segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Pai do megaempresário Eike Batista vira tema de filme

Eliezer Batista, 85 anos, pai do empresário Eike Batista, 53, reuniu a família e personalidades na sessão especial do documentário Eliezer Batista - O Engenheiro do Brasil, no cinema do Palácio da Cidade, no Rio de Janeiro. O filme, do cineasta Victor Lopes, 45, mostra, por meio de depoimentos de parentes, amigos, políticos e empresários, a trajetória do engenheiro e administrador de empresas.

''Não deu para segurar as lágrimas ao ver, compilada em 84 minutos, a história de vida de uma pessoa que sempre pensou grande. Aprendi com meu pai, que é três gerações antes da minha, a pensar um Brasil 100 anos à frente'', afirmou Eike. Também assistiram ao filme, em primeira mão, os filhos do homenageado: Dietrich, Werner e Lars. Seus outros três herdeiros, Harald, Helmut e Mônica, também frutos de seu casamento com Jutta Fuhrken - já falecida -, não puderam comparecer.

Ao lado da atual mulher, Inguelore Scheunemann, 58, Eliezer recebeu os cumprimentos de amigos, como o cineasta Cacá Diegues, 69, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, 40, e o sociólogo Paulo Henrique Cardoso, 55. ''Gostaria que os jovens percebessem as muitas oportunidades que o país tem e fizessem como os meus filhos, que seguem o projeto que sempre persegui, o de melhorar a qualidade de vida dos brasileiros'', declarou o engenheiro, que já foi presidente da Companhia Vale do Rio Doce e ministro de Minas e Energia.

Fonte: Carlos Ramos

Genética no SUS ainda é promessa

A política de atenção em genética no Sistema Único de Saúde (SUS) deveria ter saído do papel há pelo menos nove meses. A proposta era organizar e ampliar os serviços já existentes na rede pública para atender três grupos de doenças: anomalias congênitas, erros inatos do metabolismo e deficiência mental de causa genética. Prevista para ser publicada em fevereiro, a regulamentação que colocaria a ideia em prática ainda não saiu. O alto custo do tratamento de algumas doenças pode ser um dos motivos da demora.

Quando a portaria que oficializou a inclusão do serviço foi publicada, em janeiro deste ano, o então responsável pelo assunto no ministério, Joselito Pedrosa, afirmou que até o fim de 2009 pelo menos dez centros de referência em genética já estariam em funcionamento. Sua substituta, Inez Gadelha, diz que nem a regulamentação da portaria fica pronta antes de 2010.

O texto que detalha como vai funcionar a atenção genética no SUS foi elaborado por um grupo de trabalho montado pelo ministério há cinco anos. Inez, no entanto, afirma que essa proposta é impossível de ser colocada em prática. “Há uma variedade imensa de doenças e faltam recursos humanos. Existem apenas 200 especialistas em genética no País. É preciso criar critérios para o tratamento de cada doença e mobilizar pessoas, dizer o que cada um vai fazer”, diz.

A alegação é contestada pelo presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica, Salmo Raskin, que participou do grupo de trabalho. “O texto, pronto há dois anos, traz todos os protocolos necessários para diagnóstico e tratamento das principais doenças genéticas. O que tem ali é mais do que suficiente para dar início ao atendimento. À medida que forem surgindo detalhes, o ministério pode publicar portarias complementares”, defende.

Para Raskin, é impossível combater a falta de especialistas sem a implantação da atenção genética no SUS. “Se não houver financiamento do governo e demanda na área de genética, não haverá interessados pela especialidade”, analisa.

Fonte: Estadão

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

André Sá vai compor dupla com tenista romeno em 2010

Depois anunciar o fim da parceira com Marcelo Melo para a temporada 2010, o tenista brasileiro André Sá divulgou nesta quinta-feira que formará dupla com o romeno Horia Tecau na próxima temporada. Tecau, 24, é o atual número 46 do ranking de duplas da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). André Sá, 32, ocupa a 44ª colocação.

"Ele [Tecau] é jovem e tem um bom saque. Acredito que temos tudo para dar certo", disse Sá, que explicou como foi feito o acordo. "Conversamos logo após o último torneio na Suíça, há três semanas, e ele se interessou em jogar algumas partidas comigo. Retomamos o contato nesta semana e fechamos a parceria", falou o brasileiro.

Fonte: Folha Online

Avaliação da mutação do vírus da Gripe A é impossível, diz OMS

O assessor especial sobre a pandemia de gripe suína da OMS (Organização Mundial da Saúde), Keiji Fukuda, afirmou nesta quinta-feira que a entidade ainda não pode avaliar a importância das mutações detectadas, desde abril passado, no vírus A (H1N1). "Neste momento, não podemos afirmar com contundência se as mudanças e mutações detectadas no vírus da nova gripe em vários países são fundamentais, se significam uma mudança significativa ou se vai piorar. Não temos certeza, e precisamos de mais informação", disse Fukuda, em teleconferência com jornalistas.

Nas últimas semanas, vários países, incluindo o Brasil, detectaram mutações do vírus da nova gripe em pacientes infectados e com sintomas graves. "Precisamos identificar a mutação e, sobretudo, ter a imagem clínica, saber se o vírus modificado é mais severo ou não", disse.

Vacina

Em relação à vacinação e às reações alérgicas detectadas, especialmente no Canadá, Fukuda disse --categórico-- que "são normais e nada incomuns". "Os índices de efeitos colaterais registrados são totalmente normais e estão em consonância com as reações adversas que acontecem com a vacina contra a gripe sazonal".

Além disso, lembrou que foram administrados cerca de 100 milhões de doses em aproximadamente 40 países e que, na imensa maioria dos casos, não foram detectados efeitos colaterais. "Os seis casos registrados no Canadá foram de um mesmo lote de vacinas administradas a mais de 100 mil pessoas que não desenvolveram nenhum sintoma. Portanto, devemos acreditar que os efeitos colaterais têm a ver com as condições prévias das pessoas e sua exposição ao vírus", afirmou.

O assessor especial acrescentou que "devemos comemorar a rápida detecção e retirada do lote realizadas entre o governo e a empresa". Em referência à pandemia em geral, Fukuda disse que ainda não é possível afirmar que tenha chegado ao auge no hemisfério norte. Além disso, não quis fazer avaliações sobre como o vírus está atuando em geral no hemisfério norte, já que todo o inverno ainda está por vir na região. Fukuda também mencionou os casos de resistência aos antivirais, em sua maioria, em pessoas com problemas graves de imunodeficiência.

Fonte: EFE

Doze anos após sua morte, Paulo Freire é anistiado e viúva vai receber indenização

A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça considerou nesta quinta-feira, por unanimidade, o educador pernambucano Paulo Freire como anistiado político. Com isso, a viúva de Freire receberá uma indenização de 480 salários mínimos, desde que respeitado o teto de R$ 100 mil. A audiência pública foi realizada como parte da Caravana da Anistia, durante o Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, promovido pelo Ministério da Educação, em Brasília.

"Estamos caracterizando o pedido de desculpas oficiais pelos erros cometidos pelo Estado contra Paulo Freire", declarou o presidente da comissão, Paulo Abrão, ao final da sessão. Ele considera que há ainda muito a fazer, uma vez que há suspeitas de que arquivos, principalmente dos serviços de inteligência das Forças Armadas, ainda não tenham sido entregues ou tenham sido destruídos.

Segundo ele, os documentos de inteligência encontrados queimados na Base Aérea de Salvador são uma prova de que há ainda muitos arquivos não abertos "apesar de que, tecnicamente, todos devessem estar [abertos] desde o Projeto Memórias Reveladas, criado pela Casa Civil", disse Abrão. "Nesse aspecto, Chile, Paraguai, Argentina e Uruguai estão muito melhores do que o Brasil", acrescentou.

"Ainda que esses documentos apresentem uma visão deturpadora da realidade, eles são necessários para fazermos justiça com as tantas vítimas da ditadura brasileira", disse o presidente da comissão após a sessão pública que anistiou o educador. Para a viúva, Ana Maria Araújo, a ditadura atingiu "violentamente e com malvadeza" o exilado, destruindo sua natureza, seu corpo e sua cidadania. "Paulo Freire, sua cidadania foi retomada como você queria, e proclamada como você merecia", disse em tom emocionado.

Em meio ao discurso de Ana Maria, um grito vindo da plateia composta majoritariamente por professores e pedagogos puxou aplausos: "Paulo Freire não morreu nem nunca morrerá". "A partir do resultado [a que chegou a comissão, de considerar Paulo Freire anistiado político], encaminharemos nossa decisão ao ministro da Justiça, que expedirá, caso concorde com ela, uma portaria no 'Diário Oficial', declarando ele como anistiado. No documento constará, também, seus direitos", afirmou Abrão.

"E, com a portaria, o Ministério do Planejamento fica obrigado a colocar a previsão do pagamento aos familiares. Acredito que a portaria será publicada ainda neste ano", reiterou. Segundo a viúva de Freire, há cerca de 340 escolas no Brasil, na maioria municipais, com o nome do marido. "Pretendo continuar fazendo o que ele me pediu em testamento: publicar aquilo que é inédito e cuidar dos livros já publicados."

Regime autoritário

Freire foi um dos primeiros brasileiros a ser punido pelo regime autoritário, após o golpe de 1964. Ele identificou na alfabetização um processo de libertação dos oprimidos e de conscientização. Demitido, preso e exilado, o educador morreu em 1997. "Anistiar Paulo Freire é libertar o Brasil da cegueira moral e intelectual que levou governantes a considerarem inimigos da Pátria educadores que queriam libertar o país do analfabetismo", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A partir da experiência em Angicos (RN), em 1963, quando 300 trabalhadores foram alfabetizados em 45 dias, o "método Paulo Freire" consolidou-se como revolucionário e passou a influenciar o pensamento pedagógico em vários países. O método seria levado a todo o país com o Programa Nacional de Alfabetização, coordenado por Freire e instituído pelo Ministério da Educação em janeiro de 1964. Menos de três meses depois, porém, a iniciativa foi extinta --eram os primeiros dias do regime militar

Anistia

Desde abril de 2008, a Caravana da Anistia percorreu 16 Estados e julgou mais de 500 processos. Criada em 2002, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça já recebeu 65 mil requerimentos de anistia política --foram julgados quase 54 mil processos e cerca de 35 mil foram deferidos. Em apenas um terço dos casos aprovados, há também reparação econômica por comprovados danos morais ou materiais.

