa todo o episódio "Vitrines" obcecado por ela. Segue seus passos às escondidas, como diz a canção, "catando a poesia que [ela] entorna no chão".

"Outro dia, brinquei com o Chico [Buarque]", conta. "Nos anos 70, ele fez uma música ['O que Será'] para o meu filme 'Dona Flor e Seus Dois Maridos'. Agora, faço um filme para músicas dele. Enfim, estamos quites". Se o formato pegar, podemos esperar canções de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Tom Jobim virando histórias em futuras noites da Globo.

Fonte: Marcus Preto/Folha de S.Paulo

Foto: Divulgação

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Quase metade das empresas violam direitos humanos, diz pesquisa

O Instituto Norberto Bobbio divulgou  os resultados da pesquisa "Direitos Humanos nas Empresas", desenvolvida pela consultoria Plano CDE, especializada no universo das classes C, D e E, e com apoio da BMF&Bovespa. O levantamento abordou temas como estilo de gestão, participação do funcionário, critérios de promoção e ocorrência de desrespeito e maus tratos.

A Plano CDE ouviu 800 profissionais de empresas com mais de 50 funcionários, no Rio de Janeiro e São Paulo, que atuam no comércio, indústria, bancos (e outras atividades financeiras), e serviços não financeiros como educação, saúde e telemarketing. Segundo a pesquisa, 43% dos entrevistados declararam que ocorreram situações moderadas ou graves de violação dos direitos humanos no último ano no ambiente de trabalho.

Considerando somente as violações graves, que incluem declarações explícitas de preconceitos, agressões verbais e/ou físicas, roubo e assédio sexual, 9% dos funcionários disseram que esses abusos ocorreram em seu local de trabalho. Especificamente em relação às atitudes discriminatórias, 11% disseram que em suas empresas existe discriminação contra negros, mulheres, homossexuais ou idosos, e 7% disseram que já foram vítimas diretas de preconceito. “As abordagens mais discriminatórias foram registradas com mulheres, negros e profissionais com salário inferior a R$ 3 mil”, diz Haroldo Torres, sócio-diretor da consultoria Plano CDE.

“Ainda acontecem atitudes como humilhação e preconceito de raça e gênero em companhias de diversos setores e tamanhos”, diz Raymundo Magliano, presidente do Instituto Norberto Bobbio. “Com esse estudo fica clara a urgência de o tema dos diretos humanos passar a compor o conjunto das preocupações centrais das empresas brasileiras”, diz. De acordo com a pesquisa, 38% dos entrevistados afirmam que as opiniões dos funcionários não são levadas em conta; 30% entendem que alguns chefes tratam os subordinados de maneira desrespeitosa; 21% declararam que alguns colegas são maltratados; 38% disseram não entender os critérios de promoção; e 44% afirmaram que há salários diferentes para a mesma função.

Por segmento
A indústria apresenta os melhores índices de respeito aos direitos humanos. Os resultados da pesquisa mostram que no segmento 84% dos entrevistados consideram que são tratados com mais educação e mais de 76% sentem que suas opiniões são levadas em conta. Já os serviços não financeiros apresentam a pior avaliação em todos os quesitos, registrando os maiores índices por maus tratos e pela falta de clareza nos critérios de promoção, 25% e 46%, respectivamente.

O levantamento aponta ainda que mais de 50% dos funcionários do setor de bancos e serviços financeiros sentem desconforto com políticas de valorização do mérito, mencionando o pagamento de salários diferentes para quem tem o mesmo tipo de atividade, formação e tempo de casa. Para Torres, uma possível explicação deve ser o fato de que setores com sindicatos fortes e atuantes contribuem para que as empresas tratem seus funcionários de maneira mais respeitosa.

Fonte: G1

Foto: Divulgação

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Escavações resgatam ferrovia Madeira/Mamoré em Rondônia

O pedaço de louça achado pelos arqueólogos, fragmento de um jarro que se quebrou em algum momento dos anos 1910, tem dois carimbos diferentes indicando sua procedência: o de uma firma brasileira, provavelmente a importadora, e o do fabricante escocês, de Edimburgo.

"Este lugar era extremamente cosmopolita. Havia caribenhos de Barbados, alemães, italianos, ingleses", conta o arqueólogo britânico Alastair Richard Threfall, enquanto tenta explicar a sucessão de camadas de detritos na antiga vila de Santo Antônio do Madeira (RO).

No começo do século 20, esse canto então remoto da Amazônia, perto da atual Porto Velho, era crucial para a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.Planejada para escoar a produção de borracha dos seringais brasileiros e bolivianos, a via férrea logo se tornou irrelevante com a queda dos preços do produto no mercado internacional. Agora, Threfall e seus colegas estão usando os dados arqueológicos para entender a ocupação-relâmpago que acompanhou a chamada "ferrovia do diabo".

As escavações, sob responsabilidade da empresa Scientia Consultoria Científica, fazem parte do pacote de compensações exigidas por lei para a construção de um grande empreendimento --no caso, a Usina Hidrelétrica Santo Antônio, no rio Madeira. O trecho da vila escavado pelos cientistas não será impactado diretamente pela usina e pode, inclusive, virar uma espécie de museu a céu aberto quando a obra terminar. "É um sítio de alto potencial", diz o arqueólogo Renato Kipnis, sócio da Scientia e coordenador do trabalho.

Por enquanto, a equipe está centrando esforços num conjunto de construções na margem da antiga ferrovia. Vários dos prédios não chegaram a ser fotografados, embora constem em mapas da época. "A questão é que nem sempre o mapa reflete o cenário da época, ele pode ser apenas reflexo de um projeto para a área", diz Threfall. Com base nos dados já obtidos, os pesquisadores já conseguem fazer uma primeira tentativa de reconstruir a sequência de ocupação e abandono no local.

"Sabemos que o muro desta estrutura, provavelmente residencial, recobriu toda esta área quando caiu, o que nos dá uma altura de uns 3,5 m para o prédio quando estava de pé. Depois, o concreto ficou misturado ao sedimento", diz o britânico, que é casado com uma mineira. Uma área mais elevada ao lado abrigava o que parece ser um escritório ou loja. "A arquitetura é mais imponente, parece que eles estavam querendo causar boa impressão", afirma Threfall.

Construída a duras penas, com centenas de trabalhadores europeus vitimados pela malária - daí a fama macabra -, a ferrovia acabou sendo fechada nos anos 1960. Pistas vindas da área escavadas pela equipe indicam um período de florescimento ainda mais curto, de 1914 aos anos 1940, diz o arqueólogo.

Fonte: Reinaldo José Lopes/Folha de S.Paulo

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Lei do Audiovisual tem que mudar, diz diretor de "Tropa de Elite 2"

A estreia maiúscula de "Tropa de Elite 2" --o longa se aproxima dos 3 milhões de espectadores, com apenas uma semana em cartaz - dá fôlego à pretensão do cineasta José Padilha de impulsionar mudanças na lei brasileira de incentivo ao cinema. Padilha avalia que "no modelo de financiamento do cinema brasileiro há algo intrinsecamente errado". Trata-se dos termos em que é dividida a renda dos filmes entre produtores e distribuidores --estes últimos são os responsáveis pelo lançamento dos longas nas salas.

