quinta-feira, 8 de julho de 2010

Luto rubro-negro

Quando o Flamengo era O TIME, isso por volta de 1980, quando ganhou o Mundial de Clubes em Tóquio, enfiando 3 x 0 no Liverpool, eu tinha meus cinco anos de idade. Talvez por isso comecei a torcer pelo rubro-negro, que era o melhor do mundo. Cresci, portanto, vendo os shows de bola de Zico, Adílio, Júlio César, Júnior, Andrade, Leandro, Rondinelli, Tita, Lico, Nunes, Cláudio Adão e companhia ilimitada. E, justamente porque os esquadrões do futebol não são eternos, parei de torcer entusiasticamente pelo Mengo por volta de 1993, quando a geração de Júnior, Charles Guerreiro, Marcelinho Carioca, Djalminha e Paulo Nunes deixava o clube e ia cantar em outra freguesia.

Abro aqui um parêntesis, às vésperas da final da Copa da África, para comentar a decepção desse time atual, que veste o Manto Sagrado rubro-negro. Não bastasse perder o Cariocão e a Libertadores desse ano, o time ainda está cheio de maus elementos. O que dizer de Adriano posar pra fotos empunhando metralhadora, como um reles traficante? E Vágner Love dançando em baile funk cercado de traficantes no morro?

Pra completar a quadrilha, o goleiro Bruno, titular absoluto e quase dono do time, me apronta uma dessas: manda matar uma ex-amante, mãe de filho dele. Trucidaram a coitada, estrangularam, cortaram o corpo em pedaços e deram aos cachorros e o cara ainda assistiu a tudo. É justo um tipo dessa estirpe defendendo o gol que já foi de Raul Plassman, Baldo Fillol, García, e mais recentemente Júlio César? Definitivamente, o presídio é pouco pra esse elemento. Podem me chamar de radical, mas crimes como esse deveriam ter julgamento sem defesa, só com promotoria. Lógico que todos têm direito à defesa, mas e quem é torturado, morto e vira comida de cachorro, também não teria direito de se defender?

O Flamengo é maior que traficantes, assassinos e outros marginais da mesma espécie. Já esteve no topo do mundo e, que eu lembre, jamais vi um Zico, um Júnior, um Leandro, acusados de assassinato ou envolvimento com traficantes. É por isso que eu digo que gente como esse goleiro não deveria ter oportunidades na vida. Quem premedita um crime bárbaro desses sequer deveria andar pelas ruas, como cidadão de bem. É isso!

Sérgio Augusto

Editor da Academia da Palavra