Fonte: Agência Brasil e Folha de S.Paulo

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

IBGE registra recorde de divórcios em 2008

O número de divórcios no país, em 2008, acompanhou a tendência dos últimos anos e foi recorde, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dentro das "Estatísticas do Registro Civil 2008". Foi registrada a concessão de 188 mil divórcios no ano passado, recorde na série verificada desde 1984.

A taxa de divórcio chegou a 1,5%, também a maior do período analisado. Já o número de separações judiciais concedidas somou 102.813, o que significou uma taxa de 0,8%, proporção que vem ficando estável nos últimos quatro anos. A separação judicial prevê a dissolução do compromisso entre marido e mulher, mas não permite um novo casamento civil ou religioso. O divórcio é a dissolução do casamento, permitindo às partes o direito de um novo casamento civil ou religioso.

Para o IBGE, a elevação do número de divórcios em relação ao de separações, nos últimos dez anos, ratifica a aceitação do divórcio e reflete a ampliação do acesso aos serviços de justiça referentes ao tema. A possibilidade de haver divórcios nos tabelionatos foi outro fator que contribuiu para esse aumento, acrescenta o instituto.

Do total concedido, 70,1% foram divórcios diretos, ou seja, são aqueles que não foram resultantes de conversão da separação judicial ou do desquite. Já entre as separações judiciais, 76,2% foram consensuais. As separações de natureza não consensual são, na maioria dos casos, pedidas pelas mulheres. Em 2008, 71,7% desses processos tiveram a mulher como requerente.

Em 2008, os homens se divorciaram, em média, aos 43 anos. Já as mulheres tinham, em média, 40 anos. Em termos de separação, a idade média masculina foi de 39 anos, e a das mulheres ficou em 35 anos. Do total de divórcios concedidos que envolviam a guarda de filhos, em 88,7% dos casos a responsabilidade pelas crianças ficou com a mulher.

Fonte: Cirilo Júnior/Folha Online

A crise continua: Washington Post fecha mkais três escritórios nos EUA

O jornal "The Washington Post" anunciou nesta terça-feira (24) o fechamento de três de seus escritórios nos Estados Unidos em uma tentativa de atenuar os efeitos da crise econômica. Em seu site, o jornal informou que a medida afetará seis de seus correspondentes em Nova York, Los Angeles e Chicago, que serão alocados a novos postos na capital.

A medida foi anunciada após quatro rodadas de reduções de pessoal e da combinação e redução das seções do diário. "O fato é que podemos cobrir efetivamente o resto do país desde Washington", indicou o diretor editorial do matutino, Marcus Brauchli, em Nova York. "Agora é mais possível que nunca cobrir temas que interessam a nossos leitores desde uma perspectiva de Washington."

O editorial do diário, The Post Co., que inclui a outras publicações menores, perdeu US$ 166,7 milhões nos três primeiros trimestres deste ano, segundo o anúncio na internet. O problema foi evidente para os leitores nos últimos meses, que viram que o diário conta com um número de páginas cada vez menor. No marco de seu plano de austeridade forçada por seus problemas econômicos, o jornal já tinha fechado seus escritórios em Austin (Texas), Denver (Colorado) e Miami (Flórida).

Fonte: EFE

"Jazz Samba", de Stan Getz, entra para o Hall da Fama do Grammy

O disco "Jazz Samba", no qual os músicos Stan Getz e Charlie Byrd interpretam diversas canções da bossa nova, entrou para o Hall da Fama do Grammy. O anúncio foi feito ontem nos Estados Unidos. O álbum foi classificado na categoria jazz.

Lançado em 1962, "Jazz Samba" tem sete músicas, das quais seis são de compositores brasileiros. São elas: "Desafinado" e "Samba de uma Nota Só", ambas de Antônio Carlos Jobim e Newton Mendonça; "O Pato", de Jayme Silva e Neuza Teixeira; "Samba Triste", de Baden Powell e Billy Blanco; "É Luxo Só" e "Bahia", ambas de Ary Barroso. Completa o disco, a música "Samba Dees Days", composta por Charlie Byrd.

Reprodução

Outros cinco discos entraram para a lista do Grammy. O único de rock neste ano foi "Pearl", de Janis Joplin. Já na categoria reggae, passa a figurar "Catch a Fire", de Bob Marley & The Wailers. "Ella and Basie!", de Ella Fitzgerald e Count Basie, e "Louis Armstrong Plays W.C.Handy", de Louis Armstrong & His All-Stars, se classificaram na categoria jazz. "Class Clown", de George Carlin, entrou na categoria comédia.

Também se classificaram 19 músicas, como "As Times Goes By" (Dooley Wilson), "California Girls" (The Beach Boys), "Crazy He Calls Me" (Billy Holiday), "It's a Man's Man's Man's World" (James Brown), "Lazy River" (Louis Armstrong), "Riders on the Storm" (The Doors) e "Twist and Shout" (The Isley Brothers). Na categoria latina, a única que entrou foi "Feliz Navidad", de Jose Feliciano.

Hall da fama

Os discos e as músicas escolhidas representam, segundo a organização do Grammy, "os triunfos e conquistas da arte de gravar músicas". O Hall da Fama do Grammy foi criado em 1973 para homenagear gravações com pelo menos 25 anos que tenham "significado histórico ou qualidade duradoura". A seleção leva em conta diversos estilos musicais e a lista, assim como as gravações, ficam expostas no Museu do Grammy, em Los Angeles.


Fonte: Vitor Moreno/AP

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Bob Dylan para todas as gerações

Três lançamentos do velho Bob Dylan, 68, vão agitar várias gerações de fãs. Para os estudiosos de sua obra, a editora Larousse do Brasil lança um livrinho em formato de CD com todos os discos e todas suas músicas comentadas. É ótimo. Sai pela Martins Fontes uma versão ilustrada da música "Foverer Young", que Dylan compôs para o filho nenê em 1973. O desenhista Paul Rogers trabalhou um ano em cima da canção e ilustrou 14 painéis em que conta a história da música. "A letra é como uma oração pela vida de uma criança", contou Rogers à Folha. É fofo.

E há um mês saiu nos EUA o novo CD de Dylan, "Christmas in the Heart", 34º álbum de estúdio do compositor. Sem composições próprias, Dylan canta músicas tradicionais de feriado, com todo o dinheiro arrecadado doado para caridade. É Natal!

Bob Dylan para fãs

Dylan é o cara que compôs mais de 600 canções. E Brian Hinton é o cara que acaba de comentar todas elas. É disso que se trata, como diz o nome, "Bob Dylan - Gravações Comentadas & Discografia Completa", livro que sai agora pela Larousse na mesma coleção que já tem os Beatles e os Rolling Stones. É uma bela obra de referência. Além das histórias por trás das canções, Hinton reúne informações como datas de lançamento, encartes, produtores e sobras de estúdio.

O livro traz a capa de todos os discos, e cada álbum começa com uma introdução. Sobre "Blonde on Blonde" (1966), por exemplo: "Kris Kristofferson, que trabalhava como faxineiro dos estúdios na época, disse à "Uncut" que "aquelas foram as sessões mais incríveis que vi em Nashville. Bob ficava horas sentado ao piano compondo --enquanto os músicos jogavam pingue-pongue ou cartas. Aquele foi o comportamento mais estranho que o pessoal de Nashville presenciara, já que ele não gravava a maldita coisa até o sol nascer'".

Uma lista de discos piratas selecionados e de compactos completa a obra. O texto, em português de Portugal, às vezes atrapalha, mas não chega a comprometer. E o formato, de 14 cm x 14 cm, convida a guardar o livro no meio dos CDs.

Bob Dylan para crianças

Desenhista detalhista, com traços finos e elegantes, Paul Rogers foi contatado em 2007 pela editora Simon & Schuster. O editor tinha uma proposta fechada: que tal desenhar a canção "Forever Young" (jovem para sempre), que Dylan compôs em 1973 para seu filho mais novo, Jakob Dylan, que tinha três anos na ocasião?

Rogers criou uma historinha em que um garoto recebe um violão de presente e canta enquanto cresce. "A letra é como uma oração pela vida de uma criança; bons desejos pela vida toda. No começo, não sabia muito como fazer uma narrativa que coubesse nas letras. Até que cheguei na ideia de um menino ganhando um violão e, no final do livro, já mais velho, passando-o para uma nova criança. É uma tradição da música country norte-americana. E um bom modo de mostrar como a música pode enriquecer a vida de alguém."

Para contar a história, Rogers desenhou 14 painéis, cada um publicado em uma página dupla, que mostram o desenrolar da história. Fã de Dylan, Rogers não se conteve: espalhou pelas ilustrações dicas, citações e referências da carreira do cantor. "O processo todo durou cerca de um ano", conta Rogers. "Fui mandando todo o material para o escritório de Dylan, conforme ia desenhando. Eles aprovaram tudo. Era muito importante para mim que Dylan gostasse e que seus fãs também curtissem.

A história mostra um garoto crescendo e usando a música como uma forma de conhecer pessoas e aprender sobre o mundo. Coloquei a história em Nova York e isso me deu chance de criar várias referências." Na imagem acima, por exemplo, há a cantora (e ex-namorada) Joan Baez (de bata branca), o empresário Albert Grossman (de óculos, à direita) e uma senhora com chapéu de pele de leopardo (que o artista cantou em "Leopard-Skin Pill-Box Hat", de 1966), além do fato de o menino estar com a camiseta com o número 61, ano em que Dylan chegou a Nova York.

"Forever Young", a canção, saiu pela primeira vez no álbum "Planet Waves", de 1974. Naquele ano, Dylan também voltou aos palcos, após oito anos de reclusão, e "Forever Young" foi uma das canções da turnê: "Que Deus o abençoe e o proteja sempre/ Que todos os seus desejos se realizem/ Que você sempre ajude os outros/ E deixe que os outros o ajudem/ Que você permaneça jovem para sempre".