"No modelo norte-americano, o distribuidor banca o filme. Se [o diretor Francis Ford] Coppola vai fazer 'O Poderoso Chefão', o distribuidor coloca o dinheiro da produção e do p&a [sigla da expressão em inglês print and advertising, que designa a impressão das cópias do filme e a propaganda para lançá-lo]. O distribuidor corre todo o risco, e o risco molda as cláusulas do contrato", diz.

Já no Brasil, "a maior parte do dinheiro de um filme vem do produtor. Num longa de R$ 10 milhões, um distribuidor pode colocar até R$ 3 milhões [usufruindo da lei de incentivo ao audiovisual] e o produtor, até R$ 7 milhões".

"O p&a é pequeno no Brasil. 'Tropa de Elite' [2007], que custou R$ 11 milhões, teve R$ 1 milhão de p&a. Houve muito mais dinheiro colocado pelo produtor do que pelo distribuidor. Isso é verdade para todos os filmes. O contrato feito entre o produtor e o distribuidor no Brasil é igual ao norte-americano. Na minha opinião, há uma distorção aí", afirma Padilha.

Para testar um modelo que "modifica as relações de força econômica entre a produção e a distribuição", Padilha abriu mão de um distribuidor para "Tropa de Elite 2". Decidiu lançar o filme com o selo de sua produtora, a Zazen, e contratou um "coordenador de lançamento", o especialista em distribuição Marco Aurélio Marcondes.

A performance de "Tropa de Elite 2" nos cinemas vem se configurando como um êxito sem precedente recente no mercado brasileiro. "Queremos que todo mundo veja os números dessa experiência. Contratamos uma auditoria. No final, teremos um relatório para mostrar o retorno que isso dá. Se funcionar, poderá servir de substrato para uma política pública. O governo olha e diz: 'De fato, esse modelo é legal. Vamos mudar as leis.'"

Antes de levar a discussão ao governo, Padilha buscará apoio de seus pares. "Funcionando, vou passar a mão no telefone, ligar para os produtores brasileiros, para a Total [da franquia "Se Eu Fosse Você"], a Lereby [de Daniel Filho], a O2 [de Fernando Meirelles] e propor que a gente se junte e faça uma distribuidora. Estou otimista", diz.

Jorge Peregrino, executivo da Paramount, que distribuiu "Tropa de Elite" em 2007, disse à Folha que desconhece os termos da proposta de Padilha e, por isso, prefere não comentá-la. Manoel Rangel, presidente da Agência Nacional do Cinema, diz que, "se essa experiência for um grande sucesso, todo mundo, inclusive o governo, vai ter que parar para ouvir o José Padilha".


Fonte: Silvana Arantes/Editora-adjunta da Folha Ilustrada


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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Smartphones substituem GPS nos carros

Novas tecnologias que permitem que celulares sejam usados como GPS avançaram ainda mais, o que pressiona as fabricantes de aparelhos de navegação embutidos.O grupo do setor automobilístico alemão Consumer Electronics for Automotive (CE4A) apresentou um novo padrão para a tecnologia, que vem ganhando força com incentivo da Nokia, maior fabricante de celulares do mundo.

A indústria de aparelhos de navegação, liderada pelas europeias TomTom e Garmin, levou um duro golpe da concorrência de smartphones com GPS.Quando este novo padrão for incluído em automóveis – algo que deve acontecer a partir do ano que vem –, ele permitirá que consumidores simplesmente conectem seus smartphones ao carro, sem que tenham maiores problemas para configurar seus aparelhos de navegação, além de terem acesso a outras funções de seus celulares através de uma tela embutida no veículo.

O uso amplo da tecnologia ainda deve levar um tempo, segundo analistas e executivos do setor."O impacto imediato disso será limitado, mas se o consumidor tiver uma experiência positiva com o uso do celular para navegação no carro, isso elimina a necessidade de um aparelho separado", disse o analista Tim Shepherd, da Canalys.A Navteq, maior empresa de mapeamento digital do mundo, afirmou que vê um grande interesse pela tecnologia na indústria.

Fonte: Reuters
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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Preconceitos dificultam tratamento do transtorno bipolar

Crenças sobre o transtorno bipolar causam baixa adesão dos pacientes ao tratamento. Há quem creia que a doença é só um problema emocional, e que remédios fazem mais mal do que bem. São mitos endossados por quase metade dos doentes e familiares, diz pesquisa do IPq (Instituto de Psiquiatria) do Hospital das Clínicas da USP.

Foram avaliados frequentadores de encontros no instituto: 40% têm crenças errôneas sobre a natureza da doença, o papel da família e os efeitos da medicação. A doença se caracteriza por crises de euforia e depressão. Em geral, surge na adolescência ou início da vida adulta e tem forte componente genético.

"Foi uma surpresa encontrar essas crenças em pessoas que frequentam encontros psicoeducacionais", diz Ricardo Moreno, diretor do Grupo de Estudos de Doenças Afetivas do IPq.

ALIANÇA TERAPÊUTICA

Moreno afirma que o controle do transtorno depende de aliança terapêutica com o paciente e parentes. "Qualquer interferência, seja da crença do paciente ou da família, pode levar à interrupção do tratamento". "É bem comum que o paciente abandone o tratamento por não acreditar na doença", reforça a psiquiatra Thaís Zélia dos Santos, da Santa Casa de São Paulo.

O tratamento inclui remédios para estabilizar o humor. "O medicamento é essencial e para a vida toda. Os pacientes me perguntam se vão virar escravos. Eu digo: quem tem depressão ou mania não tem liberdade, tem um sofrimento que não controla e um comportamento que traz consequências."

Sem tratamento, bipolares podem levar vida normal por períodos, já que a doença é cíclica. Só que vão acumulando danos nas relações. A doença não tem cura. "Precisamos combater a ignorância, o preconceito e o estigma. Preconceito e estigma começam no próprio indivíduo e na família. Eles precisam mudar a atitude, e não esperar que o mundo se transforme", diz Moreno.

Fonte: Gabriela Cupani/Folha de S.Paulo
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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Estudo garante: cyberbullying é pior que agressão real

A intimidação virtual pode causar mais problemas às vítimas do que espancamentos ou ofensas pessoais, reportaram pesquisadores norte-americanos. E ao contrário das pessoas que praticam bullying na vida real, as que o fazem virtualmente parecem menos deprimidas que suas presas, constatou a equipe do National Institutes of Health. Jing Wang, Tonja Nansel e Ronald Iannotti, do National Institute of Child Health and Human Development, parte do NIH, analisaram dados sobre uma pesquisa internacional de 2005 e 2006 que incluía 4,5 mil adolescentes e pré-adolescentes norte-americanos.

