terça-feira, 13 de abril de 2010

A extinção inglória dos dinossauros de plantão

Fala-se muito hoje em gestão de pessoas, potencialização de resultados, superação de metas, liderança e outros termos que tais. E diante de tantas novidades e palavreados bonitos, percebo algo interessante e, acima de tudo, importante: os chefes intimidadores, chantageadores e que se acham acima do bem e, especialmente, do mal, estão com os dias contados e sua extinção tem tudo pra ser tão inglória quanto a dos dinossauros.

É verdade! Tem muito incompetente por aí que, por ter um cargo de chefia, acredita que vai viver na impunidade a vida inteira. As escolas e universidades, por outro lado, já preparam os alunos para não aceitar constrangimentos vindos do "andar de cima" e a geração que chega ao mercado, por sua vez, já bate de frente e desafia esses dinossauros. O clima fica pesado, é verdade, mas isso já demonstra que o cara que não tratar de se reciclar tende a sumir como a inútil poeira que depois de se misturar a outras substâncias se torna a chuva ácida.

Tive um chefe que certa vez me disse uma frase até hoje inesquecível, uma verdadeira lição de vida: "Sérgio, eu sei que o salário que lhe pago não é o melhor do mundo. Mas você é pago para isso, para pensar". É claro que o repórter aqui ficou lisonjeado; imagina o meu "drama": posso me dar ao luxo de pensar (o que é privilégio de poucos) e ainda ser pago pra isso! Talvez tenha dito isso para menosprezar, mas o efeito foi contrário. E hoje a empresa dele está parada no tempo e no espaço; todas as outras concorrentes que vieram depois cresceram, enquanto aquela, há muito, teima em acreditar que ainda existe. É a vida, irmão. É a vida.

Portanto, os intimidadores de plantão que abram os olhos, pois além de ultrapassados, não deixam boas lembranças ou impressões naqueles que comandam. Bola pra frente rapaziada, e vamos tratar de abreviar, de uma vez, a vida útil desses animais caquéticos.

Saudações

Sérgio Augusto

Editor da Academia da Palavra