Em 1985, Dylan comentou sobre a canção: "Fiz em Tucson. Escrevi pensando em um dos meus garotos e tentando não soar sentimental. As frases chegaram até mim; foram feitas em um minuto. Sei lá, às vezes, é isso o que você tem. Você não sabe exatamente o que virá até que ela vem. Foi como a canção apareceu; você nunca sabe o que vai escrever. Você nunca sabe, na verdade, se vai fazer um outro disco". Paul Rogers, que é fã de jazz (publicou em 2005 um livro com desenhos de artistas do gênero), agora trabalha num projeto com o trompetista Wynton Marsalis. "Será um novo livro para crianças."

Bob Dylan para vovós

É o 34º álbum de estúdio de Bob Dylan. E provavelmente o mais estranho, de uma carreira já repleta de lançamentos pouco convencionais. Em "Christmas in the Heart" (sai aqui em dezembro), Dylan canta 15 canções de feriados religiosos. Isso mesmo: é Natal, é Dia de Ação de Graças, é fim de ano. É letra sobre estrela de Belém, sobre sinos prateados e sobre fé.

Também curiosamente, o prolífico Dylan não compôs nada para esse lançamento. São todas canções tradicionais, antigas, e que dizem muito mais para quem nasceu onde o Natal tem neve, do que para quem é brasileiro, onde o máximo que cantamos é "Jingle Bells". A voz, como vimos nos últimos discos, está cada vez mais rouca e rasgada. Talvez seja Dylan emulando Papai Noel. Os títulos das canções fazem pensar: "Here Comes Santa Claus" (lá vem o Papai Noel), "I'll Be Home for Christmas" (estarei em casa para o Natal), "Must Be Santa" (deve ser o Papai Noel). Estaríamos frente a uma piada do velho Dylan? Ou ele está cantando isso a sério?

Fonte: Ivan Finotti/editor-adjunto da Folha Ilustrada

Sofrimento: no interior do Amazonas idosos penam para receber aposentadoria

Jovino Pena, índio tucano, tem 68 anos e faz uma jornada de dois dias para receber a aposentadoria rural a que tem direito. Ele mora em Pari-Cachoeira, distrito de São Gabriel da Cachoeira, município que fica no noroeste do estado do Amazonas, onde moram 2.924 aposentados e pensionistas do INSS. Quase todos índios e vivendo em povoados isolados, como Pari-Cachoeira, missão católica hoje em ruínas.

A instalação de um banco postal, de pagamento de benefícios é promessa antiga: “Elas vêm aqui prometer, no tempo as política. Passam as eleições, eles não vêm mais aqui”, conta uma moradora. A única saída é ir até a sede do município. Não existe banco postal na região. “Tem que ir até São Gabriel da Cachoeira para receber a remuneração, querendo ou não”, aponta um índio.

O barco sai uma vez por semana. “No barco, passam aposentados, professores, agente indígena de saúde, até missionários salesianos”, conta o responsável pelo barco. São R$ 80 para ir e R$ 80 para voltar. Para retirar o beneficio de R$ 465 no banco, Jovino vai gastar, portanto, R$ 160 de passagem, sem contar os descontos e despesas de viagem. Sobram R$ 305 para passar o mês. Ele economiza na comida para evitar mais prejuízo: “Trouxe a comida de casa. É farinha com água. Quando encontro comida, como”.

Lauriano Rezende tem 70 anos e desistiu de pegar o barco: “Gasto muito com passagem”. Resolveu fazer o que fazem a maioria dos aposentados de Pari-Cachoeira: “Entreguei o cartão de aposentado para meu patrão. Ele não rouba”. À família, resta a confiança cega no comerciante que retira a aposentadoria de Lauriano.

Estamos chegando à casa do aposentado mais velho de Pari-Cachoeira. Xavier tem 92 anos: “Já fui buscar o dinheiro no banco. Agora não dá mais”. Depois que levou um tombo no barco ficou com medo de viajar. Agora passa os dias esperando que alguém se ofereça para ir buscar o beneficio na próxima viagem do barco para São Gabriel da Cachoeira.

A jornada de Jovino, a confiança de Lauriano e a esperança de Xavier talvez possam ser resumidas na certeza de Otávio: “Muitos falam de cidadania, mas em Par-Cachoeira, dentro do Amazonas, na fronteira com a Colômbia, isso não existe”. O Ministério da Previdência disse que não pode pagar diretamente as aposentadorias.

Os postos volantes do INSS estão autorizados apenas, a fazer inscrições para benefícios. O pagamento tem mesmo de ser nos bancos postais ou nos correspondentes bancários, serviços que são operados pelos Correios. Os Correios, por sua vez, informaram que não há previsão de expansão do atendimento até o distrito de Pari-Cachoeira.

Fonte: G1

Nos EUA, "Playboy" terceiriza produção da revista

O grupo americano de meios de comunicação Playboy Enterprises vai terceirizar quase todas as etapas de produção de sua célebre revista erótica, com o objetivo de limitar as constantes perdas, informa o "Wall Street Journal". Segundo o acordo, concluído semana passada, a Playboy confiará a produção, com exceção do conteúdo editorial, ao grupo American Media Inc. (AMI), que tem sede em Boca Raton, Flórida.

Esta empresa já é responsável pela publicação de mais de dez revistas. O diretor executivo da "Playboy", Scott Flanders, espera que a associação, por um prazo de cinco anos, permita ao grupo retornar ao verde no fim de 2011. Os detalhes financeiros do acordo não foram divulgados. O Wall Street Journal informa ainda que o futuro dos 30 funcionários de tempo integral da revista é incerto.

Fonte: France Presse

Brasil é exemplo de políticas públicas anti-HIV, diz OMS

O relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Programa Conjunto da ONU para HIV/Aids (Unaids) tece um elogio à América Latina --com enfoque especial no Brasil-- sobre as políticas de prevenção do HIV, sobre as quais "análises sugerem que ajudou a mitigar a epidemia no país". Na região como um todo, entretanto, o controle epidêmico é "altamente variável".

O número de pessoas vivendo com HIV na América Latina é 2 milhões, de acordo com o relatório --um crescimento de 25% em relação a 2001, quando o número de contaminados era 1,6 milhão. Outros números que aumentaram foram a taxa de crianças infectadas (de 6.200 para 6.900, no intervalo de oito anos apontado pela OMS) e de mortes em decorrência da doença (de 66 mil para 77 mil, no mesmo período de tempo).

Ainda que haja aumento, os dados epidemiológicos, segundo informa o documento, indicam uma estabilização da infecção por HIV na região.

No mundo

No panorama mundial, os dados apontam que o número de novos infectados pela doença reduziu 17% desde 2001. No entanto, o número total de pessoas vivendo com HIV era 20% mais alto em 2008, tendo como base o ano 2000. Prevalece, então, o triplo de contaminados em relação a 1990. Segundo o relatório, o crescimento do número ocorre pela combinação entre novos infectados e o sucesso das terapias antiretrovirais. Em dezembro de 2008, 4 milhões de pessoas receberam remédios antiretrovirais.

Todas as regiões do mundo progrediram quanto à estabilidade (ou queda) do índice de contaminação. A África Subsaariana, que concentra 60% dos infectados no mundo, registra uma queda de 15% em novas transmissões --o que significa, aproximadamente, 400 mil pessoas a menos. Na Ásia Oriental --região na qual se esperava uma explosão da doença-- houve queda de 25% nas contaminações, enquanto o Sudoeste Asiático registrou declínio de 10%. A região com os piores índices é a Europa Oriental, onde a epidemia se "estabilizou" devido ao uso de drogas injetáveis e ao compartilhamento de seringas.

"A boa notícia é que temos evidencias de que as quedas que estamos vendo se devem, ao menos por parte, à prevenção". disse o diretor do Unaids, Michel Sidibé. "Entretanto, as descobertas mostram que, às vezes, os programas de prevenção não resultam em nada, e que se melhorarmos a obtenção de recursos para que os programas atuem onde há mais impacto, haverá um progresso maior e se salvarão mais vidas."

No mundo, cerca de 33,4 milhões de pessoas em todo o mundo estão infectadas com o vírus da Aids. Embora este número signifique um crescimento se comparado às 33 milhões de pessoas infectadas em 2007, um maior número de pessoas está vivendo mais tempo com a doença, por conta da disponibilidade de medicamentos para o tratamento do HIV.

Entre 2007 e 2008, a proporção de pessoas com acesso a tratamento passou de 7% a 42%. Calcula-se que o número de infectados neste período tenha sido 2,7 milhões, e de mortos, menos de 2 milhões. "O número de mortes relacionadas à Aids caiu em mais de 10% nos últimos cinco anos ao passo que mais pessoas ganham acesso a medicamentos que salvam a vida", informa o relatório, cuja elaboração ocorreu a partir de dados compilados em 2008.

Fonte: Folha Online

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Empresas elegem governo federal como "garoto-propaganda" favorito

Ambev, GM, Bradesco, Vale e Embratel produziram comerciais de televisão recentes enaltecendo a firmeza do país na crise, a capacidade de superação dos brasileiros, a harmonia entre o público e o privado e a relevância do país no mundo. O Brasil é o país "da iniciativa privada em equilíbrio com o setor público", diz a campanha televisiva "Presença", do Bradesco, segundo maior banco privado brasileiro.

"Há dez anos, quem poderia imaginar a gente emprestando dinheiro para o FMI?", lembra o anúncio televisivo do carro Agile, da Chevrolet/GM. "A crise foi passageira", avisa comercial da maior siderúrgica do mundo, a Vale. "O Brasil vive um momento de ouro", exalta o comercial da Brahma, marca da Ambev. Para as empresas e publicitários envolvidos nos comerciais acima, trata-se de uma estratégia legítima, lógica e antiga.

De fato, não é a primeira vez que o setor privado exibe o otimismo do momento em campanhas publicitárias. Do milagre econômico da ditadura --quando a Volkswagen exibiu um fusca desbravando o país da rodovia Transamazônica-- às tentativas de estabilização da economia, várias campanhas seguiram essa linha. O problema é distinguir marketing da simples adulação -em outras palavras, se o produto anunciado é o
governo.

No passado, o TCU (Tribunal de Contas da União) condenou toda a ex-diretoria da Petrobras em razão dos gastos da empresa com campanhas publicitárias mostrando os benefícios do Plano Real. A questão fica menos óbvia quando os comerciais envolvem companhias 100% privadas com interesses no governo ou aquelas nas quais o Estado detém participação acionária.