Eles responderam a perguntas específicas sobre sentimentos de depressão, irritabilidade, mau humor e dificuldades de concentração, e também a questões específicas sobre terem recebido agressões físicas, xingamentos, rejeição ou mensagens negativas via computador ou celular – ou feito coisa parecida a terceiros. “Ao contrário do bullying tradicional, que em geral envolve confronto face a face, as vítimas de intimidação virtual não são capazes de ver ou identificar quem as agride,” escreveu a equipe de Iannotti em estudo publicado pelo Adolescent Health.

“Por isso, é mais provável que se sintam isoladas, desumanizadas ou impotentes no momento do ataque,” acrescenta o texto. Os agressores físicos e verbais são eles mesmos deprimidos, em muitos casos. Mas embora exista pouca diferença nos níveis de depressão entre os agressores físicos e suas vítimas, a equipe do NIH constatou que as vítimas de intimidação virtual reportavam níveis de depressão significativamente mais altos que os dos praticantes frequentes de intimidação.

A questão da intimidação pode ter dimensões políticas – prejudica o aprendizado e pode reduzir a média de uma escola nos testes de avaliação. As escolas norte-americanas estão sob pressão cada vez maior para elevar seus resultados e demonstrar melhoras regularmente. No ano passado, a mesma equipe constatou que mais de 20 por cento dos adolescentes norte-americanos que estão na escola haviam sofrido intimidação física ao menos uma vez nos dois meses precedentes, 53 por cento sofreram intimidação verbal, 51 por cento foram intimidados socialmente por meio de exclusão ou ostracismo e 13,6 por cento foram intimidados por via eletrônica.

Fonte: Reuters

Foto: REX

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Federer e Nadal arrebatam mais de 90% dos Grand Slams

Em julho de 2005, Rafael Nadal conquistou o troféu de Roland Garros pela primeira vez. Nascia ali uma polarização nos Grand Slams. Desde então, foram disputados 23 finais dos principais torneios do tênis, e apenas duas não foram vencidas pelo espanhol número 1 do mundo ou pelo suíço Roger Federer. Eles ganharam, juntos, 91,3% dos títulos de Grand Slams no período.

Roger Federer conquistou 12 títulos de Grand Slams desde 2005. Foram três no Australian Open, um em Roland Garros, quatro em Wimbledon e quatro no US Open.Rafael Nadal levantou nove troféus: cinco de Roland Garros, dois de Wimbledon, um do Australian Open e um do US Open.

Novak Djokovic e Juan Martín Del Potro foram os únicos tenistas a conseguirem a façanha de interromper a sequência dos multicampeões. O sérvio conquistou o Australian Open de 2008, derrotando o francês Jo-Wilfried Tsonga na final. O argentino bateu Federer na final do US Open de 2009. Um outro tenista aparece de na lista dos títulos de Grand Slam nos últimos cinco anos, mas antes de Nadal ganhar seu primeiro. O russo Marat Safin conquistou o Australian Open de 2005, derrotando o australiano Lleyton Hewitt na final.

A supremacia dos dois tenistas é traduzida no ranking da ATP. Roger Federer terminou no primeiro lugar em 2005, 2006, 2007 e 2009, anos em que Nadal ficou na segunda posição. Em 2008, o espanhol conseguiu o lugar mais alto, com o suíço na vice-liderança.

Fonte: Globo Esporte.Com


Foto: Divulgação

domingo, 12 de setembro de 2010

Cinema perde Claude Chabrol, ícone da Sétima Arte

Claude Chabrol, um dos mais proeminentes cineastas franceses e pioneiro do estilo Nouvelle Vague que revolucionou o cinema da França, morreu no domingo (12/09/10) aos 80 anos, segundo a Prefeitura de Paris. As causas da morte não foram divulgadas. Chabrol, considerado um dos produtores-chave da cinematografia francesa, nasceu em 24 de junho de 1930. Ele foi diretor, produtor e crítico do "Cahiers du cinéma".

Entre os filmes de Chabrol estão alguns dos mais destacados do cinema francês, como "Nas Garras do Vício", "Violette Nozière", "O Açougueiro" e "A Teia de Chocolate". Crítico de cinema, assim como Godard e Truffaut, da então influente revista Cahiers du Cinema, seu primeiro filme foi considerado um dos percussores da Nouvelle Vague em 1958. No ano seguinte, ele ganhou o Urso de Ouro do Festival de Berlim por Os Primos.

Chabrol foi indicado duas vezes para a Palma de Ouro de Cannes, por Violette (1978) e Frango ao Vinagrete (1985). Em 2009, ele dirigiu "Bellamy" e suas últimas obras foram dois capítulos de "Au siècle de Maupassant: Contes et nouvelles du XIXème siècle". Um tema recorrente em seus filmes é a tensão entre a chamada repressão burguesa e alguma expressão de violência que se forma por baixo da superfície.

A notícia de sua morte foi recebida com pesar pelo mundo cultural francês. "Toda vez que um diretor desaparece, um jeito particular de olhar o mundo e expressar nossa humanidade é perdido para sempre", disse a Associação de Diretores de Cinema da França, em comunicado.

Fonte: Agências internacionais


Foto: Divulgação

domingo, 29 de agosto de 2010

Twitter já é ferramenta certeira para jovem buscar emprego

O Twitter entrou na rota dos selecionadores. Para achar profissionais jovens e dinâmicos, já anunciam vagas no site. "O sênior geralmente não usa as redes. Alguns têm preconceito com o Twitter, devido à exposição", avalia Claudia Monari, 44, consultora da Career Center.

Especialistas acreditam que a ferramenta será cada vez mais usada. "A maioria das vagas é voltada para o público de comunicação. Nos próximos anos também serão para profissionais como engenheiros e advogados", afirma Ana Cristina Limongi França, 57, coordenadora do curso de qualidade de vida
da FIA (Fundação Instituto de Administração).

Os jovens também estão de olho nas oportunidades da rede. Atualmente, 75% dos candidatos a trainee buscam vagas em sites de relacionamento, segundo o departamento pessoal da ALL (América Latina Logística).

"Criamos perfis nas redes sociais e publicamos informações sobre a empresa, além de direcionar o usuário para o site com as vagas", explica a responsável pelo programa de trainee da ALL, Marcela Marques Aidar.

A estudante de relações públicas Amanda Allegrini, 18, soube de uma vaga de analista de redes sociais por um anúncio no Twitter. No dia seguinte, recebeu ligação do recrutador e foi efetivada.

DICAS

O publicitário Pedro Thompson Henriques de Andrade, 26, também conseguiu emprego na rede. "Uma amiga repassou a vaga. Comecei a seguir o perfil da empresa e enviei meu portfólio. No dia seguinte fizemos contato e me contrataram."

Para tirar bom proveito da rede social, os primeiros mandamentos são apostar em informações úteis e nunca publicar mensagens de cunho negativo.
"Não contrataria alguém que escreve "que saco, hoje é domingo!" ou "hoje é sexta-feira, não aguento mais trabalhar". Isso demonstra acomodação", afirma Marynes Pereira, 49, "coaching" de carreiras da Provider Solutions.

