terça-feira, 21 de setembro de 2010

Estudo garante: cyberbullying é pior que agressão real

A intimidação virtual pode causar mais problemas às vítimas do que espancamentos ou ofensas pessoais, reportaram pesquisadores norte-americanos. E ao contrário das pessoas que praticam bullying na vida real, as que o fazem virtualmente parecem menos deprimidas que suas presas, constatou a equipe do National Institutes of Health. Jing Wang, Tonja Nansel e Ronald Iannotti, do National Institute of Child Health and Human Development, parte do NIH, analisaram dados sobre uma pesquisa internacional de 2005 e 2006 que incluía 4,5 mil adolescentes e pré-adolescentes norte-americanos.

Eles responderam a perguntas específicas sobre sentimentos de depressão, irritabilidade, mau humor e dificuldades de concentração, e também a questões específicas sobre terem recebido agressões físicas, xingamentos, rejeição ou mensagens negativas via computador ou celular – ou feito coisa parecida a terceiros. “Ao contrário do bullying tradicional, que em geral envolve confronto face a face, as vítimas de intimidação virtual não são capazes de ver ou identificar quem as agride,” escreveu a equipe de Iannotti em estudo publicado pelo Adolescent Health.

“Por isso, é mais provável que se sintam isoladas, desumanizadas ou impotentes no momento do ataque,” acrescenta o texto. Os agressores físicos e verbais são eles mesmos deprimidos, em muitos casos. Mas embora exista pouca diferença nos níveis de depressão entre os agressores físicos e suas vítimas, a equipe do NIH constatou que as vítimas de intimidação virtual reportavam níveis de depressão significativamente mais altos que os dos praticantes frequentes de intimidação.

A questão da intimidação pode ter dimensões políticas – prejudica o aprendizado e pode reduzir a média de uma escola nos testes de avaliação. As escolas norte-americanas estão sob pressão cada vez maior para elevar seus resultados e demonstrar melhoras regularmente. No ano passado, a mesma equipe constatou que mais de 20 por cento dos adolescentes norte-americanos que estão na escola haviam sofrido intimidação física ao menos uma vez nos dois meses precedentes, 53 por cento sofreram intimidação verbal, 51 por cento foram intimidados socialmente por meio de exclusão ou ostracismo e 13,6 por cento foram intimidados por via eletrônica.

Fonte: Reuters

Foto: REX

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Federer e Nadal arrebatam mais de 90% dos Grand Slams

Em julho de 2005, Rafael Nadal conquistou o troféu de Roland Garros pela primeira vez. Nascia ali uma polarização nos Grand Slams. Desde então, foram disputados 23 finais dos principais torneios do tênis, e apenas duas não foram vencidas pelo espanhol número 1 do mundo ou pelo suíço Roger Federer. Eles ganharam, juntos, 91,3% dos títulos de Grand Slams no período.

Roger Federer conquistou 12 títulos de Grand Slams desde 2005. Foram três no Australian Open, um em Roland Garros, quatro em Wimbledon e quatro no US Open.Rafael Nadal levantou nove troféus: cinco de Roland Garros, dois de Wimbledon, um do Australian Open e um do US Open.

Novak Djokovic e Juan Martín Del Potro foram os únicos tenistas a conseguirem a façanha de interromper a sequência dos multicampeões. O sérvio conquistou o Australian Open de 2008, derrotando o francês Jo-Wilfried Tsonga na final. O argentino bateu Federer na final do US Open de 2009. Um outro tenista aparece de na lista dos títulos de Grand Slam nos últimos cinco anos, mas antes de Nadal ganhar seu primeiro. O russo Marat Safin conquistou o Australian Open de 2005, derrotando o australiano Lleyton Hewitt na final.

A supremacia dos dois tenistas é traduzida no ranking da ATP. Roger Federer terminou no primeiro lugar em 2005, 2006, 2007 e 2009, anos em que Nadal ficou na segunda posição. Em 2008, o espanhol conseguiu o lugar mais alto, com o suíço na vice-liderança.

Fonte: Globo Esporte.Com


Foto: Divulgação

domingo, 12 de setembro de 2010

Cinema perde Claude Chabrol, ícone da Sétima Arte

Claude Chabrol, um dos mais proeminentes cineastas franceses e pioneiro do estilo Nouvelle Vague que revolucionou o cinema da França, morreu no domingo (12/09/10) aos 80 anos, segundo a Prefeitura de Paris. As causas da morte não foram divulgadas. Chabrol, considerado um dos produtores-chave da cinematografia francesa, nasceu em 24 de junho de 1930. Ele foi diretor, produtor e crítico do "Cahiers du cinéma".

Entre os filmes de Chabrol estão alguns dos mais destacados do cinema francês, como "Nas Garras do Vício", "Violette Nozière", "O Açougueiro" e "A Teia de Chocolate". Crítico de cinema, assim como Godard e Truffaut, da então influente revista Cahiers du Cinema, seu primeiro filme foi considerado um dos percussores da Nouvelle Vague em 1958. No ano seguinte, ele ganhou o Urso de Ouro do Festival de Berlim por Os Primos.

Chabrol foi indicado duas vezes para a Palma de Ouro de Cannes, por Violette (1978) e Frango ao Vinagrete (1985). Em 2009, ele dirigiu "Bellamy" e suas últimas obras foram dois capítulos de "Au siècle de Maupassant: Contes et nouvelles du XIXème siècle". Um tema recorrente em seus filmes é a tensão entre a chamada repressão burguesa e alguma expressão de violência que se forma por baixo da superfície.

A notícia de sua morte foi recebida com pesar pelo mundo cultural francês. "Toda vez que um diretor desaparece, um jeito particular de olhar o mundo e expressar nossa humanidade é perdido para sempre", disse a Associação de Diretores de Cinema da França, em comunicado.

Fonte: Agências internacionais


Foto: Divulgação