O caso mais emblemático é o da Embratel, empresa de telefonia e de transmissão de dados adquirida em 1998 pelo grupo empresarial do bilionário mexicano Carlos Slim. Em julho, a empresa veiculou um anúncio destacando um programa oficial para fornecer acesso à internet para escolas e centros comunitários em que a rede convencional não chega.

"Por iniciativa do Ministério das Comunicações, que executa o maior programa de inclusão digital da América Latina", informava o comercial. A empresa diz ter apenas creditado, no comercial, a autoria da iniciativa a quem a formulou --o governo, que a contratara para executar o programa. São menos óbvias as implicações e motivações das campanhas de empresas como a Vale, o Bradesco, a Ambev e a GM.

Criador do comercial do Bradesco, Alexandre Gama, presidente da agência Neogama/ BBH nega motivação política. "O Bradesco é o banco mais associado à base da pirâmide social, a mesma base cuja ascensão está na raiz da recuperação econômica do país", afirma Alexandre Gama. Curiosamente, no mês passado, o Bradesco foi pressionado a demitir o executivo Roger Agnelli da presidência da Vale --companhia da qual o banco é acionista e cuja campanha na TV também celebra o fato de o país ter escapado da turbulência internacional.

As pressões contra Agnelli decorreram justamente da falta de sintonia, alegada pelo presidente Lula, entre a política de investimentos da Vale e as prioridades do governo.

Outro lado

As empresas que veicularam comerciais com tons fortemente nacionalistas dizem ser natural que a alegria dos consumidores "contamine" os comerciais de TV. Segundo Marcel Marcondes, diretor de marketing da Brahma, não é de agora que a empresa celebra o espírito "guerreiro" do brasileiro. "Há um ano criamos essa campanha. Se fosse recente, até poderia sugerir uma mistura entre política e publicidade. Mas não é o caso", afirma Marcondes.

Segundo ele, o anúncio em questão é um comercial de oportunidade, veiculado logo após o anúncio de que o Rio será a sede da Olimpíada de 2016. A referência ao "momento de ouro" do país ajuda a reforçar a auto-estima e o orgulho dos consumidores, argumenta o publicitário. O Bradesco diz ter uma história empresarial de clara identificação com o "público da inclusão bancária", exatamente o que agora migra para a classe média no governo do presidente Lula.

Quanto à referência ao equilíbrio entre os setores público e privado, o banco informa: "Vamos organizar a Copa do Mundo e, na sequência, as Olimpíadas. Será um grande esforço de investimento de infra-estrutura, reunindo o capital público e o privado. O pré-sal, o próprio PAC, são grandes projetos que reúnem o esforço do Estado e do setor privado".

Nota divulgada pela Embratel limita-se a informar: "O projeto é do governo federal e a solução é fornecida pela Embratel, conforme descrito no comercial". Procuradas pela Folha, GM e Vale não quiseram se manifestar.

Fonte: Marco Aith/Folha de S.Paulo

Livro mostra imagens de barcos raros e típicos do Brasil

O Brasil é dono de uma das maiores diversidades de embarcações do mundo, mesmo após boa parte delas desaparecerem com o tempo. Carpinteiros navais, com suas mãos habilidosas, ainda são os principais responsáveis por não deixar esse patrimônio cultural sumir. Para retratar os modelos que ainda existem, o jornalista e capitão amador João Lara Mesquita lança neste mês o livro Embarcações Típicas da Costa Brasileira (R$ 94), pela editora Terceiro Nome.

Além de entrevistar artesãos e dedicar um capítulo para contar a história das embarcações, o autor também selecionou um acervo de mais de 20 mil fotografias dos barcos em todo o litoral. "Eu não consegui fotografar apenas dois tipos de embarcações, que foram algumas jangadas do norte da Bahia e algumas no sul da Paraíba, que usam dois mastros". As imagens foram feitas desde 2005, quando navegou a costa brasileira a bordo do veleiro Mar Sem Fim.

As fotografias captadas pelas lentes de Mesquita foram classificadas no livro pelas regiões costeiras brasileiras: Norte ou Amazônica; Nordeste ou das Barreiras; Leste ou Oriental; Sudeste ou das Escarpas Cristalinas; e Sul - Litoral Meridional ou Subtropical. "Credito o desaparecimento de diversos tipos de embarcações à opção do governo brasileiro pelo transporte rodoviário", diz Mesquita. "Fazemos pouco caso da questão marítima. O desaparecimento é também reflexo da modernidade. Somos um povo marítimo e não podemos esquecer nossas raízes".

Segundo o autor, durante dois séculos após a descoberta do Brasil, ninguém penetrou no interior do País e tudo era feito por barcos a vela ou remo, daí a importância dessas embarcações. "Hoje isso é totalmente desconhecido de grande parte dos brasileiros". Jangadas, canoas, saveiros, lanchas e escunas, a vela, a remo ou a motor, estão registrados no livro. "Após o descobrimento, Portugal enviou ao Brasil seus melhores mestres náuticos. Por algum tempo o País foi o maior construtor de barcos do mundo", diz.

Da variedade de embarcações, destacam-se aquelas com as velas mais trabalhadas e nos formatos mais diferentes. As pinturas também se sobressaem, coloridas e criativas. Mas há ainda canoas entalhadas em grande toras de madeiras, semelhante às usadas pelos índios. Dentre as raridades captadas por Mesquita, foram reproduzidas no livro imagens da última canoa de pau de Copacabana, a ancestral jangada baiana de troncos e saveiros a vela do Rio Paraguassu, na Bahia.

Mesquita acumula mais de 40 mil milhas navegadas e planeja sua primeira viagem à Antártida. Além disso, foi o quarto brasileiro a participar do rali Paris-Dakar, em 1997, como navegador. Entre 1982 e 2003 foi o diretor da Rádio e Estúdio Eldorado, pertencentes ao Grupo Estado.

Lançamento - "Embarcações Típicas". João L. Mesquita. Editora Terceiro Nome. 264 págs. Preço: R$ 94.

Fonte: Felipe Branco Cruz/Jornal da Tarde

Brasil, um dos cinco países com maior número de linhas telefônicas

O Brasil possui um total de 191,8 milhões de linhas telefônicas, entre fixas e móveis, o que coloca o País no topo do ranking de telefonia da América Latina, em segundo lugar nas Américas e em quinta posição mundial, conforme um levantamento da consultoria de tecnologia Everis, com dados de 49 países referentes a 2008. Em telefonia fixa, o Brasil, que encerrou 2008 com 41,1 milhões de linhas, ocupa o 6º lugar mundial. Em celular, com 150,6 milhões de linhas, fica em 5º no ranking global.

O país com maior quantidade total de linhas telefônicas é a China, com 999,6 milhões. Em seguida vêm os Estados Unidos, com 421,8 milhões de linhas; a Índia está em terceiro, com 384,8 milhões; e a Rússia em quarto, com 232,1 milhões. Na ponta oposta do ranking, entre as últimas posições estão Paraguai, com 6,2 milhões de telefones em uso; Bolívia, com 5,5 milhões; e Uruguai, com 4,5 milhões de linhas telefônicas.

No final de 2008, o mundo contava com 3,212 bilhões de linhas telefônicas móveis, um aumento de 18,5% ante 2007, tendo a China novamente à frente, com 634 milhões de celulares. Em quantidade de linhas fixas, a China também lidera com 365,6 milhões, o que equivale a uma em cada três linhas fixas do mundo.

Dos países pesquisados, seis em cada dez apresentam uma diferença de preço entre as telefonias móveis e fixas superior a 25%. O Brasil gira em torno dessa faixa. Equador é o de maior disparidade, sendo o preço da telefonia móvel 700% maior que o da fixa; seguido por Venezuela, onde a linha móvel é 253% mais cara; e Argentina, com 160%. Já em outros países da América Latina, as linhas móveis chegam a ser mais baratas que as fixas, como no caso da Bolívia, onde os preços são 74% menores na telefonia móvel; Chile e Peru com 50%; México com 33% e Paraguai tendo em 21% os preços mais atrativos para as linhas celulares.

Fonte: AE

PCs vão inicializar em 7 segundos ou menos, diz Google

O novo sistema operacional que o Google está projetando vai ligar computadores tão rápido quanto uma televisão, anunciou a companhia de buscas na Web ao demonstrar o ChromeOS. O Google ofereceu a primeira amostra pública do sistema quatro meses depois de declarar intenção de desenvolver o produto que colocará a empresa em concorrência direta com Microsoft e Apple.

Fiel às origens do Google na Internet, o Chrome OS tem aparência mais parecida com um navegador de Web do que com um sistema operacional mais tradicional, como o Windows, o que se enquadra à ambição do Google de encaminhar os usuários à Web, onde poderão ver a publicidade que o Google veicula. A empresa anunciou que o sistema operacional estará disponível no final do ano que vem em netbooks de baixo custo que atendam às especificações de hardware do Google, como o uso exclusivo de chips de memória, e não discos rígidos mais lentos, para armazenar dados, contrariando o padrão atual.

Os netbooks acionados pelo Chrome OS só poderão usar aplicativos na Web, e os dados do usuários ficarão automaticamente armazenados na Web, na chamada nuvem de servidores de Internet, informaram executivos do Google. "Trata-se basicamente de uma máquina para navegar na Web", disse Charlene Li, analista do Altimeter Group, em referência ao computador acionado pelo Chrome OS.

Uma máquina como essa estaria adaptada ao mundo de conexão quase constante e extremamente rápida à Web, e não carregaria o tipo de software que tornou a Microsoft famosa, já que a maior parte do trabalho caberia a grandes servidores ligados à Web que executarão programas utilizados pelos usuários e enviarão as informações de volta a aparelhos relativamente descomplicados, como os computadores acionados pelo Chrome OS.

Sundar Pichai, vice-presidente de administração de produtos na divisão Chrome OS do Google, disse que os computadores acionados pelo sistema serão acionados em menos de sete segundos. "O que queremos é que eles sejam ligados tão rápido quanto um televisor. Basta apertar um botão e o usuário já estaria na Web usando seus aplicativos", afirmou Pichai.