"Deve-se tomar muito cuidado com as fotos. Não combina um executivo de regata ou uma profissional de biquíni", diz Matilde Berna, 52, diretora de transição de carreira da Right Management.

Fonte: Carorline Pellegrino

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

CD joga luz sobre inéditas de Johnny Alf


Em seus últimos 15 anos, o cantor, compositor e pianista Johnny Alf (1929 -2010) viveu de dinheiro obtido em shows intimistas, feitos sobretudo em pequenos clubes de jazz e no circuito paulista do Sesc. Para público quase sempre restrito, Johnny fazia o diabo. Recriava as próprias canções, desconstruía repertório alheio, mostrava material inédito, promovia jam sessions com convidados, de Cauby Peixoto a Ed Motta.

Ao menos 20 dessas apresentações foram gravadas em áudio, então sem maiores pretensões, pelo empresário do artista, Nelson Valencia. O material está em fase de tratamento e, ainda neste ano, chega ao público dentro de uma caixa, a ser lançada pela gravadora Lua Music. Sob os cuidados do produtor Thiago Marques Luiz (que dirigiu álbuns recentes de Wanderléa e do próprio Cauby), o projeto inclui mais dois discos. Um é dedicado aos sucessos de Johnny. Outro, às canções obscuras.

Estão recrutados para o álbum de hits --se é que a palavra "hit" cabe a compositor tão sofisticado-- artistas que compartilham do mesmo universo artístico. "Não tem nenhum gaiato no disco", diz Thiago. "Só convidamos gente que gostava dele, e de quem sabíamos que ele também gostava." Estão na lista Joyce (cantando "Fim de Semana em Eldorado"), Toquinho ("Rapaz de Bem"), Leny Andrade ("O que É Amar"), Claudette Soares ("Gesto Final"), Emílio Santiago ("Nós"), Zé Renato ("Céu e Mar") e Wanderléa ("Ilusão à Toa"). O álbum com os temas desconhecidos de Johnny é projeto pessoal de Alaíde Costa --a intérprete predileta do compositor, segundo o próprio chegou a declarar.

Já totalmente gravado, o disco dela inclui canções como "Escuta", "Como Dois Corações e meu Sonho" e "Tema da Cidade Longe". Também está programado para este ano o lançamento de uma biografia de Johnny Alf dentro da Série Aplauso, da Imprensa Oficial. O livro foi escrito pelo jornalista e pesquisador João Carlos Rodrigues e se apoia em entrevistas com músicos, produtores e amigos do artista desde a adolescência, além de um depoimento de uma hora e meia colhido do próprio Johnny.

Para Rodrigues, o mais importante a ressaltar é que, apesar do final um tanto solitário, o artista não se encaixa no hall dos "injustiçados". "Tudo o que ele fez foi porque quis. Até 60 e poucos anos, ele bebia muito, era agressivo, faltava aos compromissos. Foi quase um Tim Maia da bossa nova", compara Rodrigues. "Quando parou de beber, se tornou uma pessoa muito fechada".

Fonte: Marcus Preto/Folha Online

Foto: Divulgação

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

21 anos sem Raulzito

Os biógrafos costumam dizer que Raul Seixas levou o rock às últimas consequências. Nos últimos anos de sua vida, mesmo sofrendo de pancreatite, ele não se afastou do consumo exagerado de drogas e álcool. A doença levou à morte o Maluco Beleza aos 44 anos, no dia 21 de agosto de 1989. Para eles, a decadência perante o público, os problemas com empresários e gravadoras são menores diante da sua relevância artística. Passados 21 anos, seus principais hits são conhecidos do grande público.

O interesse pela obra de Raulzito reacende em novas gerações de fãs, que fazem questão de soltar a voz com o grito “Toca Raul”. Ainda hoje é possível ouvir o jargão em bares, pistas de dança e shows de rock.
Um dos legados do roqueiro é parecido com o fenômeno que acontece com o "Rei do Rock" Elvis Presley: inúmeros sósias fazem questão de se vestir de forma idêntica a Raul e atuar fazendo covers do cantor. A sua confirmação, como mito do rock nacional, é frequente em homenagens no teatro, na TV, nas biografias e relançamentos de álbuns.

A admiração pelo “Maluco Beleza” ultrapassa o rock. Chitãzinho e Xororó, Maria Bethânia, Milionário e Zé Rico e Elba Ramalho já regravaram composições do baiano.

Documentário é aguardado para 2010

O longa-metragem dirigido por Walter Carvalho e Evaldo Mocarzel promete estrear nas telas ainda em 2010, trazendo depoimentos de parentes, amigos e antigos parceiros, como o escritor e letrista Paulo Coelho, que trabalhou com Raul na composição de músicas que fizeram parte da fase mais conhecida da carreira do roqueiro.

Em 2009, um trecho do filme foi exibido durante o Festival do Rio. O teaser mostrava o cantor se dizendo apaixonado por cinema. "Espero acabar em Hollywood”, brincava, irônico, afirmando ser um ator que fingia ser cantor.

Sua interpretação é lembrada graças a videoclipes para o Fantástico, nos quais Raul extravasava sua criação. As perfomances são destacadas pelos cenários em chroma key e pela produção, como as dançarinas presentes em "Sociedade Alternativa" - um dos primeiros clipes musicais feito a cores no Brasil, exibido em 1974.

Fonte: Maria Chrisá/ G1

Foto: Divulgação

domingo, 15 de agosto de 2010

Relatório aponta: 92% dos e-mails enviados em julho foram spams

Um relatório divulgado pela empresa de segurança Symantec apontou que os spams representaram 92% das mensagens enviadas por e-mail em julho. Um ano antes, o percentual no mesmo mês foi de 89%.

No estudo, a companhia identificou ainda um novo tipo de ataque focado em chats de e-commerce, que visa a roubar dados pessoais do usuário. "O phishing atua em sessões de chat para fazer com que a página pareça mais autêntica, tentando dar aos consumidores a impressão de que o site fake é interativo", avisa a Symantec.

Novo spam usa falsa notícia sobre imagens de Eliza para atacar PCs Golpe usa falsa notícia sobre doping de Robinho e Kaká para infectar PCs Golpe no Orkut usa 'recarga gratuita' de celular para roubar senhas No pishing, piratas de computador sugerem que os internautas cliquem em links ou visitem sites maliciosos. Quando seguem a sugestão, as vítimas em potencial infectam seus computadores com programas geralmente desenvolvidos para o roubo de informações financeiras.

Uma boa notícia apontada pelo relatório é que a quantidade de spam contendo ataques desse tipo caiu 5% entre junho e julho deste ano. De forma geral, o número de ataques phishing está em queda, mas os criadores de spams seguem criando novos métodos de aplicar golpes.

Há um ano, Barack Obama e Michael Jackson eram os principais nomes usados em mensagens de spam. No mês passado, a Copa do Mundo assumiu essa posição. Os criminosos utilizaram também um ataque envolvendo o nome da empresa British Petroleum, responsável pelo vazamento de óleo no Golfo do México.