Fonte: Reuters

Belém sedia Fórum Internacional da Sociedade Civil

Entre os dias 28 e 30 de novembro próximos acontece, em Belém (PA), o Fórum Internacional da Sociedade Civil (FISC), evento de caráter mundial que tem, dentre outros objetivos, preparar a participação da sociedade civil na Conferência Internacional de Educação de Adultos (CONFINTEA VI) e articular os diferentes movimentos, redes e organizações da sociedade civil que vêm atuando pelo direito à Educação de Pessoas Jovens e Adultas (EPJA) no Pará.

Evento internacional mais importante no campo da EPJA, a CONFINTEA, que é coordenada pelo Instituto da UNESCO para a Educação ao Longo de Toda a Vida (Institute for Lifelong Learning, UIL), ocorre a cada 12 anos e terá sua sexta edição realizada em Belém, entre os dias 1 e 4 de dezembro. É a primeira vez que a Conferencia é celebrada num país do hemisfério sul.

As CONFINTEAs reúnem os Estados-membros da Unesco, especialmente representados por seus ministérios de educação, e busca tirar diretrizes internacionais para as políticas educativas no campo da EPJA. A sociedade civil organizada busca incidir nas diferentes etapas desse processo, com vistas a influir no documento final e nos compromissos assumidos pelos governos nesse espaço.

É nesse sentido que o Fórum Internacional de Sociedade Civil (FISC) surge como espaço aberto de encontro: pretende reunir e articular pessoas, entidades e movimentos da sociedade civil de diversos países para aprofundar a reflexão, o debate democrático de ideias, a formulação de propostas, a troca livre de experiências e a articulação para ações eficazes através da Educação de Pessoas Jovens e Adultas (EPJA).

Como espaço plural, não confessional, não governamental e não partidário aberto à diversidade de identidades e sujeitos presentes nas práticas de EPJA, propugna pelo respeito aos Direitos Humanos, pela prática de uma democracia participativa e por um modelo de desenvolvimento que seja sustentável em relação aos recursos naturais e na preservação da diversidade, por relações igualitárias, solidárias e pacíficas entre pessoas, etnias, gêneros e povos, condenando todas as formas de dominação assim como a sujeição de um ser humano pelo outro.

Fonte: Rosa Borges

sábado, 21 de novembro de 2009

ISTO É BRASIL: somente 7,5% dos brasileiros compram livros de literatura

Apenas 7,47% da população brasileira compram livros não didáticos e destinam à literatura o equivalente a 0,05% da renda familiar, segundo um estudo divulgado hoje por editores reunidos no Instituto Pró-Livro. O pouco orçamento destinado à leitura se reflete em que 60% dos brasileiros nunca abrem um livro e, quem tem o costume, lê 1,3 obra literária ao ano, segundo o estudo, baseado em dados oficiais.

A taxa de leitura no país aumenta para 4,7 exemplares por ano incluindo as obras pedagógicas e didáticas.
Segundo o estudo, 75% dos brasileiros que se consideram leitores afirmou na enquete que sentem prazer na leitura, e o resto admitiu que só lê por obrigação. A média de leitura dos brasileiros é dez vezes inferior à dos Estados Unidos e quase a metade à da Colômbia, país onde é lida uma média de 2,4 livros por ano, segundo as mesmas fontes.

O estudo indica que, no Brasil, 21 milhões de pessoas são analfabetas, que estão incluídas nos 77 milhões de habitantes considerados não leitores, e 95 milhões leem ativamente, segundo dados de 2007.

Fonte: EFE

Documentário revela segredos do jornalismo de celebridades

O que o cabelo de Amy Winehouse pegando fogo e o olho roxo de Guy Ritchie têm em comum? Ambas as histórias apareceram nas páginas dos tablóides britânicos. E nenhuma delas é verdadeira. Os dois incidentes eram falsas pistas oferecidas aos jornais de celebridades pelos realizadores do novo documentário "Starsuckers", para testar se eles as utilizariam sem checar as informações. Foi o que aconteceu, e isso é mostrado no filme, que argumenta que a cultura às celebridades derrubou os padrões jornalísticos e deturpou valores da sociedade.

"Eu não sabia o quanto das notícias que lemos é feito de relações públicas, mentiras ou mesmo baseados em crimes", disse o diretor de "Starsucker", Chris Atkins, de 33 anos. O filme, que foi lançado recentemente no Festival de Cinema de Londres, mira nos tablóides britânicos de competição agressiva, mas seu verdadeiro alvo é bem mais amplo. Atkins acredita que a obsessão da sociedade pela fama - conquista-la e estar perto dela - provoca distorções em tudo à nossa volta, da forma como as notícias são publicadas às aspirações de nossas crianças.

Fama

O documentário começa com a afirmação de que "todo mundo é naturalmente e fortemente atraído pela fama" e tenta mostrar como as grandes empresas de entretenimento, notícias e relações públicas usam esse desejo para criar um mundo cheio de consumidores insaciáveis. Por meio de uma série de truques que lembram as polêmicas de Michael Moore, Atkins tenta mostrar como a dignidade, a verdade e até mesmo a lei podem ser jogadas fora na busca pela fama.

Atkins dedica particular atenção às estratégias dos reality shows, que podem distorcer a realidade e expandir limites quando se trata do que as pessoas são capazes de fazer para aparecer na televisão. O filme apresenta ao público um garoto chamado Ryan, morador de Nevada, que quer urgentemente ser famoso. Aos cinco anos, ele já é um veterano entre agentes, testes de elenco e aparições públicas.

Em outra sequência, Atkins instala uma cabine em um shopping inglês fingindo estar selecionando crianças para participar de um reality show. Os produtores flagraram pais satisfeitos assinando permissões para que seus filhos participassem de programas intitulados "Bebês beberrões" e "Leve sua filha para o matadouro", para o qual foram filmadas cenas de crianças tentando decapitar frangos de borracha.

Manipulação

Muitos críticos afirmam que Atkins manipula as pessoas da mesma forma que os programas que ele critica. "Armamos situações para que as pessoas aparecessem em nosso filme", reconhece Atkins, cujo longa-metragem mais recente, "Taking liberties", mostra o que ele considera a erosão dos direitos civils sob o comando do primeiro ministro britânico, Tony Blair.

"Sim, certamente tivemos nossas crises morais, mas eu acredito firmemente que estamos fazendo isso por um bem maior. Temos que servir a um interesse público mais amplo". Atkins usa os mesmos argumentos de defesa sobre suas tentativas de enganar jornalistas para provar que os tablóides britânicos não deixam os fatos atrapalharem a publicação de uma boa história.

Jornalismo pago e reportagens baseadas em fontes anônimas são práticas de longa data da imprensa popular britânica. Alguns desses métodos foram conhecidos em 2007, quando um jornalista inglês foi preso por grampear telefones de oficiais da realeza britânica. "Starsuckers" também traz cenas de câmera escondida em que Atkins tenta vender a repórteres de tablóide documentos médicos de cirurgias plásticas em celebridades. Comprar esses documentos é ilegal no Reino Unido, mas os repórteres abordados parecem animados. Eles não sabiam que era tudo falso. "Estamos tentando virar a mesa, inverter os papéis", diz Atkins.

Reações

Atkins conta que sua estratégia gerou cartas de advogados ameaçando processar os produtores do documentário. Mas muitas celebridades concordam com a mensagem de "Starsuckers", de que aquilo que sai nos tablóides não é 100% verdade. Perguntado sobre o documentário, o astro George Clooney afirma que a redução de pessoal nas redações de jornais e a chegada da internet significaram que a desinformação pode se espalhar instantaneamente pelo mundo.

"Alguém escreve uma reportagem do jeito que quer e logo ela aparece em 1.800 websites", diz Clooney. "Mesmo que seja falso, outros jornais e sites vão reproduzir as informações e dar o crédito aos tablóides. Assim, eles multiplicam coisas que não são necessariamente verdadeiras". Para Atkins, o problema é que a confusão entre realidade e ficção não acontece apenas nas reportagens de celebridades. Muitos editores de jornais britânicos já trabalharam como repórteres de celebridades. "São os mesmos jornalistas que escrevem sobre o cabelo de Amy Winehouse e armas de destruição em massa", diz o diretor.

Fonte: Jill Lawless/AP

Música digital passará por revolucionária mudança de formato

O futuro da música digital está diretamente ligado à experiência do consumidor. Baixar MP3 para o celular, comprar discos via iTunes ou ouvir bandas por meio do MySpace são atividades que fazem parte do presente. Mas em poucos anos esse cenário irá mudar radicalmente, na opinião de Gilles Babinet, criador da Sawnd, empresa francesa que gerencia conteúdo musical.

A primeira mudança significativa já ocorre no âmbito da produção de música. As outrora poderosas gravadoras, que mantinham total controle sobre o gerenciamento de um artista, estão condenadas a desaparecer, segundo Babinet. Ou, no mínimo, devem ficar bem menores. "O tamanho não é mais uma vantagem na área da música. Selos pequenos, que atuem de uma maneira intensa na internet, vão ser bem sucedidos em um futuro próximo."

Para ele, o grande desafio que a música digital enfrenta hoje é o de encontrar um meio de proporcionar uma experiência significativa para o usuário, seja por meio de dispositivos fixos ou móveis.

E para que isso aconteça, artistas terão que pensar no seu produto como algo muito mais amplo. "Nós vamos concordar em pagar mensalidades para ouvir música, desde que a experiência seja fascinante. Ter um empresário que entenda de internet é obrigatório", diz Babinet, citando como exemplo a banda Black Kent, que era desconhecida e, por conta da sua atuação na internet, já conseguiu ter vídeos vistos mais de 6 milhões de vezes. "Graças à boa música, mas também graças ao bom marketing on-line."

Fim do MP3

Babinet afirma que o MP3 começará a desaparecer a partir de 2010. "Isso porque se trata de um formato antigo, criado há 20 anos, com qualidade de som limitada. O MP3 funciona para download, mas o crescimento de oferta de serviços em streaming [em que não é preciso baixar o conteúdo] pode combater sua predominância."

Em cinco, dez anos, a maioria dos usuários da Europa e dos Estados Unidos terá feito assinaturas de serviços que oferecem música. "Vídeos vão se firmar como uma nova maneira de ouvir música, especialmente por conta do crescimento de plataformas de vídeos de música em alta definição, que ainda não existem", diz ele. "Interação das bandas com sua comunidade de fãs será o padrão", acrescenta.

Fonte: Daniela Arrais/Folha de S.Paulo

Exame antidoping: Brasil reformula lista e método

No fim de uma temporada marcada por escândalos no esporte brasileiro, a Comissão Nacional de Combate ao Doping já se mexe para 2010. No início da semana, os membros da entidade se reuniram com os integrantes do Ministério do Esporte para definir algumas mudanças e apresentar reivindicações para melhorar o procedimento dos testes. A primeira medida foi a formatação da lista de substâncias e métodos proibidos no país, que segue os padrões da Wada (Agência Mundial Antidoping) e será submetida hoje ao Conselho Nacional do Esporte.

O principal ponto será a análise e a inclusão de mais detalhes dos fatores de crescimento --substâncias produzidas naturalmente no organismo, mas que são trabalhadas em laboratório e podem ser utilizadas para alterar características dos músculos, vascularização, capacidade regenerativa e mudança do tipo de fibras-- para acelerar o processo de recuperação ou melhorar a performance dos competidores.

A utilização de fatores de crescimento já foi detectada em alguns atletas, principalmente em equipes de futebol. "Em uma cirurgia de joelho, por exemplo, pode ser retirado o sangue do atleta e consolidado para acelerar o ritmo da reabilitação. Isso já seria um método contraindicado", afirmou Eduardo De Rose, médico presidente da comissão nacional.

"O hormônio GH [de crescimento], por exemplo, eles depuram e sintetizam, para aumentar o músculo. Antigamente, o procedimento não era considerado doping", disse Fernando Solera, médico responsável pelo antidoping da Federação Paulista de Futebol. Muitas vezes, os exames são feitos após uma denúncia anônima, como no maior caso de doping sistemático do atletismo do país, com cinco testes positivos para EPO, em junho.

"Em alguns casos, pode ser até um juiz ou um colega de trabalho que avisa", disse Solera. No Brasil, no entanto, os fatores de crescimento não são tão utilizados, até mesmo pela falta de conhecimento da tecnologia ou pelo alto custo. "Agora, a gente tem recorrente a creatina, que era moda no exterior em 1996. As coisas aqui não são tão rápidas. Em geral, os atletas usam métodos ultrapassados", contou Solera.

Entre as novidades da lista também estão a inclusão da pseudoefedrina e a liberação do estimulante salbutamol, com a declaração de uso de dose diária considerada terapêutica. Feito o pedido da comissão na reunião, o ministério se prontificou a ajudar o Ladetec --único laboratório credenciado pela Wada no país-- para receber as amostras dos testes sem precisar se submeter aos procedimentos da Anvisa.

Neste ano, o material colhido para exames ficou retido pela Anvisa por até duas semanas e perdeu a sua validade.

Fonte: José Eduardo Martins/Folha de S.Paulo

Brasil produz nova safra de animações com técnicas inéditas

Enquanto mais de uma dúzia de filmes norte-americanos de animação encheram as salas de cinema dos Estados Unidos e do mundo desde janeiro, o Brasil passou o ano com apenas uma estreia nacional do gênero em cartaz, e outra em 2008. Mas isso pode mudar, ainda que timidamente, a partir de 2011. Afinal, sete longas brasileiros animados estão em pleno vapor de produção, incluindo um em "stop motion" e outro em 3D, os primeiros do país.

"Minhocas", com orçamento de R$ 10 milhões, usa bonecos de resina para contar as aventuras de uma jovem minhoca, com a mesma técnica utilizada em obras como "A Noiva Cadáver". Já o 3D (com óculos) é "Brasil Animado", de R$ 2 milhões, que mistura desenho com imagem real de regiões turísticas do país. Ambos têm coprodução da Globo Filmes.

As outras animações variam de infantis a temas mais adultos, com diretores veteranos do gênero, como Otto Guerra ("Wood & Stock"), e estreantes, como o roteirista Luiz Bolognesi ("Chega de Saudade"). Todos se beneficiam da revolução tecnológica, que barateou muito os custos de produção na última década, e das boas bilheterias dos americanos, que empolgam investidores. Além disso, há incentivos do governo (leia mais abaixo) e uma certa tradição brasileira, produtora de 20 longas desde 1953, contra um de Portugal, por exemplo.

"Há oito anos, parecia um sonho impossível, ninguém acreditava em animação. Ainda é difícil, mas está melhorando", diz Bolognesi, que estreia na direção de ficção com o desenho "Lutas". "Os projetos começaram a bombar no Brasil, e a mão de obra passou a ser disputada. Tive que aumentar honorários para manter a equipe."

Sobrevida

Para Cesar Coelho, um dos fundadores do festival AnimaMundi, pode ser que a maior parte dessas produções não ganhe espaço nobre nos cinemas. "Mas com certeza conseguem se pagar na venda para TV, no DVD ou licenciamento de produtos", diz Coelho. De fato, há sobrevida para os infantis. "Brichos", longa de Paulo Munhoz lançado em 2007 e até hoje em cartaz em cinemas do interior de SP, deu origem à série de TV, livro e uma continuação, "A Floresta É Nossa", prevista para 2011.

Outro infantil para o mesmo período é "As Aventuras do Avião Vermelho", com voz de Lázaro Ramos. E "Peixonauta", série de TV exportada para dezenas de países, faz caminho inverso, em direção a um longa em 3D, ainda em pré-produção. A maioria das obras, no entanto, quer deixar de ser restrita às crianças e alcançar público mais abrangente. É o caso de "Fuga em Ré Menor para Kraunus e Pletskaya", de Guerra, baseado no espetáculo "Tangos&Tragédias", e "Nautilus", uma histórica épica com Cristóvão Colombo criança.

Eles seguem a linha das animações "para toda a família" de estúdios como a Disney Pixar, cujo "Up - Altas Aventuras" está cotado como forte concorrente a uma das dez vagas para o Oscar de melhor filme. Já na categoria do gênero, houve recorde de inscrições, 20 longas. "A influência [americana] tem um lado positivo, populariza a animação. Mas tem o negativo: nunca teremos a grana da Pixar, e o público em geral não entende. Isso pode ser comprometedor", diz Marta Machado, presidente da Associação Brasileira de Cinema de Animação.

Fonte: Fernanda Ezabella/Folha de S.Paulo

Alto colesterol facilita aparecimento de tumores, dizem pesquisas

Uma revisão científica de 21 estudos, que acessou dados de mais de 586 mil pacientes norte-americanos, apontou uma associação entre altos índices de HDL (o chamado colesterol "bom") e menor risco de desenvolvimento de câncer. Entre os pacientes avaliados, 7.928 desenvolveram tumores malignos ao longo de cinco anos. A cada 10 mg/dl aumentado de HDL, a redução de incidência de câncer foi de 21%.

O estudo foi realizado pelo Tufts Medical Center e apresentado no congresso da American Heart Association, em Orlando. "Constatamos que, nos estudos com pacientes com taxas mais baixas de HDL, a incidência de câncer foi maior", disse à Folha Richard Karas, autor do estudo. Os mecanismos que levam à associação entre as taxas de colesterol e câncer ainda não foram bem estabelecidos. No entanto, os pesquisadores levantam algumas hipóteses para explicar a relação.

Uma delas é o fato de que o HDL está relacionado a mecanismos inflamatórios. "O HDL pode ter um efeito no sistema imunológico, desempenhando um efeito anti-inflamatório. Um dos papeis desse sistema, em termos leigos, é procurar as células cancerosas e matá-las", explicou Karas. A outra hipótese, segundo Karas, está no efeito antioxidante de uma proteína que compõe o HDL. Sabe-se que substâncias antioxidantes têm efeito preventivo contra o desenvolvimento de tumores.

"É possível que o HDL atue em mecanismos inflamatórios do organismo e, por isso, contribua para reduzir as taxas de câncer. Mas não podemos deixar de lado o fato de que pessoas com níveis mais altos de colesterol "bom" geralmente apresentam melhores hábitos de vida, o que também influencia no aparecimento de câncer", observa o cardiologista Antônio Carlos Chagas, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Próstata

Um outro estudo realizado com mais de 5.000 homens pela Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, nos Estados Unidos, também mostrou que altos índices de colesterol total estão relacionados a maior risco de desenvolver câncer de próstata. Aqueles que tinham níveis totais de colesterol menores do que 200 mg/dl apresentaram 59% menos risco de desenvolver câncer de próstata agressivo.

De acordo com os pesquisadores, as moléculas de colesterol podem interferir na sobrevida das células cancerosas. Dessa forma, os tumores podem fazer uso desse mecanismo para burlar o ciclo normal de vida e morte celular.

Fonte: Julliane Silveira

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Salão de Humor da Amazônia prorroga inscrições para cartunistas de todo o Brasil

O 2° Salão de Humor da Amazônia prorrogou até a próxima quarta-feira (25) o prazo de inscrições para cartunistas do Brasil e do mundo. Coordenado pelo paraense Biratan Porto, o evento oferece uma premiação total de R$ 12 mil. A realização é da Central de Produção, com patrocínio da Oi (via Lei Semear) e apoio cultural do Hilton Belém (através da Lei Tó Teixeira), Oi Futuro e Instituto Igama. Inscrições e informações no site www.salaohumordaamazonia.com.

Fonte: Carlos Henrique Gondim

Alerta: aumenta número de mortes causadas por diabetes no Brasil

O perfil da mortalidade no Brasil está mudando. Cada vez mais pessoas estão morrendo de diabetes, fato que é atribuído pelo Ministério da Saúde ao aumento de pessoas com excesso de peso. Em 1996, as mortes pela doença eram de 16,3 habitantes em cada 100 mil, taxa que passou para 24 a cada 100 mil em 2006. Os dados se referem à população entre 20 e 74 anos.

O aumento ocorre principalmente entre os homens com mais de 40 anos --2,3% ao ano, em média, considerado todo o período. Entre as mulheres da mesma faixa etária, o crescimento foi de 1% ao ano. O retrato é tímido, já que se refere somente às mortes que tiveram o diabetes como principal causa (indicadas assim no atestado de óbito), não levando em consideração as doenças decorrentes dela.