Fonte: G1

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Documentário revela o lado ativista do criador da "Playboy"

Hugh Hefner, o vovô de roupão vermelho acompanhado de loiras saradas, tem um passado rebelde. E não é só pelo fato de ter criado a revista "Playboy" e lutado contra o puritanismo americano. Hefner, 84, foi um paladino pela liberdade de expressão e pelos direitos civis dos negros, numa jornada que começou nos anos 50.

É esse lado ativista, e não o lado polígamo que guarda Viagra no banheiro, que interessa à canadense Brigitte Berman, ganhadora do Oscar por um filme sobre o músico Artie Shaw em 1985. Berman acaba de estrear nos EUA "Hugh Hefner: Playboy, Ativista e Rebelde", um documentário de mais de três horas, ainda sem distribuição no Brasil, sobre um dos editores mais influentes do século 20 e sua coleção de atos heroicos.

Como, por exemplo, quando usou o "Big Bunny", seu jatinho particular, para "distribuir" bebês órfãos do Vietnã pelos EUA. E adivinha quem ele escalou para cuidar dos infantes na jornada? Mas o time de coelhinhas não ganha muito destaque no filme. Nem suas ex-mulheres ou seus filhos, possíveis herdeiros. Aliás, não se fala nada sobre o futuro da revista. Recentemente, Hefner fez uma oferta para comprar a parte da empresa que já não mais lhe pertence.

IMPÉRIO

Hoje, a "Playboy" é um império internacional, com diversos produtos licenciados e programa de TV. É o que mantém a revista, cujas vendas foram do ápice de 7 milhões de unidades vendidas por mês nos anos 70 para uma circulação de 2 milhões. "Eu não acho que exista alguém que tenha apenas um lado, uma faceta. Queria mostrar um Hugh Hefner que você não vê nas festas", disse à Folha a diretora, que costuma frequentar as sessões de cinema na mansão do magnata em Los Angeles.

Ela fez mais de 12 horas de entrevistas com Hefner, além de vasculhar imagens raras dos programas de TV que ele conduziu no final dos anos 50 reunindo músicos negros e convidados brancos, mistura explosiva para a época. "Sabe, ele não sai nas ruas de roupão. Mas esse é o lado playboy que ofusca o resto."

A revista, fundada em 1953, quase saiu com o nome de "Stag Party", algo como a festa do solteiro ou do veado. "Bem na última hora decidimos mudar o veado pelo coelho. E, se não tivéssemos, dificilmente estaríamos aqui hoje", conta Hefner no filme.

Fonte: Fernanda Ezabella/Folha Online

Foto: Divulgação

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Biografia "descasca" mitos sobre Jim Morrison

Jim Morrison não era nada. Artisticamente, não passava de um jovem jeitoso em quem uma guitarra poderia ficar bem. E só. Mas era tudo de que a banda Rick and the Ravens precisava para animar uma festinha de formatura na Marina de Los Angeles naqueles anos 60. Só havia dois problemas: 1.) Jim Morrison não sabia tocar guitarra. 2.) Jim Morrison não sabia cantar.

Ali baixinho, ao pé do ouvido, Ray Manzarek, amigo de universidade e tecladista, deu as coordenadas: "Jim, faz o seguinte: coloca a guitarra no volume zero." O show acabou, Jim recebeu seus 20 dólares de cachê e agradeceu. "Ray, este foi o dinheiro mais fácil que já ganhei."

A história andou e Jim Morrison, mesmo ícone à frente dos Doors, se tornaria tudo, menos um bom vocalista. The Doors por the Doors, trabalho rico colhido em entrevistas e pesquisas pelo jornalista americano Ben Fong-Torres, ex-repórter da Rolling Stone e último homem a entrevistar Morrison, mexe no vespeiro. Sua qualidade maior é não se ajoelhar diante do túmulo para tratar o roqueiro como um deus.

As fontes são pessoas que estiveram no olho do tornado, como o pai, George Morrison, além de irmãos, amigos, produtores e os integrantes da banda que chegou a ser chamada de ‘Beatles americanos’.

Fong-Torres assume muitas vezes uma escrita em primeira pessoa, o que lhe garante diferenciais sobre outras biografias feitas por quem não esteve ao lado do cantor. Mas se estava tudo em suas mãos, por que não fez o livro antes? Torres diz que muitos nós tiveram de ser desatados entre os músicos, que não chegavam a consensos sobre direitos comerciais. "Mesmo com isso e os direitos cedidos para um novo documentário, When You're Strange, eu me adiantei aos cineastas", diz, em referência ao filme de Tom DiCillo, sem data para chegar aqui.

O que manteve os Doors na estrada? Eis a pergunta que Torres se fez ao constatar o nível de desleixo com que Morrison levava sua carreira. Coube ao tecladista Ray Manzarek, ao guitarrista Robbie Krieger e ao baterista John Densmore respirar fundo e contar até três. Muitas vezes. "Morrison sempre agiu de forma pouco profissional e descontrolada. Colocou em risco a carreira da banda." Ele passa aqui por um episódio de 1967, quando o vocalista foi preso em Miami, após um show onde mostrou seus órgãos genitais no palco. "Depois disso foram cancelados inúmeros concertos e várias estações de rádio pararam de tocar suas músicas. Mas eles estavam com ele." Por pouco, cita Torres, o baterista Densmore não largou tudo. "Ele ficou muito cansado e tentou sair uma ou duas vezes, mas sempre voltou. Não importava a forma como Jim vivia. O que importava era a lealdade, a perseverança, a tolerância. Foi incrível para mim perceber isso."

O autor diz que praticamente todas as biografias de Morrison relatam que ele foi para a universidade sem o conhecimento e a aprovação dos pais. Na apuração de Torres, a família discorda desta versão. O pai, George Morrison, diz ter ficado satisfeito com a decisão do filho de estudar cinema. "Fiquei maravilhado. Achava que seus talentos se adequavam àquela linha de trabalho."

A estratégia para fazer voar alto o primeiro compacto, Break On Throught (To The Other Side), funcionou até certo ponto. Do próprio estúdio onde gravaram o disco, os músicos dispararam a ligar para as emissoras de rádio pedindo a música como se fossem simples fãs. Até que a garota que atendia ao telefone percebeu a fraude. "Ok, parem de ligar. Nós sabemos que vocês ou fazem parte da banda ou estão recebendo para fazer isto."

As fragilidades vocais de Morrison não são camufladas no livro. John Densmore, o baterista, conheceu o amigo na garagem de Ray Manzarek durante os primeiros ensaios da banda. Com cuidado, ele esbarra na sensação que teve ao ver Jim cantar pela primeira vez. "Ele nunca tinha cantado antes, estava apenas começando. Sua voz não era encorpada, mas ele tinha total confiança em si mesmo, algo do tipo ‘vou me tornar vocalista.’ Nada de cantar a partir do diafragma ou de técnicas especiais, apenas cantava, gritava ou o que quer que fosse aquilo que estava fazendo", comenta no livro.

O próprio Morrison tinha consciência de suas limitações. Ao falar com Manzarek na praia de Venice sobre a ideia de formar os Doors, abriu-lhe o coração. "Não sei… Sou meio tímido e a minha voz não é lá tão boa." Ao que Manzarek devolve: "Sua voz não é tão boa? Bob Dylan é famoso internacionalmente com aquele guincho que é a voz dele." Morrison então enfiou as mãos na areia e começou a cantar Moonlight Drive. "Assim nasceram os Doors: as letras de Jim somadas à minha música climática", diz Manzarek.

Aos brasileiros, um belo tira-gosto. A influência da bossa nova nos Doors é um fato, maior do que a própria música pode transparecer. Em entrevista ao Estado (leia abaixo), Ray fala de como sons joãogilbertianos passaram a ser perseguidos pela banda.

The Doors por The Doors - Autor: Ben Fong-Torres. Editora: Ediouro. 432 págs. Preço: R$ 59,90



Filme traz cenas inéditas da banda, por Flávia Guerra

Se as portas da percepção entrassem em colapso, tudo pareceria como é: infinito. Este detalhe do poema de William Blake, que inspirou o nome de uma das bandas mais controversas da história, também inspira o diretor Tom DiCillo em When You’re Strange, primeiro documentário feito sobre a banda que nasceu em 1965 nos câmpus da Ucla (Universidade de Los Angeles), onde Jim Morrison e o tecladista Ray Manzarek estudavam cinema.

Quem pensa que tudo já foi dito, e filmado, sobre o Doors em The Doors, de Oliver Stone, não perde por esperar. When You’re Strange, ainda sem data para estrear no Brasil, não faz revelações bombásticas, mas tem o mérito de trazer imagens inéditas.

Fonte: Fernando Moura/ Estadão
Foto: Araldo Di Crollalanza/Rex Features

Nota: Discordo exatamente da parte em que a matéria diz que Jim Morrison não sabia cantar. Tocar guitarra ou qualquer outro instrumento, Jim realmente não sabia, mas cantar sabia sim. Basta ouvir as gravações ao vivo de "Unknown soldier", "The end", "Riders on the storm", "When the music is over" ou "Back door man". Se isso é não saber cantar o que dizer do Fiuck, filho do cantor Fábio Jr. e produto de um enlatado televisivo? Fica o questionamento.

Sérgio Augusto

Editor da Academia da Palavra

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Número de bolsas de doutorado integral no exterior cai 80%

Fazer doutorado em uma grande universidade estrangeira com bolsa de uma instituição brasileira é um sonho cada vez distante para os estudantes do país. Segundo dados apresentados na conferência da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), em Natal, entre 1992 e 2007 o número de bolsas do CNPq no exterior caiu de quase 2.800 para cerca de 500 --um tombo de mais de 80%.

Já o doutorado-sanduíche, em que o aluno fica parte do curso fora do Brasil, teve um ligeiro crescimento no período. Hoje há cerca de 5.000 alunos na modalidade. Desde 2007, as bolsas integrais recebem menos dinheiro do CNPq do que as chamadas bolsas-sanduíche. "Foi um decréscimo exagerado. Os programas de bolsas no exterior ficaram suprimidos, é preciso corrigir isso", diz Carlos Aragão, presidente do CNPq.

"Conforme vão aparecendo novos programas de pós-graduação no Brasil, os estudantes que antes sairiam ficam por aqui. Mas o país tornou isso uma regra", afirma.

CONTATOS

Ele lembra que é bom ter brasileiros fora do país para criar, além da rede de contatos, um fluxo de ideias entre o Brasil e o exterior."É importante ter estudantes que vão para o exterior. Quando voltam, trazem oxigênio para o sistema". O próprio Aragão fez doutorado nos Estados Unidos, no final dos anos 1970. "Criei uma relação com a Universidade Princeton, onde estudei, que é para sempre. Bolsas no exterior são fundamentais para estabelecer parcerias duradouras."

A internacionalização da ciência brasileira foi tema de debate em Natal e, segundo Aragão, é prioridade para o CNPq, que planeja trazer estrangeiros para os comitês que avaliam os projetos submetidos ao órgão

Fonte: Ricardo Amaral / Folha Online

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Caos vai marcar cinebiografia de Kurt Cobain, diz diretor

A aguardada cinebiografia de Kurt Cobain será "caótica", revelou o diretor da produção Oren Moverman. Segundo o site "NME", o diretor afirmou que o filme - ainda sem data para estrear - deverá reproduzir o tom áspero que foi a vida do líder do Nirvana. Moverman é conhecido por ter coescrito o roteiro da cinebiografia de Bob Dylan, "I'm Not There", mas disse que o filme sobre Cobain será mais linear que seu trabalho anterior.

O roteiro será parcialmente baseado na biografia "Mais Pesado que o Céu", de Charles R. Cross. Mas, de acordo com o diretor, pode evitar o óbvio na história de Kurt. "As pessoas conhecem o resumo da vida dele - ele tomou montes de heroína, escreveu 'Smells Like Teen Spirit', se tornou o maior astro do rock do mundo e se matou. Para mim, essas são as coisas menos importantes", afirma. O ator que viverá Kurt Cobain nos cinemas ainda não foi escolhido.

Fonte: Folha Online

Foto: Divulgação

domingo, 18 de julho de 2010

Diário do Vaticano anuncia descoberta de possível Caravaggio

O diário "L'Osservatore Romano", do Vaticano, publica hoje em sua primeira página a possível descoberta de que um quadro propriedade dos jesuítas seria um Caravaggio. O anúncio é feito na véspera do aniversário de 400 anos da morte de Michelangelo Merisi (1571-1610), conhecido pelo nome de sua região de origem, Caravaggio, no norte da Itália.

Segundo o diário, o quadro, achado em Roma entre as propriedades artísticas da Companhia de Jesús, está sendo estudado e os especialistas "ficaram fascinados com a obra". A tela, chamada "Martírio de San Lorenzo", mostra uma jovem deitada sobre uma mesa envolvida em chamas, com a boca aberta, expressão de dor e a mão estendida em busca de ajuda.

Para o "L'Osservatore Romano", a obra tem claras semelhanças com outros quadros do pintor de tema religioso, como "Conversão de São Paulo" e "Martírio de São Mateus".

Fonte: EFE, no Vaticano

Foto: Gregorio Borgia/AP

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Arbitragem x Tecnologia: Inimigos íntimos

Fim de Copa, Espanha campeã e uma única certeza: a arbitragem não foi tão desastrosa quanto se andou comentando. O que acontece é que nunca a tecnologia foi tão longe nesse negócio de filmar os detalhes da partida. Nunca antes se teve tanto acesso a tantos e tão visíveis ângulos de um mesmo lance. Para quem assiste na TV fica parecendo que o juiz e os bandeirinhas são cegos e surdos, mas entra em campo e comanda a arbitragem com milhares de vuvuzelas cantando e a pressão do mundo inteiro em cima e depois me diz se é tão fácil quanto parece.