Por outro lado, problemas cardiovasculares estão matando menos, apesar de liderarem o ranking das causas de morte (são 29,4% das conhecidas). A taxa passou de 187,9 por 100 mil habitantes para 149,4. A queda é atribuída a tecnologias mais avançadas, ampliação dos acesso à saúde e, em grande parte, redução do tabagismo. Em 1989, uma pesquisa nacional apontou que 31% dos brasileiros eram fumantes. Em outro levantamento, feito em 2008 com moradores de capitais, o percentual foi de 16,1%.

Entre as doenças cardiovasculares, os principais vilões são AVC (acidente vascular cerebral), obstrução arterial e infarto do miocárdio. O câncer foi a segunda maior causa de morte registrada, responsável por 15% dos óbitos no país em 2006. Em terceiro lugar, vieram causas externas, como homicídios e acidentes de trânsito (12,4%). O ranking repete os últimos dados disponíveis até então, relativos a 2005.

Fonte: Folha de S.Paulo

Cartas marcadas: patrocinadores de "Lula, o Filho do Brasil", têm negócios com governo federal

A maior parte das 17 empresas patrocinadoras do filme "Lula, o Filho do Brasil", que deve entrar no circuito comercial em 1º de janeiro, mantém negócios com os ministérios e bancos do governo federal informa reportagem da Folha. Apenas em 2009, sete dessas empresas receberam cerca de R$ 407 milhões em pagamentos diretos da União por conta de obras, aquisição de equipamentos e outros serviços.

Outras cinco obtiveram financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, e outra tem como sócio um banco estatal e o fundo de pensão a ele ligado, ambos controlados pela União.

Outro lado

Paula Barreto, produtora de "Lula, o Filho do Brasil", disse que "100% dos patrocinadores são empresas que já investiram em cultura": "Apenas 20% não eram parceiros anteriores. Não houve caso de patrocinador que procurasse as produtoras".

Fonte: Rubens Valente e Paulo Gama/Folha de S.Paulo

Corrupção: registrados 200 casos de manipulação no futebol europeu em 2009

Cerca de 200 partidas disputadas em 2009, entre elas 12 da Copa da Uefa e três da Copa dos Campeões, estão envolvidas em um novo escândalo de suspeita de manipulação pelas máfias de apostadores na Europa. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pela Promotoria e polícia de Bochum, na Alemanha. Quinze detenções foram feitas na Alemanha e duas na Suíça. Também foram realizadas 50 revistas nesses dois países, na Áustria e no Reino Unido.

Os países envolvidos no escândalo são Alemanha --de onde teria operado a máfia de manipuladores--, Bélgica, Suíça, Croácia, Eslováquia, Turquia, Bósnia e Áustria. As investigações, comandadas pela Promotoria de Bochum, foram apoiadas pela Uefa, entidade que rege o futebol europeu, que desde junho passado esteve em contato permanente com os investigadores.

Para Peter Limacher, chefe de serviços disciplinares da Uefa, é o maior escândalo de manipulação de resultados da história do futebol europeu. A Promotoria não especificou quais partidas estão sob suspeita de manipulação, nem deu informações sobre a identidade dos suspeitos e dos detidos, para não prejudicar as investigações ainda em curso.

No entanto, a imprensa alemã assegura que entre os detidos estão os irmãos croatas Ante e Milan Sapina, figuras-chave em outro escândalo de manipulação, em 2005, que terminou com a prisão do agora ex-árbitro Robert Hoyzer. A Promotoria acredita que o grupo de apostadores buscou manipular o resultado de partidas por meio de subornos a jogadores, treinadores, árbitros e funcionários.

Andras Bachmann, da Promotoria de Bochum, explicou que os detidos estão sob suspeita de formar quadrilha e cometer fraudes sistematicamente.

Fonte: EFE

Vírus da gripe A sofre mutação genética na Noruega

A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirmou nesta sexta-feira em comunicado que o Instituto de Saúde Pública da Noruega identificou uma mutação em três espécies do vírus H1N1, cuja variação A H1N1 causa a chamada gripe suína. Segundo a organização, a mutação está sendo monitorada, mas não há ainda dados conclusivos para avaliar se a mutação tornou o vírus mais letal.

As mutações foram identificadas nos dois primeiros caos de morte por vírus da gripe suína na Noruega e em um paciente que sofria de grave doença quando foi contaminado pelo vírus. Segundo o comunicado da OMS, mais de 70 pacientes com a doença foram analisados e nenhum outro caso foi identificado. A organização afirmou ainda que o vírus mutante é sensível ao tratamento com drogas antivirais como a oseltamivir e zanamivir --atualmente utilizados para o combate à gripe suína-- e que as vacinas são eficientes para evitar a contaminação.

A OMS destaca ainda que mutações no vírus da gripe suína foram identificadas ainda no Brasil, na China, Japão, México, Ucrânia e Estados Unidos. "Apesar das informações sobre estes casos serem incompletas, vários casos de vírus com esta mesma mutação foram detectados em casos fatais e mais leves. [...] O significado desta descoberta para a saúde pública ainda é incerta", destaca o texto.

As mutações aparentemente ocorrem de maneira esporádica e espontânea e não parece haver uma epidemia desta espécie mutante do vírus. Quando a pandemia de gripe suína surgiu, a OMS temia que o vírus --de fácil transmissão, mas baixa letalidade-- pudesse se murar com vírus da gripe aviária --de difícil transmissão e alta letalidade--, o que criaria um vírus especialmente perigoso. Até agora, meses após os primeiros casos, em abril passado, nenhuma mutação perigosa foi registrada.

Fonte: Folha Online

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Dayse Addario recebe medalha do Mérito Cultural e Patrimônio de Belém


A cantora, assistente social e arte-educadora Dayse Addario (foto) recebe nesta sexta-feira, 20, diploma e medalha comemorativa "Mérito Cultural e Patrimônio de Belém", na Câmara Municipal de Belém.

A artista, que tem 20 anos de carreira e dois CDs gravados - "Monólogo urbano" e "Por dentro da noite prata", será agraciada por sua "destacada atuação profissional e incentivadora das artes, da cultura e do patrimônio cultural e histórico do município".

A solenidade acontece no plenário da CMB (Travessa Curuzu, 1755, Marco), a partir das 9h, com entrada aberta ao público.

Foto: Érika Nunes

Nova programação: TV Rà Tim Bum chega aos cinco anos com novidades

Em dezembro o canal infantil TV Rá Tim Bum completa cinco anos no ar e estreia uma nova grade de programação. Como parte das comemorações, o canal lança no próximo dia 5 a animação "Traçando Arte", série que busca apresentar ao público infantil um pouco da obra e da biografia de grandes pintores brasileiros.

O canal, que reúne 2,5 milhões de assinantes, terá sua programação repaginada, passando a ser dividida em blocos temáticos. Em cada dia da semana, os programas serão reunidos em diferentes faixas de interesse, como "Pais e Filhos", "Histórias", "Mundo Anima", dentre outros, para transmitir, na sequência, todas as atrações que estão relacionadas de alguma forma ao mesmo tema.

Aos sábados será transmitida a animação "Traçando Arte". Os personagens são duas traças, Jean Pierre e Trácio, que vivem em um museu. As aventuras dos personagens irão contar a história de diversos artistas brasileiros e explicar sua importância para a arte. A série será apresentada aos sábados e domingos em quatro horários:10h, 15h, 20h5 e 4h, e conta com a dublagem do chef francês Oliver Anquier (como Jean Pierre) e do ator Nestor Chiesse (como Trácio).

Fonte: Folha Online

"'Lula' é meu último filme", diz Luis Carlos Barreto sobre a aposentadoria

Foi com os olhos vermelhos que Luiz Carlos Barreto encerrou a passagem do longa "Lula, o Filho do Brasil" pelo Festival de Brasília. Luiz Carlos Barreto, o Barretão, é produtor do filme que conta a história do presidente. Ao término da entrevista concedida a jornalistas no Hotel Nacional, no final da manhã de ontem, o produtor, que tem cerca de 50 filmes no currículo, pegou o microfone para anunciar a aposentadoria. "Minha filha, tô com 81 anos. Depois desse filme, falei: "Chega". Tá na hora de colocar os meninos para trabalhar", disse, em conversa com a Folha.

Os meninos são os diretores Bruno e Fábio, e a produtora, Paula. Todos Barreto. "O "Lula" sintetiza minha carreira. O que vou fazer depois disso? Pendurar as chuteiras". Saído de uma noite de tensão e de puxões de orelha em público, durante a pré-estreia do filme, Barretão parecia ter conversado com o travesseiro. Além de divulgar o afastamento da produtora de sua propriedade, a LC Barreto, elogiou o Festival de Cinema de Brasília e agradeceu a presença do público que, a despeito da superlotação e dos pedidos para que se retirasse --feitos por ele próprio-- não arredou pé.

Barretão não foi o único a se explicar. Fábio Barreto, o diretor, também tentou apaziguar as coisas durante a conversa com os jornalistas e, até, revertê-las em seu proveito. "O importante é que a força do filme se impôs. O que aconteceu no início não atrapalhou em nada a projeção", disse, em referência à falta de lugares e de segurança.

Mea-culpa e culpas expostas, o tema que dominou as discussões foi, é claro, a política. Do momento pré-eleitoral à idealização do protagonista, um homem que tem apenas virtudes, foram muitas as perguntas que procuram ligar o que se passa na tela ao que se passa no Palácio do Planalto. O diretor tentou, no entanto, manter a tônica apolítica. "Qualquer forma de expressão artística vem acompanhada de um caráter político, assim como a recepção dessa obra", tergiversou. "Mas a opção não é por um filme político, e sim por um melodrama épico."

Nesse clima épico, a equipe seguiu de Brasília para Recife, onde o filme será exibido hoje à noite, num cinema de 2.500 lugares, com familiares do presidente na plateia. O périplo continua no dia 28, quando Lula acompanhará uma sessão, em São Bernardo, no ABC paulista, ao lado de sindicalistas. Segundo Barreto, foi o próprio Lula quem, na noite de terça-feira, ao receber a equipe do filme para um coquetel em sua residência oficial, disse que iria à exibição no ABC e que, antes disso, não veria o filme.

Os produtores alinhavam a distribuição internacional. Já se sabe que, na Argentina, o longa estreia em março.