Por um lado, a tecnologia digital só falta nos permitir participar do jogo, mas pro outro ficam ainda mais patentes as falhas humanas de quem conduz a arbitragem. Nesse caso, o jeito é tentar errar o menos possível para o foco não se desviar da partida e cair no trio de arbitragem. 

Agora falando da Espanha, não vou dizer que gostei da final, pois o resultado era demais previsível. A Espanha tinha mais time e força. Mas o que me chamou a atenção foi a raça dos holandeses. Na maioria dos lances, a sola das chuteiras dos caras é que cantou mais alto, mas o que gostei mesmo foi de ver os holandeses inteiros no ataque, no final da prorrogação, tentando e tentando o empate pra tentar a loteria dos penâltis. Não deu! Espanha campeã e fim de papo.

Volto a dizer: a Copa da África não foi a dos meus sonhos. O nível técnico foi estupidamente baixo e somente em algumas partidas tive prazer em ver futebol. Aquele Eslovênia 3 x 2 na Itália foi excelente. Uruguai x Gana foi dos mais bonitos jogos que já vi em Copas e o jogo em que a Celeste foi desclassificada também. Do Brasil não posso destacar qualquer dos cinco jogos. O time teve míseros momentos de lucidez e realmente não mereceu chegar às semi. Quem sabe uma boa preparação e um bom elenco em mãos possa dar ao próximo treinador condições de disputar o título com mais diginidade.

E bola pra frente que o Brasileirão vai recomeçar. Não é grande coisa, mas distrai que é uma beleza naquelas tardes quentes e sonolentas de domingo.

Câmbio

Sérgio Augusto

Editor da Academia da Palavra

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Luto rubro-negro

Quando o Flamengo era O TIME, isso por volta de 1980, quando ganhou o Mundial de Clubes em Tóquio, enfiando 3 x 0 no Liverpool, eu tinha meus cinco anos de idade. Talvez por isso comecei a torcer pelo rubro-negro, que era o melhor do mundo. Cresci, portanto, vendo os shows de bola de Zico, Adílio, Júlio César, Júnior, Andrade, Leandro, Rondinelli, Tita, Lico, Nunes, Cláudio Adão e companhia ilimitada. E, justamente porque os esquadrões do futebol não são eternos, parei de torcer entusiasticamente pelo Mengo por volta de 1993, quando a geração de Júnior, Charles Guerreiro, Marcelinho Carioca, Djalminha e Paulo Nunes deixava o clube e ia cantar em outra freguesia.

Abro aqui um parêntesis, às vésperas da final da Copa da África, para comentar a decepção desse time atual, que veste o Manto Sagrado rubro-negro. Não bastasse perder o Cariocão e a Libertadores desse ano, o time ainda está cheio de maus elementos. O que dizer de Adriano posar pra fotos empunhando metralhadora, como um reles traficante? E Vágner Love dançando em baile funk cercado de traficantes no morro?

Pra completar a quadrilha, o goleiro Bruno, titular absoluto e quase dono do time, me apronta uma dessas: manda matar uma ex-amante, mãe de filho dele. Trucidaram a coitada, estrangularam, cortaram o corpo em pedaços e deram aos cachorros e o cara ainda assistiu a tudo. É justo um tipo dessa estirpe defendendo o gol que já foi de Raul Plassman, Baldo Fillol, García, e mais recentemente Júlio César? Definitivamente, o presídio é pouco pra esse elemento. Podem me chamar de radical, mas crimes como esse deveriam ter julgamento sem defesa, só com promotoria. Lógico que todos têm direito à defesa, mas e quem é torturado, morto e vira comida de cachorro, também não teria direito de se defender?

O Flamengo é maior que traficantes, assassinos e outros marginais da mesma espécie. Já esteve no topo do mundo e, que eu lembre, jamais vi um Zico, um Júnior, um Leandro, acusados de assassinato ou envolvimento com traficantes. É por isso que eu digo que gente como esse goleiro não deveria ter oportunidades na vida. Quem premedita um crime bárbaro desses sequer deveria andar pelas ruas, como cidadão de bem. É isso!

Sérgio Augusto

Editor da Academia da Palavra

terça-feira, 6 de julho de 2010

Guerreiros celestes

O Uruguai também tá fora da Copa da África mas de uma coisa ninguém pode duvidar: é o time mais raçudo do torneio. Como esquecer aquele jogo contra Gana, quando o atacante uruguaio preferiu meter a mão na bola em cima da linha, ser expulso, mas evitou o gol que certamente eliminaria a Celeste? Nos penâltis, o Uruguai venceu Gana e mostrou o que é gana de verdade.

Nesse jogo de hoje confesso, como brasileiro, que bateu uma ponta de inveja da alma uruguaia. Levaram o primeiro da Holanda, empataram, levaram o segundo, o terceiro, descontaram, e, até o último segundo de jogo, foram pra cima, pressionaram, pressionaram, mas dessa vez não deu. Honrou como poucos o país que defende!

Parabéns atletas uruguaios. Dá vontade de torcer quando se vê esses guerreiros em campo.

Sérgio Augusto

Editor da Academia da Palavra

domingo, 4 de julho de 2010

Arriba Uruguai!

Tô começando a achar que o pé de gelo do Mick Jagger respingou por aqui. Cada vez que o cara vai e torce para uma seleção na Copa da África, essa seleção vai pro vinagre. Pô, torci pra Brasil, Argentina e Paraguai, na sequência, e os três já tão voltando pra casa mais cedo. Daqui a pouco é a vez do Uruguai. Mas não desisto não, hehe. A Celeste vai ganhar e chegar nas semi. Algum sul-americano tem que ser finalista, é ou não é rapaziada?

Sérgio Augusto

Editor da Academia da Palavra

sexta-feira, 2 de julho de 2010

E não é que o verde e amarelo alaranjou?

O Brasil tá fora da Copa e não sem avisos dos secadores e pseudo-especialistas-de-época-de-copa-de-plantão. Levou virada de um timeco chamado Holanda e até agora não se consegue explicar onde começou o erro. Lá pelas tantas me vem o Galvão Bueno e fala em "situação que vinha se desenhando há meses", no caso do Felipe Melo perder a cabeça no momento mais importante. Perdeu cabeça, tronco e membros. Foi triturado pela inexperiência de quem dá show em jogo amistoso e leva o maior "caldo" na hora do "vamo vê".

Me desculpem as expressões tão de arquibancada, mas só assim pra desabafar tanta frustração. Bem, como consolo dá pra lembrar da seleção do Parreira na Alemanha em 2006. Sim, aquela que levou gol da França, baixou a cabeça e quase pediu desculpas por existir. O time do Dunga pelo menos lutou e foi pra cima em busca do empate. Sem a categoria e o talento de Zico e Cia depois que levaram o terceiro da Itália em 82 e quase empataram aos 45 do segundo tempo, naquela cabeçada do Oscar que o Dino Zoffi agarrou em cima da linha. O time inteiro perdeu a cabeça hoje. Além de tronco, membros e cérebros. Se perdesse o bolso, aí é que eu queria ver o que aconteceria...(aí a viagem tá ficando pesada, né rapaziada?)