Fonte: Ana Paula Souza/colaboração para a Folha

Proibida a retomada da pena de morte na Rússia

O Tribunal Constitucional da Rússia afirmou nesta quinta-feira que o país não pode retomar a aplicação da pena de morte --suspensa desde 1996 por uma moratória segundo condição imposta pelo Conselho da Europa para aceitar a adesão russa. A sentença responde a uma interpelação do Tribunal Supremo questionando a possibilidade de retomar a aplicação da pena de morte a partir de 1º de janeiro de 2010, após a introdução de júris populares em todo país.

O presidente do Tribunal, Valeri Zorkin, explicou nesta quinta-feira que o veredicto se baseia em uma série de normas internacionais aceitadas pela Rússia por escrito e que proíbem ou recomendam proibir a pena de morte. Como exemplo, afirmou, a Rússia foi admitida no Conselho da Europa em 1996 apenas após comprometer-se a suprimir a pena de morte e assinar --embora nunca tenha ratificado-- o protocolo número 6 da Convenção Europeia de Direitos Humanos, que proíbe a pena capital.

Zorkin afirmou ainda que a Assembleia Parlamentar do Conselho recomendou admitir à Rússia baseando-se nos compromissos e acordos assumidos por Moscou, antes de tudo a obrigação de assinar no prazo de um ano e ratificar em outros três o protocolo da Convenção Europeia. Estas obrigações assumidas pela Rússia foram interpretadas pelo Conselho da Europa como "uma condição inalienável para que seja convidada, pelo que têm um significado político-jurídico substancial", indicou o juiz, segundo a agência Interfax.

Segundo Zorkin, a introdução de júris populares em toda Rússia também não serve de pretexto para retomar a pena capital, pois desde 1996 se formaram estáveis garantias do direito das pessoas de não ser executadas. Durante as audiências do Tribunal, o presidente, o governo, ambas câmaras do Parlamento e a Promotoria advogaram por manter a moratória à aplicação da pena de morte e pelo fim definitivo da pena de morte.

O problema é que a atitude oficial das autoridades, propícia à supressão da pena capital, vai contra a opinião da maioria dos habitantes --já que mais de 70% dos russos é a favor da aplicação da pena de morte, segundo as pesquisas.

Fonte: Folha Online

País apura acordo contra acesso a remédio para hepatite

A Secretaria de Direito Econômico (SDE) investiga as empresas farmacêuticas Gilead e GSK por indícios de divisão do mercado brasileiro no fornecimento de remédios de hepatite B. A suspeita de um acordo ilegal surgiu quando o Ministério da Saúde, interessado no uso do medicamento Tenofovir para hepatite B, sugeriu à Gilead que registrasse no País a droga também para tratamento dessa doença. O Tenofovir já era usado para aids. A Gilead alegou que um contrato com a concorrente GSK impedia o registro.

Por e-mail, a norte-americana Gilead reconheceu haver um acordo com a britânica GSK restringindo a venda do Tenofovir para hepatite. Ele teria sido fechado em 2002, quando a farmacêutica concedeu o direito de comercializar o Adefovir - também produzido por ela e indicado para hepatite - à GSK. É uma prática comum empresas concederem o licenciamento de seus remédios a outras farmacêuticas. O contrato traz cláusulas específicas sobre a venda do Tenofovir nos locais onde a GSK comercializa o Adefovir.

A GSK Brasil informou que o contrato entre as duas empresas é global. "Em momento algum a GSK Brasil conversou com a Gilead e jamais houve pedido nosso em relação ao Tenofovir", informou, por e-mail, o gerente de comunicação cooperativa da GSK Brasil, João Domenech. Segundo ele, os acordos firmados pela empresa respeitam a legislação nacional.

Para o procurador-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) - autarquia especializada em fiscalizar e apurar abusos de poder econômico -, se for comprovado o prejuízo à concorrência, as empresas podem ser penalizadas, mesmo em um acordo internacional. "O que importa é a ameaça à livre concorrência", completou. Procurada, a SDE não se manifestou sobre as investigações.

Fonte: Estadão

Doping: COI retira medalha de ouro conquistada por atleta do Bahrein em Pequim

Mais de um ano depois de seu encerramento, a Olimpíada de Pequim-2008 continua a registrar casos de doping. Ontem, o COI (Comitê Olímpico Internacional) anunciou a decisão de retirar a medalha de ouro de Rashid Ramzim, do Bahrein, nos 1.500 m. O atleta foi um dos cinco competidores com resultado positivo em suas amostras de sangue, que foram submetidas à reavaliação em abril.

Todos foram flagrados com Cera, a terceira geração do hormônio eritropoietina (EPO). Com a decisão do COI, o queniano Asbel Kipruto Kiprop, que terminou os 1.500 m em segundo lugar em Pequim, deverá herdar o ouro, enquanto o neozelandês Nicolas Willis poderá receber a prata, e o francês Mehdi Baala, então quarto colocado na prova, o bronze.

Terça-feira, o COI já havia anunciado a retirada da medalha de prata do ciclista italiano Davide Rebellin, que também testara positivo para Cera. Na Olimpíada, ainda foram flagrados com a substância o ciclista Stefan Schumacher, da Alemanha, e as atletas Vanja Perisic, da Croácia, e Athanasia Tsoumeleka, da Grécia.

Todos os resultados dos cinco atletas após os Jogos de Pequim deverão ser descartados. Já a halterofilista dominicana Yudelkis Maridalin, quinta na prova de 53 kg, não sofrerá qualquer sanção. A atleta teve o primeiro resultado do exame positivo para Cera, mas a contraprova foi negativa. O hormônio EPO é usado com a intenção de aumentar o poder de recuperação do atleta.

No organismo, a EPO é produzida pelos rins. Ela age nas células-tronco da medula óssea, aumentando a quantidade de glóbulos vermelhos. O COI mantém as amostras de sangue e urina armazenas por até oito anos para a realização de novos exames. Ou seja, outros casos de doping ainda podem ser confirmados.
A Wada (Agência Mundial Antidoping) estuda um novo método para detectar a substância no organismo. Caso a metodologia seja aprovada, deverá ser utilizada nestas amostras de Pequim-2008.

Fonte: Folha Online

Nutricionistas da Sespa avaliam projetos da área durante encontro

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da sua Divisão de Nutrição, realiza nesta sexta-feira, 20, o terceiro Encontro de Nutricionistas da Sespa e a primeira Mostra de Experiências Exitosas em Alimentação e Nutrição no Estado do Pará. Na programação constarão avaliação de projetos e programas da Coordenação Estadual de Nutrição e diagnósticos do Bolsa Família, do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) e do Sistema Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF).

Um coffe break musical será realizado por músicos da Fundação Carlos Gomes, seguido pela apresentação e avaliação do Plano de Coordenação Estadual de Nutrição em execução no ano de 2009, que inclui os seguintes itens: Plano Marajó, Programa Saúde na Escola, Análise de Pesquisa Quilombola, Agenda Criança Amazônia e Estratégia Nacional de Promoção de Alimentação Complementar (Enpac).

Após o almoço, haverá a apresentação de experiências dos municípios em relação aos programas ligados à nutrição; debate sobre a Política Estadual de Alimentação e Nutrição e, por fim, entrega de certificados.
Durante todo o evento, que acontece no campus da Escola Superior da Amazônia (Esamaz), na travessa Municipalidade, os trabalhos sob a forma de banner estarão em exposição nos stands para divulgação.

Serviço:

Informações sobre o Encontro podem ser obtidas na Coordenação Estadual de Nutrição, pelo fone 4006-4291 e pelo e-mail divinutri@yahoo.com.br

Fonte: Ascom Sespa

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Cuba de Raul Castro é ainda mais opressora que nos 50 anos de Fidel

Um relatório da organização não governamental Human Rights Watch (HRW) publicado nesta quarta-feira, 18, afirma que o presidente cubano, Raúl Castro, intensificou a repressão na ilha desde que sucedeu o irmão Fidel Castro. O informe sobre as violações de direitos humanos no país aponta que pelo menos 40 pessoas foram detidas por "periculosidade social", além dos registros de agressões constantes a dissidentes e duras condições carcerárias.

O relatório "Um novo Castro, a mesma Cuba" detalha um estado de medo permanente entre os opositores, e quando se trata da expressão de pontos de vista políticos, aterrorizam a sociedade cubana como um todo. Fidel Castro passou o poder para o seu irmão Raúl, primeiro interinamente em 2006 e permanentemente em fevereiro de 2008. Os ativistas cubanos esperavam que a mudança proporcionasse uma maior liberdade na ilha. Porém, o embargo encontrou pouca evidência disso.

A organização afirma que o governo ampliou o uso de leis que permitem a punição de suspeitos antes que eles cometam algum tipo de crime e penaliza "qualquer conduta que contradiga as normas socialistas". Segundo a HRW, a lei "captura a essência do pensamento repressivo do governo cubano, que vê qualquer pessoa que não seguir os passos do governo como uma potencial ameaça e merecedor de castigo".

A Human Rights Watch descreveu o relatório como sua análise mais extensa das condições de Cuba desde que Raúl assumiu o poder. Cuba alega que protege os direitos humanos muito melhor do que a maioria dos países, pois seus sistema comunista proporciona saúde pública gratuita, educação até o nível universitário, moradia e alimentos básicos. A ilha diz ainda que não tem nenhum preso político e que os ativistas da oposição atualmente detidos foram punidos por razões legítimas, como traição. O governo diz que os grupos opositores são mercenários de Washington.

A organização também critica o embargo imposto pelos EUA dá várias décadas. Ainda que responsabilize "plena e exclusivamente" o regime cubano pelos abusos de direitos humanos, o documento admite que, enquanto o embargo foi mantido, "o governo de Castro continuará manipulando a política americana para retratar-se como um David latino-americano que desafia um Golias americano, um papel que se aproveita habilmente".

A Comissão Cubana de Direitos Humanos, independente, e a organização "Cuba, a reconciliação nacional", cujos repórteres foram a base para muitas análises sobre a situação da ilha, afirmam que há mais de 200 prisioneiros políticos no país, número notavelmente menor do que na era Fidel. O governo cubano não reconhece a legitimidade da comissão.

Fonte: Estadão