Nessas horas é que o teimoso sofre duplamente. Sofre na primeira, por ter que contrariar todo mundo em troca de um sentimento qualquer de orgulho; e sofre na segunda, quando a opinião que levanta como uma bandeira sem céu ao fundo se esfarela no vão do fracasso (não acredito! Até poesia já tô fazendo agora).

Pois o Dunga contrariou toda a nação, não levou Ganso, Neymar, Ronaldos, Adrianos e outros beberrões do mesmo quilate para dar chance a Josué, Michel Bastos, Gomes, Gilberto sei-lá-o-que (não é o Silva) e um punhado de outros pernas-de-pau. Por contusão perdemos Elano, hoje Felipe Melo foi expulso e não tínhamos, no banco de reservas, um único jogador macho que chamasse a responsa e dissesse pro Dunga: "Professor, me ponha dentro que eu resolvo".

Falando em Michel Bastos, adoraria saber como um sujeito desses consegue se profissionalizar em futebol. Cara, durante os 5 jogos na África do Sul não vi esse ala acertar um mísero cruzamento, nem fazer uma única triangulação, nem puxar um contra-ataque, além das faltas, faltas, faltas e cartões que parece ter feito questão de levar. Nem sei quantos foram, mas o de hoje foi idiota e por muito pouco não levou um avermelhado nas fuças.

Sabem o que vou fazer agora? Vou torcer é pra Argentina. Sem essa de rivalidades e outras picuinhas. Os caras ganham a mesma fortuna que os brasileiros e querem, além do dinheiro, ganhar a Copa. Aliás, me digam aí quem é o craque dessa Copa?

Messi, Cristiano Ronaldo, Kaká, Drogba, Hooney, Robben? Tirando o Messi, que ainda faz boas jogadas com a alvi-azul, o Ronaldo português é aquilo mesmo que o Casagrande falou: suas jogadas em replay são maravilhosas, mas jogando ao vivo é uma calamidade. Só marketing, comerciais e quem sabe filmes no cinema, mas jogar que é bom...nada. Aliás, bacalhau também nada né? (Perdão patrícios, também sou descendente portuga viu?)

Drogba e Robben? Que é isso? o africano só fez uma ou outra jogada, um ou outro gol, um deles no Brasil, e só. O Robben é o holandês que só puxa para o meio e chuta de esquerda e olhe lá. Nada além de uma ilusão.

Mas o que me decepcionou mesmo foram as atuações de Wayne Hooney e Kaká. Hooney era apontado, no começo do ano, como o provável cracaço da Copa. Fazia e acontecia pelo Manchester, era chamado de "Pelé branco" e outras heresias. Bastou a Jabulani rolar na África pro cara mostrar a que veio: nada (aqui nem rola mais bacalhau, que já tá frito!).

E o Kaká? Expulso infantilmente contra a Costa do Marfim. Entrou na provocação do adversário, apanhou feito ladrãozinho no xadrez e ainda foi pro chuveiro mais cedo. Pro cara que joga há anos na Europa deixar-se envolver assim é, no mínimo, coisa de criança. Outro candidato a craque que, talvez em 2014, faça a diferença, ou a indiferença, sei lá. Ele repetiu o que o Ronaldinho Gaúcho fez em 2006: amarelou. Um amarelo mais amarelo que o amarelo da camisa brasileira.

Na boa, quer saber quem é o craque da Copa? Ele nem entra em campo e chama-se Diego Armando Maradona. Dá verdadeiros shows na beira do campo, faz milhões de caras e bocas, provoca todo mundo nas coletivas e ainda agradece a Deus quando ganha. Dieguito é o showman que tanto faz falta dentro de campo. Politicamente incorreto? Prepotente? Maldito? Chamem do que quiserem que ele gosta é de tumulto mesmo. Não fosse assim nem teria vindo ao mundo. E tome bolada em brasileiros, franceses, alemães e quem mais se meter a besta. Esse é O CARA.

Finalizando, daqui há quatro anos a ilusão volta, o sonho já cinco vezes realizado também e a possível vitória agora em solo brasileiro. Com ou sem Jabulani, o jeito agora é se contentar com Ronaldo, Vagner Love, Washington e os trombadores de plantão do Brasileiro, que vai recomeçar assim que o Mundial acabar.

Câmbio, desligo!

Sérgio Augusto

Editor da Academia da Palavra

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A Copa do faz-de-conta

Definitivamente a Copa da África é a pior de todos os tempos em termos técnicos. Tenho só 35 e só passei a acompanhar o torneio de 82 pra cá, mas pelo que já assisti nas coletâneas, reafirmo o que digo acima. Pensei que não haveria um mundial mais burocrático e fraco que o de 1990, na Itália, mas me enganei. Além de ser a Copa dos pernas-de-pau, essa ainda vem a ser a Copa do marketing temperado com sangue. É sério rapaziada! Já viram quantos jogadores saíram de campo sangrando na cara, nas pernas, etc? Acabo de assistir Portugal 7 x 0 Coréia do Norte e mesmo assim não me convenço da qualidade desse futebol.

Dia desses contei quantos passes algumas seleções trocam antes de errar o fundamento. A Itália, no jogo contra a Eslovênia, não deu três passes seguidos sem errar. Eu disse três passes seguidos (?). Quando penso que na Itália jogam alguns dos melhores e mais caros jogadores do mundo, chego à conclusão de que o futebol faliu mesmo.

O Brasil já passou a duras penas pela Coréia (2 x 1) e também pela Costa do Marfim (3 x 1). Só pelo fato de ter enfiado três na Costa do Marfim já li nas manchetes algo como "futebol-arte". Pelo jeito não sabem mais o que é futebol-arte. Dá uma conferida no que os Meninos da Vila fizeram no Paulistão dessa ano e aí sim terão algo que chegue perto dessa classificação. Falo com categoria que os santistas chegam a 30% do que seria o futebol-arte e olhe lá.

Me pergunto ainda como "seleções" a exemplo da Costa do Marfim, Eslovênia, Sérvia se classificam pra disputar uma Copa? O nível é muito ruim, pior que futebol amador. E não venham jogar a culpa na tal da Jabulani, a bola oficial do torneio, que na rua onde cresci a gente jogava é com a Chuveirinho e a Dente-de-Leite mesmo e, modéstia à parte, era cada jogão....O famoso e saudoso "racha canela" dos meus tempos de moleque, hehehe.

Mas deixa pra lá. Sou mesmo um sonhador que ainda acredita no futebol de categoria, o que está em extinção. Se Cristiano Ronaldo, Kaká (foto - divulgação), Drogba e Hooney são os deuses da bola, eu jogo a toalha. Prefiro o Brasileirão e as trombadas de Washington, Fred, Vágner Love, Ronaldo, Robert e mais uns e outros, além de Ganso, Neymar, André, Madson e o Robinho, claro, o único que ainda se esforça nesse timeco do Dunga.

E vamo lá que o show não pode parar.

Sérgio Augusto



Editor da Academia da Palavra